terça-feira, 31 de outubro de 2023

Crítica: “Mosaic” do Theocracy, seu power metal Prog retorna após 7 anos. (2023)



Já se passaram 7 anos desde que Theocracy lançou seu último álbum. Neste 2023, e no marco dos 20 anos da banda, lançam Mosaic junto com o selo Atomic Fire e chega com todo o power metal progressivo da banda para fazer acenar com a cabeça os fãs que comemoram este novo álbum.

A banda é formada pelo líder Matt Smith (vocal, teclado, guitarra, baixo), Jonathan Hinds (guitarra, segundo vocal e teclado), Jared Oldham (baixo, segundo vocal), Ernie Topran (bateria) e, a nova adição The banda, Taylor Washington (guitarra, segundo vocal) alcança uma coesão em que todos são aproveitados.

Dentro da discografia da banda podemos perceber como as influências do power metal e dos clássicos do prog estão muito presentes. Do lado power, Helloween, Iced Earth, Edguy são inspirações, enquanto Dream Theater, Simphony X, Kansas e Rush são resgatados para todo esse lado prog.

A seguir, vamos passar para a revisão da Teocracia feita pela Mosaic.

Flicker (3:59). O riff de guitarra começa rápido e poderoso, a voz de Matt Smith parte de um sussurro para agarrar a força necessária para demonstrar o poder que ele tem. A bateria de Topran a toda velocidade não para, enquanto a voz de Matt não para. Os questionamentos e análises de uma sociedade que não representa junto com a perda de valores é o que o Flicker nos fala. Uma excelente música para iniciar esse álbum e antecipar como será esse novo trabalho do Theocracy.


Anônimo (5:50). A afinação continua, desta vez com notas mais graves e um ritmo mais lento em comparação com o Flicker. Anonymous acerta em cheio na hora de nos dar uma música que harmonize todos os instrumentos de maneira uniforme, com momentos para cantar junto e também para trazer à tona aquela parte pesada.

Mosaico (5:25). Sons acústicos e uma bela voz soa. A guitarra elétrica galopante entra, enquanto Matt continua demonstrando seu talento com seus vocais. A vida é composta por diferentes peças que fazem parte de nossas experiências que compõem um panorama geral da vida. A música é divertida. Uma das melhores partes é o outro, onde o riff de guitarra muda de figura e dá lugar a um excelente solo e posteriormente a alguns versos com mais de uma voz, um som bastante épico.


Sinsidioso (Os Cães de Guerra) (6:46). Uma mistura de sons que é uma sólida parede de concreto de afinação pura e melodias harmoniosas que não cansam, uma das músicas com mais personalidade até agora.

Return To Dust (4:27) A ideia da morte pode ser algo que muitos acham difícil de aceitar, mas atinge a todos nós. Essa é a trama que Return To Dust desenrola. Um riff principal matador que rouba a atenção do ouvinte. A música tem passagens para acenar com força, bem como para levantar os braços e cantar junto com Matt Smith.

A Sexta Grande Extinção (5:27). A sexta música do álbum descreve como o mundo começa a se preparar para a extinção da vida humana... pelos humanos. Uma das músicas que mais brinca com o progressivo, com mudanças de tempo na bateria e nos riffs de guitarra. No entanto, não sinto que essa música ofereça algo substancialmente diferente das músicas anteriores.

Deificado (4:18). Voltamos ao poder de todo o poder que a Teocracia possui. Destaca a velocidade da bateria e a intensidade das guitarras. Mas aqui já existe um padrão com a música anterior. As linhas instrumentais, sons e voz passam a ser uma variedade do que foi apresentado nas músicas anteriores, tornando o repetitivo uma constante. No entanto, Deified não é chato. As três guitarras, a bateria e a voz melódica dão-lhe corpo e substância.

A Maior Esperança (3:15). A balada acústica começa a tocar. Descemos três, quatro mudanças para tocar uma faixa que emociona pela sensibilidade da voz de Matt Smith. Três minutos de paixão que, na última seção, acrescentam belos arranjos sinfônicos.

Mentiroso, tolo, ó Messias (7:37). Retomamos a intensidade com uma bateria monstruosa. São 7 minutos de velocidade e os refrãos são mantidos. Insisto que há muito que é retirado das músicas já apresentadas anteriormente, como as estruturas das guitarras, refrões e bateria -Embora deva dizer que gostei da melodia do refrão-

Mar Vermelho (19:08). A última música do álbum. São 19 minutos, o mais longo de todos. Aqui emerge muito da progressividade que a banda tem a mostrar, em longas passagens em velocidade média, com muitos solos, galopes e mudanças de andamento. Destacam-se bastante os sons e ritmos do Oriente Médio, que misturados ao metal dão uma passagem muito agradável. O trio de guitarras que com os solos e suas harmonias nos eleva ao clímax. É uma das músicas mais destacadas, que oferece grande qualidade técnica, ideias frescas e, nos seus 20 minutos, não aborrece. Se eu mencionei que as últimas três músicas tinham aqueles elementos que as tornavam um pouco repetitivas, isso não está aqui. É uma experiência que proporciona um ótimo encerramento ao álbum.

Mosaic é um álbum que oferece uma ótima qualidade de prog-power metal, seus riffs são pesados ​​e acompanhados pela voz melódica de Matt Smith. Em muitos momentos o álbum se torna muito agradável e em outros muito longo, como ocorre em The Sixth Great Extinction, Deified or Liar, Fool, or Messiah em que os sons/ritmos tornam-se variações do que foi apresentado na primeira parte. Não é ruim, mas para meus ouvidos é um pouco repetitivo. No entanto, isso não significa que você não possa se divertir. Por outro lado, o início e o fim são dois pontos fortes deste álbum. Eu gostei muito de Flicker e Red Sea se tornou uma das minhas músicas favoritas do álbum. É um álbum que para muitos ouvintes da banda é o retorno triunfante depois de sete anos e que mais de um vai gostar muito.

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