segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

CRONICA - PORCUPINE TREE | In Absentia (2002)

Se tivéssemos que nomear uma banda de metal progressivo do século 21 que não fosse Dream Theater, seria facilmente Porcupine Tree. Se a banda de Steven Wilson provavelmente atingiu um público menos amplo do que a de John Petrucci, sua música, muito menos voltada para o virtuosismo gratuito, poderia, paradoxalmente, atrair mais pessoas herméticas ao gênero. Na ausênciamarcará uma virada para os ingleses. A sua música irá de facto assumir tons mais francamente Metal. Para fazer isso, Wilson se separa de Chris Maitland para contratar Gavin Harrison, cujo jogo é igualmente impecável, mas – devo admitir – menos sutil e mais irritante. No cardápio, doze títulos e outras tantas jornadas sem, no entanto, afundar na arrogância característica do progressivo (sem solos intermináveis ​​e o título mais longo não ultrapassa oito minutos).

Testemunha de sua mutação, "Blackest Eyes" abre com um riff resolutamente Metal. Mas é apenas uma isca, já que então voamos para momentos aéreos que combinam perfeitamente com a voz clara de Wilson. Esta dicotomia entre momentos calmos e melódicos e momentos pesados ​​e brutais será o fio condutor de todo este In Absentia. Desfrutaremos destes riffs cativantes e robustos que Wilson é capaz de compor e que são acompanhados com entusiasmo pela bateria de Harrison e o baixo de Colin Edwin, assim como estes solos mais melódicos do que virtuosos, como um digno herdeiro de David Gilmour ou Andrew Latimer. Também apreciaremos as texturas trazidas pelos vários teclados de Richard Barbieri. “Trains” seguirá o caminho oposto a “Blackest Eyes”. Acordes acústicos celestiais antes de um aumento gradual de potência.

Depois de uma primeira parte melancólica, “Gravity Eyelids” vai então fazer-nos regressar a ambientes mais Metal durante uma longa pausa instrumental, para dizer o menos agradável. Porcupine Tree sempre gostou de bons instrumentais de rock, e voltam a fazê-lo aqui com "Wedding Nails" e seus tons de Metal bem pesados ​​e às vezes árabes onde Gavin Harrison se diverte como um louco. Depois de um "Prodigal" em forma de bluesey Rock, calmo e novamente servido por soberbas harmonias vocais durante o refrão, o baixo redondo e pesado de Edwin e os sintetizadores sonhadores de Barbieri nos apresentam uma fantasmagórica e fascinante corda ".3" suntuosa arranjos. mais agressivo, "The Creator Has A Mastertape" destila-nos com toques industriais antes de nos deixarmos levar pela balada "Heartattack In A Layby" num turbilhão de doçura majestosa. O baixo ritma a excelente "Strip Of Soul" alternando as partes atmosféricas durante os versos e a agressividade do Metal durante os refrões. Terminamos com uma balada pop sinfônica sonhadora.

Verdadeiro sucesso artístico, In Absentia lembra (ou informa para quem não sabia) que Steven Wilson é de fato um dos melhores compositores de sua geração. O álbum também mostrará um claro aumento nas vendas, trazendo o Porcupine Tree, se não para as grandes ligas, pelo menos para os grupos que importam. E não acabou!

Títulos:
1. Blackest Eyes
2. Trains
3. Lips Of Ashes
4. The Sound Of Muzak
5. Gravity Eyelids
6. Wedding Nails
7. Prodigal
8. .3
9. The Creator Has A Mastertape
10. Heartattack In A Layby
11. Strip The Soul
12. Collapse The Light Into Earth

Músicos:
Steven Wilson: Vocais, guitarra, banjo, teclados
Richard Barbieri: Teclados
Colin Edwin: Baixo
Gavin Harrison: Bateria

Produtor: Steve Wilson

Review: Arch Enemy – Deceivers (2022)

 


Referência na cena metal há duas décadas, o Arch Enemy soube se reinventar como poucas bandas de sua geração. As idas e vindas de Christopher Amott, motivadas pelas brigas com seu irmão Michael – líder da banda -, chegaram ao fim com a entrada de Jeff Loomis, um dos maiores guitarristas do seu tempo e com passagem brilhante pelo Nevermore. E para o lugar de Angela Gossow, que hoje exerce a função de manager do quinteto, a força da natureza conhecida como Alissa White-Gluz tomou conta. Completam o time o já citado Michael Amott, o espetacular baixista Sharlee D’Angelo e o fenomenal baterista Daniel Erlandsson. Um verdadeiro dream team do metal, convenhamos.

Deceivers, lançado em 12 de agosto, é o terceiro álbum com essa formação e o melhor desde que a banda foi reformulada – a nova fase conta ainda com War Eternal (2014) e Will to Power (2017). Produzido por Jacob Hansen, o disco traz onze faixas e mostra o quanto o Arch Enemy conseguiu se descolar do seu gênero inicial, o death metal melódico, e hoje faz simplesmente um metal agressivo, pesado, técnico e repleto de melodia. Os caras conseguiram desenvolver um estilo próprio, característica que diferencia as grandes bandas.

Há uma surpresa inicial em “Handshake with Hell”, onde Alissa varia o vocal gutural com sua voz natural, alcançando um resultado ótimo e que aponta para um caminho que a banda pode seguir nos próximos anos. O trabalho de composição, como sempre, é primoroso, equilibrando violência sonora com acessibilidade, resultando em um som absolutamente contagiante. As guitarras de Amott e Loomis se revezam em riffs e solos, erguendo muralhas que são solidificadas com o trabalho brilhante de Erlandsson, um dos melhores bateristas do planeta e que é criminosamente menosprezado quando se elencam as referências do instrumento. Alissa merece elogios à parte, pois ela é a cara da banda e o principal ingrediente que renovou o som do Arch Enemy, e segue brilhando de maneira intensa no álbum.

