sábado, 8 de outubro de 2022

BIOGRAFIA DE Julio Iglesias


 

Julio Iglesias



Julio José Iglesias de la Cueva (Madrid23 de setembro de 1943) é um cantorcompositor, e ex-futebolista espanhol.

Iglesias dedicou-se inicialmente à sua carreira desportiva, com o objetivo de tornar-se um jogador profissional de futebol. Ele atuou no time juvenil do Real Madrid, na posição de goleiro, entre 1958 e 1962.[1][2][3] Mas, na noite de 22 de setembro de 1963, quando tinha 20 anos de idade, ao conduzir o seu carro entre Majadahonda e Madri, juntamente com os seus amigos Enrique Clemente Criado, Toto Arroyo e Pedro Luis, Iglesias sofreu um trágico acidente que o deixou semiparalisado durante um ano e meio, existindo poucas hipóteses de poder voltar a andar. Internado no hospital Eloy Gonzalo[4], em Madri, ele passou a escrever poemas românticos que encantaram uma das enfermeiras que o atendia; elas arrumaram um violão para Julio, que transformou seus poemas em música.

No final dos anos de 1960, já totalmente recuperado do acidente de carro, Julio procurou uma produtora musical para oferecer suas canções aos intérpretes da empresa. Os empresários propuseram que ele defendesse sua canção, La vida sigue igual, no Festival de Benidorm. Consagrado como grande vencedor, assinou seu primeiro contrato com a Columbia Records.

Marcado pela voz e seu detalhismo nas canções, além de grande carisma, tornou-se o mais bem sucedido artista latino em todos os tempos, com números impressionantes: 200 milhões de cópias vendidas, 2600 discos de ouro e de platina, 4.000 espetáculos em mais de 500 cidades do mundo e uma canção tocada a cada 30 segundos. Estima-se que sua fortuna seja de mais de US$ 5 bilhões. Seu talento musical também se estende ao seu filho Enrique Iglesias, que se tornou um dos grandes pop stars da música pop internacional. Além de Enrique, Julio Iglesias também é pai de Chabeli Iglesias, Julio Iglesias Jr., Miguel Alejandro, Rodrigo, Victoria, Cristina e Guillermo.

Dentre os artistas brasileiros estão os duetos com: DanielZezé di Camargo e LucianoSimoneNelson Ned e Roberto Carlos, de quem é fã.[5] Em visita ao México nos anos 90, Julio encantou-se pela beleza da cantora mexicana Thalía, tanto que cantou com ela em um programa local, e a convidou para participar de um de seus clipes Baila Morena, e ele retribuiu o favor participando do clipe de Amandote da mexicana.

Vida e carreira

Nascimento e juventude

Julio José Iglesias de la Cueva nasceu em 23 de setembro de 1943 em uma antiga maternidade de Lavapiés, um bairro de Madrid. Foi o primeiro filho de Julio Iglesias Puga e María del Rosario de la Cueva y Perignat, que teve também outro filho chamado Carlos Luis. Por parte paterna, Iglesias descende de galegos, uma vez que seu pai era originário de Ourense.[6] O próprio Iglesias afirma possuir ascendência judaica por parte de sua mãe, sendo que não há registro de nenhum antepassado judeu em sua família.[7] Sua avó materna, Dolores de Perignat, era originária de Puerto Rico.[8][9][10] Iglesias tem também dois meios-irmãos: Jaime (nascido em 2004) e Ruth (nascida em 2006), fruto do segundo casamento do pai, em 2001.[11]

Carreira Futebolística

Julio Iglesias
Informações pessoais
Data de nasc.
Local de nasc.
Nacionalidadeespanhol
Informações profissionais
PosiçãoGoleiro
Clubes de juventude
Real Madrid Castilla
Clubes profissionais
AnosClubesJogos e gol(o)s
1960-1964Real Madrid Castilla

Em sua juventude, Iglesias envolveu-se com o futebol. Atuou como goleiro do Real Madrid Castilla, uma das categorias inferiores do clube. Iglesias chegou a conviver com alguns dos quais tornariam-se estrelas do clube, como Manuel VelázquezRamón GrossoPedro de FelipeLuis CostaEspejo e Hernández. Um atleta habilidoso, Iglesias planejava jogar profissionalmente e chegou a integrar o elenco oficial do clube madrilenho.[12] Ele disse sobre esses anos: "Eu tinha mais coragem e atitude do que talento".

