domingo, 27 de outubro de 2024

The Human League, “Holiday 80” (1980)

 

Lado A: Marianne

Lado B: Dancevision

Lado C: Being Boiled

Lado D: Rock’N’Roll / Nightclubbing

(Virgin, 1980)

Em finais de 1979 a relação entre a Virgin Records e os Human League passou momentos difíceis. Tidos como grande promessa (que de facto o eram), a banda que representava um dos esforços pioneiros de uma visão pop feita com eletrónicas no Reino Unido tinha sido superada pelo impacte de Are Friends Electric? de Gary Numan. Num sentido oposto tanto o álbum Reproduction como o single Empire State Human tinham passado mais longe das atenções… Às vezes é preciso tempo e paciência… A digressão dos Human Leage prevista para o final do ano não se concretizou. Mas nem por isso o grupo esmoreceu. Fizeram-se à estrada (acompanhando Iggy Pop) e gravaram um novo disco que chegaria às lojas em maio de 1980. Mas um mês antes de Travelogue apresentaram um EP no formato de um single duplo, ao qual chamaram Holiday 80.

O alinhamento destacava o inédito Marianne (assinado por Oakey, Ware e Marsh), mas que não figuraria depois no álbum, apresentava uma nova versão de Being Boiled (que havia sido o seu single de estreia, em 1978), uma versão conjunta de Rock’n’Roll de Gary Glitter, que depois desaguava numa de Nightclubbing de Iggy Pop e ainda Dancevision, um instrumental de Marsh e Ware (creditado como The Future), que de certa forma antecipa o modo de trabalho que desenvolveriam pouco depois como B.E.F. (British Electric Foundation).



Apesar de superar o discreto percurso mediático original de Empire State Human, o EP valeu-lhes uma primeira passagem televisiva pela BBC (tendo apresentado então Rock’n’Roll no Top of the Pops). Na sua carreira original o EP não superou o número 56 (mais tarde regressaria à tabela, alcançando uma posição mais destacada), mas deu-lhes alguma visibilidade a poucas semanas da edição de Travelogue


Pela frente teriam, ainda esse ano, o conflito interno que dividiria os Human League em duas facções. Uma, mais pop, sob o comando de Phil Oakey (mantendo o nome do grupo), a outra mais politizada e exploratória, representada pela dupla Ian Craig Marsh e Martin Ware, da qual nascereia tanto o coletivo B.E.F. como os Heaven 17.

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