A tasca do Florindo
Letra de Artur Soares Pereira
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do FadoDesconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
A tasca do Florindo
Na Rua do Sol a Chelas
É tasca com tradições
Entro lá, fico sorrindo
Sempre que remiro aquelas
Velhinhas recordações
Duas mulheres ao balcão
A Tia Inácia e a Maria / Sempre prontas a atender
Com a maior prontidão
Toda aquela freguesia / Que vai jogar e beber
Ao sábado, é já fatal
Há sempre uma almoçarada / Menu farto e variado
A tasca vira arraial
Aonde a rapaziada / Come, bebe e canta o fado
Depois de cantar e rir
Bem comidos, bem bebidos / Gargantas limpas, sem pó
Uns vão p’ra casa curtir
Outros ficam entretidos / A jogar o dominó
E quando a tasca fechar
O dia ninguém o sabe / Porque ninguém adivinha
Quase que posso jurar
Vamos ter muita saudade / Daquela tasca velhinha
Na Rua do Sol a Chelas
É tasca com tradições
Entro lá, fico sorrindo
Sempre que remiro aquelas
Velhinhas recordações
Duas mulheres ao balcão
A Tia Inácia e a Maria / Sempre prontas a atender
Com a maior prontidão
Toda aquela freguesia / Que vai jogar e beber
Ao sábado, é já fatal
Há sempre uma almoçarada / Menu farto e variado
A tasca vira arraial
Aonde a rapaziada / Come, bebe e canta o fado
Depois de cantar e rir
Bem comidos, bem bebidos / Gargantas limpas, sem pó
Uns vão p’ra casa curtir
Outros ficam entretidos / A jogar o dominó
E quando a tasca fechar
O dia ninguém o sabe / Porque ninguém adivinha
Quase que posso jurar
Vamos ter muita saudade / Daquela tasca velhinha
Saudade
João de Freitas / Armando Machado
Repertório de Natividade Pereira
Publicada no jornal Canção do Sul, em Agosto de 1940
Num país muito distante aconteceu
Este caso original que eu vou contar
E por ter simplicidade comoveu
A quem o fora dado observar.
Numa festa muito chique e caridosa
Feita em honra das antigas legações
Desfraldadas numa sala grandiosa
Estavam todas as bandeiras das nações
De repente entre a assistência houve alarido
Que deixou nesse salão tudo surpreso
Fora a causa daquele grande ruído
Alguém que tinha roubado e fora preso
Era um pobre muito velho e corcovado
Que trazendo junto ao peito o que roubou
Encoberto p’lo casaco remendado
A chorar entre a assistência assim falou
Vou rogar a todos vós: por caridade
Não me tirem, p’lo bom Deus, o que roubei
Pois que vivo torturado p’la saudade
Dessa Pátria que jamais esquecerei
Perdoai-me, pois, que nunca fui ladrão
Eis a causa dum momento de fraqueza
E mostrou bem apertada ao coração
Uma velhinha bandeira portuguesa
Repertório de Natividade Pereira
Publicada no jornal Canção do Sul, em Agosto de 1940
Num país muito distante aconteceu
Este caso original que eu vou contar
E por ter simplicidade comoveu
A quem o fora dado observar.
Numa festa muito chique e caridosa
Feita em honra das antigas legações
Desfraldadas numa sala grandiosa
Estavam todas as bandeiras das nações
De repente entre a assistência houve alarido
Que deixou nesse salão tudo surpreso
Fora a causa daquele grande ruído
Alguém que tinha roubado e fora preso
Era um pobre muito velho e corcovado
Que trazendo junto ao peito o que roubou
Encoberto p’lo casaco remendado
A chorar entre a assistência assim falou
Vou rogar a todos vós: por caridade
Não me tirem, p’lo bom Deus, o que roubei
Pois que vivo torturado p’la saudade
Dessa Pátria que jamais esquecerei
Perdoai-me, pois, que nunca fui ladrão
Eis a causa dum momento de fraqueza
E mostrou bem apertada ao coração
Uma velhinha bandeira portuguesa
Quadras de amor
Letra de Frederico de Brito
Desconheço se esta letra foi gravada
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
No coração de quem ama
Há sempre uma chama a arder
Ai de quem apaga a chama
Sem a tornar a acender
Deixarmo-nos eu e tu? / Talvez ‘inda custe mais
Que partir um ovo cru / Em duas partes iguais
O amor é um passarinho / Que às vezes se esconde tanto
Que chega a fazer o ninho / Em qualquer baga de pranto
Se é pecado a gente andar / Buscando alheios amores
Este mundo deve estar / Cheiinho de pecadores
Desconheço se esta letra foi gravada
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
No coração de quem ama
Há sempre uma chama a arder
Ai de quem apaga a chama
Sem a tornar a acender
Deixarmo-nos eu e tu? / Talvez ‘inda custe mais
Que partir um ovo cru / Em duas partes iguais
O amor é um passarinho / Que às vezes se esconde tanto
Que chega a fazer o ninho / Em qualquer baga de pranto
Se é pecado a gente andar / Buscando alheios amores
Este mundo deve estar / Cheiinho de pecadores
Fado do Burro Malhado
Popular / Pedro Rodrigues
Repertório de Zé Miguel
Certo dia que lá vai
Passeava o filho e o pai
Num prado cheio de flores
Viram um burro malhado
Com o “coiso” pendurado
A pensar nos seus amores
Pergunta o miúdo e bem
Olhe o que o burro ali tem / O que é aquilo paizinho?
E o pai muito atrapalhado
A gaguejar e corado; / É ele que é doentinho
Passou-se um mês e também
Ia o menino co’a mãe / Deu-se a mesma situação
Lá estava o burro à maneira
Com aquela parvoeira / Que inté batia no chão
Mãe, olhe aquele burrinho
Que está muito doentinho / E a senhora até corou
Concerteza vai morrer
Ele já está a sofrer / Foi o pai que me ensinou
Ora, ora, diz a mãe
Teu pai não regula bem / Nem é lição que se desse
Pobre do meu Joqauim
Pois uma doença assim / Queria eu que ele tivesse
Repertório de Zé Miguel
Certo dia que lá vai
Passeava o filho e o pai
Num prado cheio de flores
Viram um burro malhado
Com o “coiso” pendurado
A pensar nos seus amores
Pergunta o miúdo e bem
Olhe o que o burro ali tem / O que é aquilo paizinho?
E o pai muito atrapalhado
A gaguejar e corado; / É ele que é doentinho
Passou-se um mês e também
Ia o menino co’a mãe / Deu-se a mesma situação
Lá estava o burro à maneira
Com aquela parvoeira / Que inté batia no chão
Mãe, olhe aquele burrinho
Que está muito doentinho / E a senhora até corou
Concerteza vai morrer
Ele já está a sofrer / Foi o pai que me ensinou
Ora, ora, diz a mãe
Teu pai não regula bem / Nem é lição que se desse
Pobre do meu Joqauim
Pois uma doença assim / Queria eu que ele tivesse
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