Enquanto evoluía no sonho de tornar-se um jogador profissional, Iglesias investiu em sua formação acadêmica, cursando Direito na Universidade San Pablo CEU. Entretanto, um grave acidente automobilístico em 1962, colocaria um hiato em sua promissora carreira.[13]

O acidente esmagou sua coluna vertebral e deixou as pernas permanentemente enfraquecidas e necessitando de terapia por vários anos. Enquanto ele estava no hospital após o acidente, uma enfermeira chamada Eladio Magdaleno deu-lhe um violão para que ele pudesse recuperar a destreza de suas mãos.[14] Ao aprender a tocar, ele descobriu seu talento musical.[15][16][17] Após sua reabilitação, Iglesias estudou por três meses na Escola de Idiomas da Bell Educational Trust, em CambridgeReino Unido. Depois disso, voltou a se formar em Direito na Universidade Complutense de Madrid.[18]

Carreira artística

1968–1977: Benidorm, Eurovisão e primeiros sucessos

Em 1968, Iglesias venceu o Festival Internacional da Canção de Benidorm com a canção "La vida sigue igual", que anos mais tarde foi tema do filme homônimo sobre sua vida. Após a vitória, Iglesias assinou contrato com a Columbia Discos e lançou seu primeiro álbum de estúdio, intitulado Yo Canto. O álbum permaneceu nas paradas musicais espanholas por três semanas e atingiu a 3ª posição.[19] Em 1970, já com certa evidência no cenário nacional, Iglesias representou seu país no Festival Eurovisão da Canção, terminando em quarto lugar, depois da irlandesa Dana.[20][21] O cantor espanhol competiu com a canção "Gwendolyne", que eventualmente tornou-se um dos maiores sucessos de sua carreira. Pouco tempo depois, Iglesias atingiu as primeiras posições em toda a Europa com "Un Canto a Galicia", interpretada em galego. A canção vendeu mais de um milhão de cópias na Alemanha. Em 1975, outro estrondoso sucesso comercial foi "Se mi lasci non vale", marcando sua entrada no mercado musical italiano. Ao longo da década de 1970, consolidou sua carreira com baladas românticas como "Manuela", "El Amor" e "Soy". Na França, um de seus maiores sucessos foi sua versão de "Je n'ai pas changé."

Em 23 de fevereiro de 1973, em Madrid, enquanto realizava uma turnê pela Europa e América Latina, Iglesias tornou-se pai pela segunda vez quando do nascimento de Julio Iglesias, Jr.. No mesmo ano, o cantor alcançou sua primeira marca de 10 milhões de cópias vendidas, conseguindo também receber maior quantidade de prêmios e reconhecimentos do que qualquer outro artista de sua geração. No ano seguinte, sua canção "Por el amor de una mujer", composta por Danny Daniel para a atriz argentina Marcia Bell, tornou-se um grande sucesso em todo o mundo, ocupando as primeiras colocações nas paradas musicais europeias e latino-americanas. Neste período, aproveitando uma abertura de mercado, Iglesias ingressou em diversas turnês pelo continente americano, iniciada com uma aclamada apresentação no Carnegie Hall, de Nova Iorque.

Em 1975, Iglesias tornou-se pai pela terceira vez, quando do nascimento de Enrique Iglesias, hoje também um artista musical. No mesmo ano, lançou Manuela, seu primeiro álbum em língua portuguesa, e uma versão da obra em italiano. Sua primeira performance no Madison Square Garden em 1976 conseguiu bater a marca de maior número de cópias vendidas em menos tempo. Em 1977, Iglesias alcançou a marca de 35 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, além de emplacar seu álbum El amor nas primeira posições em mais de 40 países.

