segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Revocation: crítica de Deahtless (2014)

 



Tenho um fraco pela melodia. Heavy metal faz parte da minha vida. Portanto, quando a melodia se une ao peso, e vice-versa, há uma grande possibilidade de que o resultado agrade meus ouvidos. É quase covardia, até diria. Por todos esses motivos, Deathless, novo álbum da banda norte-americana Revocation, é meu novo caso de amor sonoro. Um death/thrash técnico, bem executado, construído a partir de doses generosas de peso e melodia. Não tem como ser ruim.

E, é claro, não é. Deathless soa consistente do início ao fim, com canções fortes e que cativam de imediato. São riffs grooveados, bateria criativa e repleta de bumbos duplos, tudo amarrado com variações rítmicas sempre presentes, que fazem as canções transitarem por diversos caminhos.

Pra quem gosta desse death/thrash melódico e que bebe sem medo no groove, trata-se de um prato cheio. O vocal de Brett Bamberger acaba sendo uma espécie de cereja no bolo, com o timbre gutural do moço indo de tons médios até alguns mais agudos, mas sem nunca ultrapassar aquele limite que faz com que alguns vocalistas de metal extremo soem como bruxas amaldiçoadas e desafinadas.

Entre as influências, percebe-se a presença de elementos em comum com Sylosis, Death, Morbid Angel e até mesmo Deicide. E, em certos trechos, a destemida experimentação na linha de nomes como Mastodon também bate ponto. Tudo isso constrói uma sonoridade não apenas consistente, como já comentado, mas sobretudo empolgante e inspiradora.

Gostei muito de Deathless. Está rolando sem parar nos meus ouvidos. Dê no play abaixo e você correrá o risco de viver uma experiência parecida.




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