Editado em finais de novembro de 1980, o single “Stop The Cavalry” deu a Jona Lewie o seu maior sucesso. A canção, apesar de falar de tempos de guerra, acabou por se transformar num clássico de Natal.
Em plena quadra festiva recuamos hoje a 1980 e a uma canção que, sem ser pensada como tema de Natal, é desde então recordada como um dos raros clássicos natalícios do seu tempo e surge inclusivamente em diversas compilações de canções natalícias.
Tem por título Stop The Cavalry e revela um cenário em tempo de guerra, embora sem necessariamente apontar um tempo e um lugar. Na origem havia uma ideia de criar uma situação na guerra da Crimeia (no século XIX), evocando um soldado que escrevia à sua amada (desejando estar em casa pelo Natal). As referências a Churchill (que combateu na O Guerra Mundial) e as imagens do teledisco, que mostram trincheiras, pode sugerir um cenário temporal concreto. Mas há na letra outras referências que transportam a ideia de guerra para outros tempos, incluindo o então muito presente clima de temor nuclear. O uso de metais e sininhos, assim como o verso “wish I was at home for Christmas” acabou contudo por fazer da cação um não projectado sucesso natalício em finais de 1980.
Quem a canta é Jona Lewie (n. 1947), um inglês com carreira esquecida entre bandas quase anónimas nos anos 60 que, em 1977, se viu integrado no catálogo da Stiff Records, uma das mais agitadas e produtivas “casas” da new wave britânica. Obteve primeiro (e quase inesperado) êxito com You’ll Always Find Me In The Kitchen At Parties, com tempero electrónico, em inícios de 1980.
Meses depois Stop The Calavry acabaria por gerar o seu maior êxito de sempre, projectando ainda atenções sobre Louise, já em 1981… Aos poucos Jona Lewie foi desaparecendo de cena, o seu último álbum é Optimistic e data de 1993. Desde 2004 fala num novo disco, mas na verdade de novo apenas surgiram reedições destes seus velhos êxitos de há quatro décadas.
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