1978–1982: Sucesso internacional

Iglesias durante visita a Bostonc. 1984.

Em 1979, com o enorme sucesso que já causava, Iglesias mudou-se para Miami, onde assinou contrato com a CBS International e passou a interpretar canções em diversos idiomas, incluindo até mesmo português e alemão. Dois anos mais tarde, em 1981, lançou o álbum De Niña a Mujer, o qual dedicou a sua filha, Chabeli Iglesias. O álbum incluía uma versão em inglês de "Begin the Beguine", que tornou-se um hit no Reino Unido e na América Latina por completo.

1983–1989: 1100 Bel Air Place e sucesso estadunidense

Em 1983, Iglesias lançou sua primeira coletânea, Julio. No ano seguinte, lançou 1100 Bel Air Place, considerado por muitos críticos como o álbum que o lançou no mercado musical norte-americano, tendo vendido mais de 3 milhões de cópias somente nos Estados Unidos.[22] O primeiro single, "To All the Girls I've Loved Before", em dueto com Willie Nelson, atingiu a primeira posição na Billboard Country Charts e ficou entre as cinco primeiras na Billboard Hot 100. O álbum também incluiu "All of You", um dueto com Diana Ross, que atingiu a segunda colocação na Adult Contemporary Chart.[23]

Iglesias realizou uma participação especial na série The Golden Girls, como o namorado de Sophia Petrillo. Em 1988, o cantor espanhol venceu o Prêmio Grammy de Melhor Álbum Pop Latino por Un Hombre Solo. No mesmo ano, gravou o dueto "My Love" com Stevie Wonder, lançado no álbum Non Stop, deste último.

Anos 90: Reconhecimento internacional

Busto de Julio Iglesias na cidade espanhola de Benidorm.

Em 1990, Iglesias, que há pelo menos duas décadas se dedicava ao repertório crossover, lançou o álbum Tango, dedicado a canções do gênero homônimo. O álbum foi indicado ao Grammy de Melhor Álbum Pop Latino, perdendo para Romances, de Luis Miguel.[24]

Em 2003, Iglesias lançou o álbum Divorcio. No primeiro dia de vendas, Divorcio vendeu mais de 350 mil cópias somente na Espanha, atingindo a primeira posição também em PortugalFrançaItália e Rússia. Em 2003 e 2004, ainda colhendo frutos de seu trabalho, Iglesias ingressou em uma turnê de dez meses por ÁsiaEuropaAméricas e África. Mais da metade dos concertos lotaram em público. Em dezembro de 2004, gravou um dueto de "Silent Night" com sua namorada Miranda Rijnsburger, lançado nas plataformas virtuais do artista.

Em 2006, Iglesias lançou um álbum totalmente em inglês, intitulado Romantic Classics. O cantor disse ter selecionado "canções dos anos 60, 70 e 80 para serem novos clássicos da música". O álbum incluía interpretações de "I Want to Know What Love Is", "Careless Whisper" e "Right Here Waiting", entre outras. Romantic Classics foi o álbum mais bem-sucedido do artista na Billboard, estreando em 31º lugar nos Estados Unidos, 21º no Canadá, 10º na Austrália.

Vida pessoal

Julio Iglesias casou-se duas vezes e tem 3 filhos do primeiro casamento, 5 do segundo e um filho fora dos casamentos reconhecido pela justiça em 2019.[25]

Em 29 de janeiro de 1971, Iglesias casou-se com Isabel Preysler, uma jornalista e famosa apresentadora de tv Filipina. Preysler é filipina de ascendência espanholadescendente da aristocrática dinastia Perez de Tagle e que descende do Marquesado de Altamira desde o século XVI. O casamento rendeu-lhe três filhos: Chabeli Iglesias, a quem Julio compôs a canção "De Niña a Mujer" (nascida a 3 de setembro de 1971); Julio Iglesias, Jr. (nascido a 25 de fevereiro de 1973) e Enrique Iglesias (nascido a 8 de maio de 1975). Os dois últimos filhos, assim como o pai, ingressaram na carreira Musical. Iglesias, Jr. é um Cantor de relativo sucesso na Espanha, enquanto que Enrique Iglesias destaca-se também como compositor, ator e produtor. Iglesias e Preysler se divorciaram em 1979.

