segunda-feira, 31 de março de 2025

O Terço - Criaturas da Noite (1975, brilliant brazilian progressive folk-rock)

 



O Terço foi um dos grandes nomes do rock brasileiro durante os anos setenta, e em minha opinião Criaturas Da Noite é o seu melhor álbum. Há quem ache, levando-se em consideração que O Terço era uma banda de rock progressivo, que a partir desse álbum iniciou-se o declínio da banda. Como eu não sou muito afeito a discussão sobre gosto musical, aceito as considerações! 

Infelizmente esse álbum possui suas melhores edições através da gravadora Vinyl Magic, e uma dessas edições custa muito caro e são difíceis de encontrar. Assim sendo essa edição que aqui eu estou a postar é do ano de 2011, da gravadora Copacabana, e infelizmente resolveram lançar o CD com "tecnologia anti cópia"; e isso lamentavelmente não permiti que programas como o Exact Audio Copy faça uma cópia exata sem acusar vários erros. Logo, infelizmente eu não pude disponibilizar uma cópia com log e .cue; sinto muito! Desfrutem essa maravilha!


Um dos álbuns mais importantes da música progressiva brasileira. O Terço era, até então, considerado uma boa banda de rock pela crítica e pelo público, mas não excepcional. Com Criaturas da Noite tudo mudou. Acabaram-se as gravações primitivas e o formato básico do rock. Agora a banda tem um tecladista fixo (Flávio Venturini) e um novo baixista (Sérgio Magrão). Com essa formação eles gravariam seus melhores álbuns de todos os tempos e produziriam algumas das melhores músicas de prog rock da cena brasileira dos anos 70.
Criaturas da Noite mostrou as muitas faces desse talentoso grupo: músicas de rock puro (Hey Amigo, Volte na Próxima Semana), Folk rock (Queimada, Jogo Das Pedras), prog sinfônico (1974, Pano De Fundo, a faixa-título) e até uma interessante melodia instrumental (Ponto Final). Os músicos eram muito talentosos e habilidosos (todos na banda compunham músicas e todos os membros cantavam vocais principais e harmônicos). Sem enchimentos e feito com paixão e habilidade, o álbum foi, merecidamente, um grande sucesso na época. Até a produção foi soberba para um país do terceiro mundo naquele período.
Introduzindo alguns elementos novos como a viola brasileira (um violão acústico de 10 cordas, não o instrumento clássico) ao seu som, deu uma sensação de country brasileiro em algumas músicas, algo bastante incomum até então. Essa característica seria mais explorada em seu próximo álbum, Casa Encantada, mas essa é outra história.


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