terça-feira, 16 de maio de 2023

Resenha L.A. Woman Álbum de The Doors 1971

 

Resenha

L.A. Woman

Álbum de The Doors

1971

CD/LP

Depois do maravilhoso "Morrison Hotel" de 1970, The Doors fez grandes shows, como em Isle Of Wright, que rendeu um álbum ao vivo. Mesmo com sucesso, a banda enfrentava um problemão chamado Jim Morrison. Jim nesse época usava muitas drogas, principalmente heroína e cocaína. Depois de perceber que estava usando muitas drogas, ele decidiu parar com elas, mas depois da última apresentação do grupo na casa.de shows Warehouse, em Nova Orleans, foi bem esquisita. Relatos dizem que o frontman do The Doors teve um colapso nervos. Até ficou em posição fetal. Com algum ponto de ebulição vindo, Jim Morrison decide se internar em uma clínica de reabilitação, mas no fim das gravações de "L.A. Woman", ele decide ir para Paris, onde morre de uma forma muito misteriosa, aos 27 anos, fazendo parte do Clube dos 27, no qual, artistas que morreram aos 27 anos. Temos vários exemplos como: Jimi Hendrix, Janis Joplin (que era a sua amiga), Kurt Cobain e Amy Whitehouse.

O disco abre com "The Changeling". O ritmo da música, e isso será frequente no álbum inteiro, é a volta do R&B, que estava presente no primeiro álbum da banda, "The Doors" de 1967. Temos (finalmente), a adição do baixo, tocado por Jerry Schef, um dos baixistas de Elvis Presley, o ídolo de Jim Morrison. A bateria é mais rítmica do que.de costume. A guitarra é mais timbrada, e assume um protagonismo, junto com a voz poderosa de Jim Morrison. "Love Her Madly" é uma música que sabe misturar bem o R&B com Country Rock. O teclado é o verdadeiro charme da música. A guitarra é mais suavizada, sem muita rasgadura, assim com o seu solo. "Been Down So Long" poderia ser facilmente um rock dos anos 1950, por conta do seu andamento. A guitarra é distorcida, assim com como seu solo arrebatador. A bateria é impactante. "Cars Kiss By My Window" tem uma bom início com um belo riff de baixo. O andamento da música é bem arrastados mas não a compromete. A guitarra (aparentemente) faz a mesma linha do baixo. "L.A. Woman" é a faixa que dá nome ao álbum e é uma das faixas mais longas do The Doors, tendo quase oito minutos. O andamento da faixa é mais rápido, tendo uma linha de baixo muito boa. A bateria que tecnicamente não é nada impressionante, mas que ritmicamente, é envolvente. A guitarra é bem sofisticada. O teclado tem um protagonismo muito presente, mas o verdadeiro destaque vai para o vocal, que é mais rasgado e grave. O andamento muda várias vezes, de pontos mais arrastados até momentos energéticos. O solo de guitarra é suave, mas em alguns breves momentos, se torna mais rasgado. "L'America" tem um início com uma guitarra bem distorcida. Logo depois, vem o teclado dando texturas macabras, junto com um baixo mais groovado. A bateria vem em um ritmo de marcha. Depois de um tempo entra a vocal marcante e menos rasgada de Jim. A bateria.A música mistura bem o R&B e a psicodelia. "Hyacinth House" é um rock country com elementos de psicodelia e R&B. Temos a volta da voz mais grave de Morrison. A guitarra é mais timbrada e.com uma leve distorção. A bateria é mais ousada em usar mais tons. Temos até um solo bem rápido de teclado. "Crawling King Snake" é um blues de qualidade absurda. The Black Keys fez um chover dessa música, no "Delta Kream" de 2021. O solo de guitarra é bem distorcido. "The WASP (Texas Radio and the Big Beat)" tem um bom riff de guitarra no início. O baixo faz uma excelente cozinha com a bateria. O teclado dá a textura para a guitarra brilhar. O vocal de Morrison tem efeitos parecendo muito que ele estava falando em um megafone. O solo de guitarra é bem distorcido e marcante. Por fim, temos "Riders On The Strom", que é o maior sucesso do The Doors, mesmo com sete minutos de duração. Minha geração, (Z) conheceu, inclusive eu, por conta do jogo Need For Speed: Underground 2 de 2004, no qual, a música de introdução do jogo era um remix dessa mesma faixa, mas como um rap feito pelo Snoop Dogg. Mas vamos falar da música. A música começa com efeito sonoro da chuva. O baixo que não é tão fácil assim, comanda o ritmo da música. A bateria é praticamente comanda pelos pratos e chimbas. A guitarra é mais suave. O teclado que é o destaque, até mesmo, solando e não é tão agressivo como nas faixas anteriores. O vocal de Jim Morrison é mais suave, parecendo que ele já sabia o que aconteceria com ele. Melhor faixa do álbum e uma das melhores do The Doors. "L.A. Woman consegue ser um fim da fase mais amada e cultuada do The Doors e uma releitura do início da banda. Letras metáforas, instrumentais excelentes e um vocal de respeito. Se você acha que The Doors é superestimado, ouça esse álbum. Se você gosta de The Doors, qual é o seu favorito? Que Jim Morrison saiba que o seu último trabalho é o melhor de toda a sua carreira.

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