Depois de viver 20 anos com Miranda Rijnsburger casaram-se em 2010 em Marbella. Desta relação tem 5 filhos, Miguel Alejandro (1999), Rodrigo (2000), as gémeas Victoria e Cristina (2002), e Guillermo(2007).[26]

Iglesias possui atualmente duas grandes propriedades residenciais. Uma em Indian Creek, uma luxuosa ilha em Miami;[27][28] e outra localizada em Punta CanaRepública Dominicana, onde o cantor também possui um aeroporto internacional com outros investidores.[29] O cantor costuma dividir-se entre as duas residências quando não está em trabalho. Além destas propriedades, Iglesias também mantém um sítio em MálagaEspanha.[30][31]

Recentemente, o cantor têm se dedicado a aprender culinária tunisiana, pelo qual nutre uma paixão incrível, sendo o Mloukhia sua melhor receita. De acordo com seu amigo íntimo, Emilio Lopez, Julio também está aprendendo judaísmo ortodoxo para se tornar um rabino em Los Angeles e ensinar as crianças francesas como orar com um toque latino.[32]

Julio é freqüentemente visto no restaurante da Tunísia em Paris chamado Douieb onde ele ordena que o sanduíche seja tunisiano. De acordo com seu site oficial, ele já vendeu mais de 300 milhões de álbuns em todo o mundo em 1 de novembro de 2010. Iglesias tem uma neta chamada Sofia Iglesias, que é filha de sua filha Chabeli.

Em março de 2011, o artista lançou um novo álbum de estúdio chamado Numero 1. Em dezembro do mesmo ano, Julio Iglesias anunciou sua aposentadoria dos palcos.[33]

Discografia


  • Yo Canto (1969)
  • Gwendolyne (1970)
  • Como El Alamo Al Camino (1972)
  • Por una mujer (1972)
  • Así Nacemos (1973)
  • Soy (1973)
  • Und das Meer singt sein Lied (1973)
  • A Flor de Piel (1974)
  • A México (1975)
  • El Amor (1975)
  • Manuela (1975)
  • América (1976)
  • En el Olympia (1976)
  • Se mi lasci, non vale (1976)
  • A mis 33 años (1977)
  • Sono Un Pirata, Sono Un Signore (1978)
  • Emociones (1978)
  • Aimer La Vie (1978)
  • Às Vezes Tu, Às Vezes Eu (1978)
  • Innamorarsi alla mia età (1979)
  • A vous les femmes (1979
  • Hey! (1980)
  • Sentimental (1980)
  • Amanti (1980)
  • De niña a mujer (1981)
  • Fidèle (1981)
  • Zartlichkeiten (1981)
  • Minhas canções preferidas (1981)
  • Schenk Mir Deine Liebe (1982)
  • Momentos (1982)
  • Momenti (1982)
  • Et l'amour créa la femme (1982)
  • In Concert (1983)
  • Julio (1983)
  • 1100 Bel Air Place (1984)
  • Libra (1985)
  • Un Hombre Solo (1987)
  • Tutto l'amore che ti manca (1987)
  • Non Stop (1988)
  • Raíces (1989)
  • Momentos (1989)
  • Latinamente (1989)
  • Starry Night (1990)
  • Calor (1992)
  • Anche senza di te (1992)
  • Crazy (1994)
  • La Carretera (1995)
  • Tango (1996)
  • My Life: The Greatest Hits (1998)
  • Noche de cuatro lunas (2000)
  • Una donna può cambiar la vita (2001)
  • Ao Meu Brasil (2001)
  • Divorcio (2003)
  • Love Songs (2003)
  • En français (2004)
  • Love Songs - Canciones de amor (2004)
  • L'homme que je suis (2005)
  • Romantic Classics (2006)
  • Quelque chose de France (2007)
  • Julio Iglesias 1 - Vol 1 (2011)
  • Julio Iglesias - The Spanish Collection (2014)
  • Fallaste Corazón (2015)

