O Aetherea vem de São Paulo e entrega em Through Infinite Dimensions uma estreia que merece atenção de quem é fã de metal sinfônico. Gravado entre 2019 e 2020 e lançado um 2021, o primeiro álbum do quinteto formado por Jessica Sirius (vocal), Rodrigo Mello (sintetizador, piano e vocal), Fábio Matos (guitarra), Vicki Marinho (baixo) e Paulo Lima (bateria) surpreende pela qualidade. E antes de seguir com a resenha, vale mencionar que a banda passou por uma mudança de formação recente e agora é um quarteto, com Jessica e Fábio acompanhados por Leandro KBZ (baixo) e Fredson Vilharda (teclado). Though Infinite Dimensions foi lançado pela MS Metal Records e vem com encarte de dezesseis páginas com todas as letras. O belo trabalho de capa é uma criação do artista Romulo Dias.
Chama a atenção de imediato no som do Aetherea a união do symphonic metal com elementos de power e também ingredientes mais pesados, vindos principalmente de uma abordagem mais atual da guitarra e pelos breakdowns, além do massacre que a bateria sofre nos trechos de maior violência e velocidade. O resultado é uma espécie de metal sinfônico turbinado e alinhado com as tendências contemporâneas do metal, ainda que preserve características clássicas do estilo como os coros e os arranjos épicos.
O álbum vem com doze faixas, e o trabalho de composição chama a atenção por apresentar uma maturidade não muito comum em bandas iniciantes, com escolhas criativas assertivas e que constroem uma sonoridade que ganha pontos a cada nova canção. No entanto, o timbre do teclado me incomodou negativamente, tanto pelas tonalidades como por estar posicionado em um volume relativamente alto em relação aos outros instrumentos.
A banda acerta em composições como “Weekend Phophets” (que abre o trabalho após uma curta introdução e é uma das melhores do CD), a grudenta e empolgante “My Hunter”, a grandiosa “Beyond Hell”, a intrincada “Forgotten Humanity (Through Infinite Dimensions Pt. 1)” e a agressiva “Those Eyes”, que fecha o álbum.
Through Infinite Dimensions mostra uma banda com inegáveis qualidades, e o saldo final é muito positivo. Agora é ver como as mudanças de formação vão impactar a sonoridade do Aetherea e aguardar o segundo álbum.
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