“Este livro não é um desabafo… É apenas a história como a conheci”. A história de um garoto britânico chamado Saul Hudson que, ainda quase bebê, se mudou para os Estados Unidos e acabou se tornando Slash, um dos maiores guitarristas do mundo da música. Desde o encontro (e fulminante paixão) de seus pais até o lançamento do disco Libertad (2007), do Velvet Revolver, está tudo lá: o sexo, as drogas e o rock and roll aparecem em doses enormes com uma sinceridade e uma falta de pudores tal que parece que estamos sentados em um bar com o músico, ouvindo-o contar suas histórias entre os muitos drinques e cigarros…
Claro que sua trajetória com o Guns And Roses ocupa a maior parte das quase 450 páginas desta autobiografia. Afinal, foi nesta banda que Slash encontrou fama e fortuna e também onde quase encontrou a morte por mais de uma vez. A história da banda, desde sua forma embrionária até sua chegada ao topo do mundo. Sua queda até o fundo do poço traz detalhes desconhecidos até para o fã mais “die hard”. Se o sucesso do grupo parece ter pegado Slash de surpresa, sua separação é retratada com uma grande riqueza de detalhes.
Depois de lermos o seu relato dos fatos, a triste constatação é que, se o Guns se despedaçou e deixou de ser uma das maiores bandas do mundo, a culpa é exclusivamente de Axl Rose que foi afastando seus comparsas (músicos, empresários, managers e pessoal de staff) até acabar ficando com este arremedo de banda que arrasta de um lado a outro do planeta.Nota-se muita mágoa de Slash ao falar de Axl. O que não ocorre quando ele relata a demissão de Steven Adler por abuso de drogas ou a saída de Izzy Stradlin da banda, segundo sua visão, por não aguentar mais os chiliques do temperamental vocalista. Fica claro o quanto ele tentou se manter no Guns o máximo de tempo possível, apesar dos estrelismos e “condições” impostas por Axl aos músicos da banda. Até que chegou um ponto em que tudo isto se tornou insustentável, até mesmo para ele!
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