Y.AZZ LANÇA NOVO SINGLE… “DRIP”


 Depois de uma primeira experiência a solo, com o EP “Heartbreak Mixtapes”, onde expôs a íntima verdade de estar na pele da cantautora, segue DRIP, onde y.azz aka Mariana Prista está a tentar re-confirmar um novo sentido para o seu amor próprio e abrir caminho para um novo trabalho a ser editado no próximo ano.

Segundo a cantautora: “Quando comecei a escrever esta música senti que estava finalmente a assumir o meu alter-ego como uma parte válida de mim, e a perder o medo e a barreira que está sempre imposta pela vergonha de me expressar. Sinto que cada vez mais a minha arte vai de encontro ao que realmente quero dizer quando confio no meu instinto e acho até engraçado ver isto tão nitidamente refletido na letra.

É uma música que tem a energia que estava a por na minha vida e que me serve muito de lembrete de como devia estar na vida – e que espero que possa servir desta maneira para quem a receber do outro lado.”

A música conta com produção de YANAGUI, foi gravada e captada no Complexo 1025 por Tomás Cruz, e mix e master de MicSine (SineFactory).

SURMA ESTÁ DE REGRESSO AOS DISCOS DE ORIGINAIS…

 


Depois de 5 anos, mais de 250 concertos em 18 países, e inúmeros projectos paralelos – que vão de bandas-sonoras, música para bebés, para teatro, para dança ou colaborações com outros músicos – Surma anuncia finalmente o segundo disco de originais.

alla” é o nome do novo trabalho da prolífica compositora, intérprete, produtora e performer – uma das mais originais e intensas que Portugal viu crescer nos últimos anos – que sucede ao aclamado disco de estreia “Antwerpen“, de 2017.


 7 de Outubro, deu a conhecer o single de avanço “ISLET”, onde continua a mostrar a intensidade, singularidade e ecletismo de que é feita mas agora de uma forma mais pessoal e transparente.

Em “ISLET”, Surma arrisca traduzir as experiências menos boas vividas durante o seu período de formação. Um legado tão marcante que a levou a cantá-lo como que a expiar toda a carga negativa, celebrando o impulso e a certeza que sempre teve em assumir a sua identidade.

A acompanhar o tema chega também o surpreendente vídeo, uma grande produção realizada mais uma vez em colaboração com a CASOTA Collective. Nele, a artista cristaliza a ode à auto-determinação, recorrendo às referências artísticas e cinematográficas que a ajudaram a superar os obstáculos, as mesmas que acabaram também por ser a base para muita da sua construção pessoal e artística. São 6 minutos de um gentil mergulho no seu cosmos sonoro e visual único, pleno de paisagens fonéticas e geográficas por explorar, qual raio de esperança e força universal para quem viva ou tenha vivido estas dificuldades.

É exactamente para todos e todas que se descobrem mais ou menos desalinhad_s com as normas e estereótipos impostos colectivamente que Surma, a partir das suas próprias vivências, pensou o novo disco. Uma viagem autobiográfica que pode bem ser a de tantos e tantas.

Com edição prevista para 4 de Novembro, com selo da sua casa de sempre, a Omnichord Records, “alla” é o novo disco que vai continuar a catalogar de incatalogável o trabalho de uma artista ímpar.

Angel Olsen – Big Time (2022)


 

Angel Olsen regressa aos discos com mais uma ligeira variação de estilo, mas sempre com a sua voz resplandecente a dominar a cena.

