Os Perpétua são Beatriz Capote, Diogo Rocha, Rúben Teixeira e Xavier Sousa e pelos vistos vêm de Aveiro. Não que isto interesse ou influencie o seu álbum, mas é sempre bom saber que há vida musical fora de Lisboa, e ainda mais, com bom gosto.
Numa onda dream pop, os Perpétua chegaram ao panorama musical português sem amigos influentes, grupos de editoras ou outros que tais, para dar a conhecer o seu primeiro disco. E todos sabemos que, em Portugal, sem amigos do meio, é difícil furar e dar a conhecer um novo projeto musical. Aqui estamos nós para mudar o paradigma e dar a conhecer este trabalho.
Esperar Pra Ver, escrito assim mesmo, vai buscar apontamentos estéticos a Parcels ou aos portugueses Minta & Brook Trout, e vagueia sempre ali pelo pop com um teclado mais sonhador e coros etéreos. Um trabalho bem produzido que nos faz receber esta banda de braços abertos e a esperar por mais.
Depois de dois singles, já com a mesma onda com que se apresentam agora, e um interessante cover de Playback de Carlos Paião com toques de darkwave, este Esperar Pra Ver é consistente e tem até um espacinho para o rock, em “Falei de Cor”, não fugindo nunca do lado sonhador e cair na pop fácil. Mantém-nos interessados o suficiente para continuar a ouvir o disco e voltar a escutar para apreciar os detalhes das letras ou de um ou outro som, como os distantes coros em “Dores de Cabeça”.
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