segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

GRAVETOS & BERLOQUES (KING PRINCESS)


KING PRINCESS

Nascida Mikaela Mullaney Straus, há 21 anos, no BrooklynNY, desde muito cedo convive com estúdios de gravação, equipamentos de áudio e instrumentos musicais os mais diversos. Talvez por conta disso, desde os 11 anos foi aliciada por gravadoras, todas impressionadas com seu enorme talento. Em comum entre todas, apenas a ganância em transformar um prodígio em suco e a resposta: sempre um sonoro 'NÃO', seja por ainda não se considerar madura o suficiente e/ou temerosa da falta de controle sobre sua arte. É claro que muito de sua consciência sobre os riscos inerentes à carreira, devem muito a seu pai,  Oliver Straus Jr., engenheiro de gravação, produtor e proprietário do Mission Sound Studio, um profundo conhecedor dos mistérios e da face nada glamurosa da indústria musical.
Com influências tão diversas -de Led ZeppelinT. Rex Jack White à cena indie e eletrônica-, optou por adotar o codinome King Princess como forma de deixar muito clara sua dualidade de gênero. Após o tradicional, e breve, período de namoro com as postagem de suas composições em vídeos domésticos no 'iutúbio', enquanto aluna da USC Thornto School Of Music, finalmente aceitou o convite de Mark Ronson para integrar o cast de sua Zelig Rec., por onde, já em 2018, lançaria seu primeiro single, '1950'. Recheada de elogios, King Princess logo se tornou queridinha da crítica e da comunidade LGBTQI+, antecipando o lançamento de seu primeiro EP, 'Make My Bed'. A promessa tornava-se, assim, uma gratíssima realidade. 
E o recém-lançado 'Cheap Queen', seu primeiro álbum, apenas confirma isto. Com um mix de bluessouthern rockcountry rockfolksoul musicjazzneosoulindie rockeletrônica -tudo ao mesmo tempo, agora!- e uma incrível versatilidade autoral, King Princess tem tudo para se tornar um fenômeno pop...não um pop qualquer, rasteiro, descerebrado, povoado de bundas e sacolejos. Longe disso, Mikaela 'King Princess' Straus faz um pop com neurônios...muitos neurônios. Daqueles em que BjorkLana Del Rey e, mais recentemente, Billie Eilish, e pouquíssimas outras, dão as cartas... E são pequenas joias como as já citadas '1950' e 'Make My Bed' e ainda 'Tough On Myself', 'Homegirl', 'You Destroyed My Heart', 'Isabel's Moment' e minhas prediletaças 'Best Friend' (incrível aqui a semelhança vocal com a saudosa Karen Carpenter), 'Watching My Phone' (impossível não arrepiar-se), 'All Dressed In White' (uuuuaaaauuuu!!!) e o tour de force de suas apresentações, a visceral 'Ohio', que atestam isto. Com sobras!


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