A crítica a um álbum implica na maior parte dos casos um exercício comparativo, pelo que a avaliação dificilmente será justa: o álbum em causa será sempre avaliado em comparação a outros álbuns do mesmo género musical, isto quando não é comparado a álbuns anteriores do mesmo autor ou autora. E isto é perverso nos casos em que o álbum de estreia ou aquele que o sucede – normalmente, o segundo álbum é “o” álbum que define a carreira – é especialmente bom. Tudo o que vier para a frente terá sempre de ser contextualizado e as conversas terminarão inevitavelmente com o “eh pá, não é mauzinho, não senhor, mas não tem nada a ver com o outro”.

Criticar um álbum como apenas aquilo que é – um álbum, sem antes, nem depois – é complicado. Mas não é impossível, basta para isso ter um conhecimento reduzidíssimo do artista em causa. Tipo, eu com a Angel Olsen, de quem conhecia os bons singles que provavelmente toda a gente conhece, um deles a “Shut Up Kiss Me”, obviamente.

Ora, esta indigência dá-me o à-vontade para escrever dois disparates seguidos: o “Big Time” é um dos álbuns que mais gostei de ouvir em 2022 e “All The Good Times” é uma das canções mais incríveis escritas nos últimos anos.

Li que Angel Olsen tinha seguido uma linha country, traindo a matriz indie-rock, e também li que Angel Olsen estava menos agressiva, traindo o seu caráter contestatário. É muito possível que assim seja, mas isso não diminui “Big Time”.

Este é um álbum marcadamente melódico, melancólico e triste, sobre dor e separações e despedidas – também li que Angel perdeu ambos os pais adotivos e um amor -, com instrumentalizações simples, mas cuidadas, cheio de slide guitar, alguns metais, uma voz cristalina, pouca eletrificação e várias baladas. Não é provavelmente uma obra para nos despedirmos dos dois anos mais estúpidos da nossa vida recente e talvez funcione precisamente para isso: para nos relembrarmos que as coisas más acontecem e que é preciso escrevê-las e cantá-las, como terapia, numa melodia cantada por uma mulher sensível.

Relembrar só que esteve há dias por Lisboa, no Capitólio, a encher a sala com a sua sedução.


Sereias – Sereias (2022)


 

No último disco dos Sereias há um estilo que se aguenta homogéneo, mas há uma evolução. Um instrumental talvez mais limpo, ao mesmo tempo mais pesado, ao mesmo tempo mais jazz, definitivamente mais krautrock, menos caos, menos destruição, a mesma desolação na poesia e voz de António Pedro Ribeiro.

É indesmentível que no artigo sobre O País a Arder, o primeiro álbum dos Sereias, divaguei um pouco, então combinei com os astros que agora não iria divagar de todo, ou talvez apenas divagar pouco, ou melhor, menos, ou pelo menos iria escrever pouco, ou ser mais concreto, directo ao ponto, falar menos de mim e mais da banda, mas como falar sobre música sem que falar de como ela me atinge, ela me fere, ela me…?, merda, já estou a divagar de novo.

Já sobre o segundo álbum da banda, Sereias, que há a dizer? Que há um estilo que se aguenta homogéneo, mas há uma evolução. Um instrumental talvez mais limpo, ao mesmo tempo mais pesado, ao mesmo tempo mais jazz, definitivamente mais krautrock, ritmos mais cadenciados, isso, cadências mais tribais (?), menos caos, menos destruição. A isto junta-se a poesia atormentada e a voz psicótica de António Pedro Ribeiro.

Segundo o texto de Adolfo Luxúria Canibal que acompanha o álbum, uma voz “ora gritada ora murmurada ora declamada, ora colérica ora depressiva, e a sua poesia bruta, de poeta de café em invectivas contra o mundo ou em lamentações existenciais. Mas contrariamente a O País A Arder, o disco de estreia, há aqui menos palavras de ordem sonantes (…) e um maior desespero face ao mundo, com as ambiências musicais a ganharem um protagonismo e um espaço inesperado (…) e as ladainhas recitadas a serem repetidas uma e outra vez, a sublinhar a sensação de perda e o tom melancólico e angustiado que percorre todo o disco.” Não poderia escrevê-lo melhor. António Pedro Ribeiro não é um vocalista normal, não é um frontman normal, e ainda bem. Mas talvez quisesse ser uma pessoa normal, e tão-pouco o é. É alguém que sofre e que não tem vergonha em dizê-lo, é alguém que não se coíbe em admitir “Ela vem, volta sempre, a depressão”. É também por isso que é angustiante ouvir este álbum,
de tão cru e tormentoso que é. Há quem diga que a música não deve ser apenas para abanar o rabo.

