A sorte do cavaleiro
Maria Manuel Cid / Georgino de Sousa
Repertório de António de NoronhaToureiro que entras na arena
Tua figura serena
Vai ao encontro da morte
O teu coração padece
Rezando a Deus uma prece
Que dê sorte à tua sorte
E dessa prece sentida
Vai depender tua vida
Da divina proteção
Enquanto dura a faena
A praça fica pequena
E grande o teu coração
Toureiro, quanta virtude
Há nessa calma que ilude
A nobreza do teu porte
Em cada ferro dos teus
Pedes baixinho a Deus
Que dê sorte à tua sorte
E quando a sorte não falha
Quando a alegria se espalha
É já longa a tua prece
Por ter poupado a vida
Ao terminar a corrida
Rezando a Deus, agradece
Tua figura serena
Vai ao encontro da morte
O teu coração padece
Rezando a Deus uma prece
Que dê sorte à tua sorte
E dessa prece sentida
Vai depender tua vida
Da divina proteção
Enquanto dura a faena
A praça fica pequena
E grande o teu coração
Toureiro, quanta virtude
Há nessa calma que ilude
A nobreza do teu porte
Em cada ferro dos teus
Pedes baixinho a Deus
Que dê sorte à tua sorte
E quando a sorte não falha
Quando a alegria se espalha
É já longa a tua prece
Por ter poupado a vida
Ao terminar a corrida
Rezando a Deus, agradece
A sorte e as ruas
Linhares Barbosa / Casimiro Ramos *fado três bairros*
Repertório de Berta Cardoso
Mariquitas e José
Ambos da Rua da Fé
Casaram-se certo dia
E foram então morar
Num lindo primeiro andar
Junto à Rua d'Alegria
Quando o amor era mais cego
Ele ficou sem emprego
Repertório de Berta Cardoso
Mariquitas e José
Ambos da Rua da Fé
Casaram-se certo dia
E foram então morar
Num lindo primeiro andar
Junto à Rua d'Alegria
Quando o amor era mais cego
Ele ficou sem emprego
Surgiram fatalidades
E d'alegria que abrasa
Foram prá parte de casa
E d'alegria que abrasa
Foram prá parte de casa
Ali prás Necessidades
Desprezados p'la família
Venderam roupas, mobília
Desprezados p'la família
Venderam roupas, mobília
Esta e aquela lembrança
Foram da Esp'rança prá Ajuda
Mas quando a sorte não muda
Foram da Esp'rança prá Ajuda
Mas quando a sorte não muda
Nem ajuda dá esp'rança
Saíram da Boa Hora
E ela, de linda que fôra
Saíram da Boa Hora
E ela, de linda que fôra
Nem sequer dava uma ideia
Era um parzinho sombrio
Já num quarto triste e frio
Era um parzinho sombrio
Já num quarto triste e frio
À esquina da Triste Feia
Azares, vicissitudes
Fecham a porta ás virtudes
Azares, vicissitudes
Fecham a porta ás virtudes
E ele, antigo operário
Foi morar numa prisão
Por ser preso por ladrão
Foi morar numa prisão
Por ser preso por ladrão
Lá no Beco do Vigário
Ela hoje não tem ninguém
Anda por aí, ao desdém
Ela hoje não tem ninguém
Anda por aí, ao desdém
Da vida e da crueldade
E á noite dorme, coitada
Por favor, num vão de escada
E á noite dorme, coitada
Por favor, num vão de escada
Na Rua da Caridade
A sós com a noite
Letra e música de Jorge Fernando
Repertório de Ana Moura
A luz que se arredonda
Alongando-me a sombra, sózinha
A saudade a bater
Uma dor que ao doer, é só minha
Um desejo inquieto
Um olhar indiscreto na esquina
Um rapaz de blusão
Arrastando p'la mão, a menina
Passa um velho a pedir
Incapaz de sorrir, p'los passeios
Um travesti que quer
Assumir-se mulher, sem receios
O alarme de um carro
Um cigarro apagado, indulgente
Um cheiro inusitado
O semáforo fechado, p'ra gente
Sobe o fado de tom
E o fadista que é bom, improvisa
Estão em saldo os sapatos
Desce o preço dos fatos, de cor lisa
Um eléctrico cheio
Uma voz de permeio *vai chover*
Bate forte a saudade
Como é grande a vontade, de te ver
Repertório de Ana Moura
A luz que se arredonda
Alongando-me a sombra, sózinha
A saudade a bater
Uma dor que ao doer, é só minha
Um desejo inquieto
Um olhar indiscreto na esquina
Um rapaz de blusão
Arrastando p'la mão, a menina
Passa um velho a pedir
Incapaz de sorrir, p'los passeios
Um travesti que quer
Assumir-se mulher, sem receios
O alarme de um carro
Um cigarro apagado, indulgente
Um cheiro inusitado
O semáforo fechado, p'ra gente
Sobe o fado de tom
E o fadista que é bom, improvisa
Estão em saldo os sapatos
Desce o preço dos fatos, de cor lisa
Um eléctrico cheio
Uma voz de permeio *vai chover*
Bate forte a saudade
Como é grande a vontade, de te ver
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