Resenha
Long May You Run
Álbum de The Stills-Young Band
1976
CD/LP
Um dos grandes álbuns lançados na década de 70, Long May You Run foi idealizado para ser um novo disco de Crosby, Stills, Nash e Young, que não entreva em estúdio há quatro anos. Porém, durante os ensaios, David Crosby e Graham Nash se ausentaram para terminar seu novo álbum de estúdio, denominado Whistling Down The Wire. A ausência da dupla deixou Stills e Young furiosos a ponto de removerem os vocais dos companheiros das fitas master, além de desprezarem suas contribuições. Stephen Stills e Neil Young seguiram em frente sem seus amigos e se revezaram nos vocais, guitarras e pianos. A dupla contou com a ajuda de Jerry Ayelli no piano e órgão, George Perry no baixo, Joe Vitale na bateria e flauta e ainda Joe Lala na percussão. Os músicos se reuniram no Criteria estúdios em Miami e começaram a trabalhar nas composições. O álbum conta com nove faixas, sendo cinco da lavra de Neil e quatro de Stills. O estilo não é diferente dos discos lançados por Crosby, Stills, Nash e Young, mas tem uma influência maior de Neil e sua carreira solo, como pode ser vista na faixa titulo, um country rock arrastado com bom jogo de vocais; Outros destaques são: “Make Love To You” com seu órgão jazzístico a frente da canção e um coral gospel ao fundo; “Black Coral”, com bases criadas a partir de percussão no melhor estilo Santana e piano de contraponto; 12/8 Blues, é um blues rock com a guitarra suja de Stills dividindo a canção com os vocais da dupla; E ainda “Fontainebleau”, um tema midi criado por Young onde fica evidente o entrosamento de toda a banda; Long May You Run é um disco de sonoridade homogenia, onde Stills e Young se sentiram livres para extravasarem sua criatividade sem interferências. A dupla ainda tentou realizar uma turnê para promover o álbum, mas sequer conseguiu ir até a metade das datas agendadas, uma vez que antigas desavenças acabaram vindo à tona.
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