Ao vivo tudo é mais especial. Os músicos improvisam sobre uma base mais ou menos definida e o António vai declamando a sua raiva e as suas lamúrias sem uma ordem estabelecida, fazendo de cada concerto uma experiência única. Eles estarão no festival OUTFEST no dia 7 de Outubro, um festival que não é uma Disneylândia patrocinada por uma operadora de telecomunicações ou a marca de uma cerveja, o que hoje em dia é raro, sim estou a falar com vocês.

Entre mãos O copo A bebida Palavra batida Ritmos moldam O gesto O corpo A imagem Tua voz Tua presença Miragem Entre dedos O cigarro O pranto Procuro talento O teu encanto Teu nome Minha fome Tua ausência Minha demência Tanto tempo À procura Tanto tempo Loucura Teus lábios Vinho sangue desejo Tanto tempo Quem és hoje Tanto tempo Quem és hoje Maria Tanto tempo Quem és hoje Sofia Tanto tempo Quem és hoje Maria

“CANÇÕES MUNDANAS” É UM CONJUNTO DE CANÇÕES DE TIAGO VILHENA


 É um músico português, nascido em Viseu e a viver em Lisboa, fez parte de projectos como Savanna e George Marvinson. Apresenta-se agora enquanto Tiago Vilhena e canta na sua língua materna.

Canções Mundanas“, o álbum que sai esta sexta feira, 7 de outubro, é um conjunto de músicas compostas e executadas por Tiago que, ao sabor da corrente, toma um rumo folclórico e alternativo, revelando uma personalidade de cantautor. “Não Posso Ter Nada” foi o primeiro single, lançado no passado mês de Fevereiro.


Com influências demasiado variadas para justificar serem referidas, cria uma atmosfera sem nação, ainda que petisque costumes portugueses. Em 8 temas, fala-se de vontades, delírios, frustrações, ambições, paixões e personalidades. Nestas, emanando uma aura colorida, o artista convida-nos a aligeirar os problemas e a agradecer os sucessos sem que nos tenhamos de tornar despreocupados pelo que requer dedicação. A vida é uma construção e assim é a música também.

O concerto de apresentação deste novo trabalho está marcado para o dia 27 de Outubro, pelas 22h30, no Musicbox em Lisboa. Uma festa para dançar, cantar e sorrir sem preconceitos. Para iniciar o serão, as canções de Bruno de Seda mostram-nos o seu romantismo particular e exótico.

FINALMENTE CHEGOU O PRIMEIRO ÁLBUM DE PALMERS!


 Seasonal Affective Disorder”, o primeiro álbum de Palmers, promete energia e cataclismos, combinados com momentos de introspeção e euforia. Com breves referências aos sons primordiais da banda, culmina em experiências antagônicas que atualmente a representam.


Gravado entre 2021 e 2022, no estúdio da banda, a fórmula baseou-se em romper com cânones pré-concebidos e evoluir para uma sonoridade complexa e variada. Palmers arriscam através de riffs rasgados e vozes pujantes onde ecoam também sintetizadores dissonantes. Junta-se a batida pulsante e o baixo assertivo para completar esta viagem.

Seasonal Affective Disorder” é um tipo de depressão relacionada com as mudanças de estação. Esse tornou-se o mote para este álbum, em que a escrita e composição foram terapia para superar adversidades pessoais.


Destaque

Jefferson Starship (Jefferson Airplane) - Dragon Fly (1974)

  Ano: Outubro de 1974 (CD 1997) Gravadora: RCA Records (EUA), 07863 66879-2 Estilo: Pop, Rock País: São Francisco, Califórnia, EUA Duração:...