sábado, 22 de abril de 2023

Resenha Evolução, Vol. 2 Álbum de Plebe Rude 2023

 

Resenha

Evolução, Vol. 2

Álbum de Plebe Rude

2023

CD/LP

Foram os tempos em que as rádios não paravam de tocar "Até Quando Esperar. Como foi incrível e forte a espetada no oceano do social, a seco, a ferro e fogo! Não, eles não eram underground, ou o punk mais agressivo entre os brasileiros, no entanto, arrumaram jeito de trilhar o caminho comercial e ter pedras para o bodoque. 

Evolução N 1 é passável, pouco melhor que este. Para o segundo capitulo a Plebe Rude evoluí a sua forma, como se dissessem: vamos abalar as estruturas e escavar as catacumbas do Finis Africae ou de um Zero menos qualificado e com produção tão digitalizada, quanto magra. O contrabaixo pesado e carudo ficou retraído, enterrado junto com a história da banda. 
Então a quebra é feita e o cavalo vira pônei colorido tentando tentando dar coices. 

O pior de tudo é o Clemente (Inocentes), o Clemente entrou nessa furada ! Na verdade desde 2004. E não me espanta se qualquer hora começar a arriscar cover da banda Malta. Mais um detalhe, a sua voz está tímida, escondida em micro intervenções. Parecendo o "suricato" que de vez em quando espia a janela para dar um oi e depois volta ver séries da Netflix, talvez aja dessa forma para equalizar a inócua voz achatada de Philippe Seabra. 

Não vou enfileirar detalhes sobre essa prática pop plastificada de letras contra o sistema, o instrumental não condiz e não desfrutamos grandes letras. 
"Eletricidade Pela Cidade" cola na cara dura a introdução de Daniel na Cova dos Leões e mantem-se por alguns segundos girando sobre um barco fantasma. Se foi intencional, ah, pouco interessa! 

Nosso Nome Na Lua entrega a porcaria que o álbum revela, bobagens. Dessa forma o esqueleto Plebe Rude solta alguns temas chicoteando a sistemática com pantufas e vassourinha na bateria, além de porcentagens acústicas sofríveis. 
Philippe Seabra envelheceu como o quase xará surfista Felipe Dylon, tamanha a preguiça de cantar. 

Em "68" comentam o passado, dizendo que 1968 acabou, acabou mesmo, há 55 anos. Como se eu dissesse que Hitler era mal e matou milhões de pessoas. O passado é importante para reparar erros futuros, nesse caso, é falta de assunto mesmo. 

O disco é apenas vergonha alheia, porcaria na pontinha pop punk "trapaceiro". 
A evolução pode ser vista de vários ângulos, mudar é bom, nesse caso o café ficou fraco e açucarado. E não é de hoje que estão nessa, no quarto trabalho em diante percebe-se o quanto escorregam na falta de punch e composições fracas.

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