Eye in Hell vem com treze músicas em quarenta e dois minutos, todas transitando entre uma amálgama de elementos de death, black e thrash metal. As influências de Possessed, Slayer, Venom e outros ícones do lado mais violento do metal estão presentes, e dividem espaço com a experiência de anos e anos de palco e turnês. Isso se traduz em um som extremamente efetivo, em canções construídas com arranjos onde cada movimento funciona e leve ao banging imediato. Essa sensação já fica clara na música de abertura, “Bride of Satan”, que inicia como um death e no meio tem um riff que é puro thrash metal dos anos 1980.
Formado atualmente por Luiz Carlos Louzada (vocal, na banda desde 2010), Zhema Rodero (guitarrista, fundador e líder), Gerson Fajardo (guitarra, na banda desde 2016), Carlos Diaz (baixo, integou o grupo entre 2004 e 2012, retornando em 2016) e Bruno Conrado (bateria, entrou no quinteto em 2019), o Vulcano mostra que está vivo e ainda tem muito o que dizer. Músicas como “Struggling Besides Satan” soam mais black metal old school, enquanto “Sinister Road” traz a banda explorando bases mais grooveadas. Já “Mysteries of the Black Book” é bem thrash das antigas e uma das melhores do álbum. “Inferno” é outro destaque, assim como a supersônica “When the Day Falls” e a pesadíssima música que batiza o disco.
O saldo geral é um álbum cativante, principalmente para quem acompanhou a banda ao longo dos anos e sabe do peso que o Vulcano tem na história do metal brasileiro. Vivendo um momento produtivo e criativo, a gang de Zhema merece toda atenção, espaço e elogios por entregar um disco tão forte e consistente como Eye in Hell após décadas de carreira.
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