O tracklist é fortíssimo e traz momentos sublimes como a já mencionada “Handshake with Hell”, “Deceiver, Deceiver”, “The Watcher”, “Sunset Over the Empire”, “House of Mirrors”, “Spreading Black Wings” e o fechamento em alto estilo com “Exiled from Earth”.

Deceivers é o documento definitivo da força monolítica do atual Arch Enemy, uma reunião de músicos experientes e talentosos trabalhando juntos para fazer história no heavy metal. Ao final da audição do álbum, fica claro que eles estão conseguindo alcançar seus objetivos.


Review: Wizards – Seven (2022)

 


E 2022 nos reservou uma bela surpresa: o retorno do Wizards após mais de uma década sem material inédito. A banda está de volta com nova formação centrada, como sempre, no vocalista e líder Christian Passos, que agora conta com Leo Mancini (guitarra, ex-Shaman e Tempestt), Charles Dalla (teclado), Mendel Ben Waisberg (baixo) e Gabriel Triani (bateria) ao seu lado.

Seven é o sucessor de The Black Knight (2010) e foi lançado pela Metal Relics com tiragem de 1.000 cópias em uma edição em digipack com três faces, capa laminada e encarte de dezesseis páginas com todas as letras. A capa, que usa elementos do logo da banda, foi criada por Alcides Burn. Já a produção foi assinada por Dalla. Todas as faixas tiveram a parte musical composta por Christian Passos e as letras escritas por Charles Dalla.

Uma breve intro antecede “Pain”, uma das melhores músicas do álbum, com melodias muito bem construídas que colocam a canção em um nível superior. O clima se mantém alto com “Living Undercover”, e aqui fica clara uma das qualidades do Wizards: conseguir tornar o power metal, um gênero que soa repetitivo em mãos menos talentosas, em algo não apenas empolgante e cativante, mas acima de tudo um tipo de música impregnado com a identidade única da banda, responsável por turbinar o ouvinte para os mais altos níveis de endorfina.

A banda tira o pé em “Rising Sun”, que apresenta certa influência de Queensrÿche e traz em sua parte mais calma a bela voz de Passos acompanhada por orquestrações. A pegada hard/heavy é mantida em “Tell Me”, enquanto “In the Night” mostra que o Wizards é capaz de soar contemporâneo e moderno sem abrir mão de suas características. Com grandes doses de peso, é uma das grandes canções do álbum. Esse ar de contemporaneidade continua em “Call My Name”, que conversa sem cerimônia com o lado mais acessível do hard rock e do melodic rock e possui um refrão extremamente grudento.

Seguindo a escola Avantasia, o Wizards elimina as barreiras entre o metal melódico e o hard rock na ótima “I Wanna Know”, que teria tudo para se transformar em um single de enorme potencial se as rádios brasileiras não apenas tocassem rock, mas voltassem seus olhos também para as bandas nacionais. “Is It Love?” segue na mesma linha.

A pegada power retorna em “Storm the Highway”, feita na medida para os fãs mais antigos. Um início mais climático introduz “Dawn of the World”, repleta de mudanças de andamento e uma das canções mais intrincadas do álbum, que deságua em um mar de acessibilidade graças às linhas vocais inspiradíssimas de Passos. O encerramento acontece com a balada “Grateful”, que, pelo menos para mim, soa abaixo das demais músicas e poderia ter ficado de fora do tracklist final.

O grande destaque vai para Christian Passos, cujo timbre de voz o fez ser chamado de "Michael Kiske brasileiro" por uma parcela de fãs mais apaixonados. O vocal é realmente incrível, e fica ainda mais forte devido ao talento de Christian em compor melodias vocais. Os demais músicos são todos do mais alto nível, e o destaque vai para o trabalho de Leo Mancini, instrumentista de enorme talento e que deveria ser mais reconhecido.

Seven é um grande retorno de uma banda que deixa claro que ainda tem muito o que mostrar. A passagem do tempo fez bem ao Wizards, que soa mais experiente e entrega um trabalho muito consistente e que deve se tornar, sem esforço, um dos preferidos dos fãs.


20 Guitarristas que também cantam


Aqui fica uma lista com alguns guitarristas que também cantam. Nessa lista mais em destaque, estão os 20 que mais se destacaram nessa função na minha opinião e mais abaixo uma outra com outros nomes interessantes. Estou destacando nesse post mais guitarristas do Rock e os nomes estão em ordem aleatória. 



Jimi Hendrix




Kurt Cobain



John Lennon



Joe Bonamassa



Richie Sambora



John Fogerty



Billy Gibbons



Lindsey Buckingham



Billy Joe



Lenny Kravitz



Eric Clapton



David Gilmour



Paul Stanley



Dave Grohl



James Hetfield



Dave Mustaine



Matthew Bellamy



Noel Gallagher



Zakk Wylde



Billy Corgan




Outros grandes nomes: Keith Richards, Alvin Lee, Billy Corgan, Roland Orzabal, George Harrison, Ace Frehley, Lzzy Hale, Joan Jett, Chuck Berry, Justin Hawkins, Herbert Vianna, Digão, Jack White, Joan Jett, Nancy Wilson, Annie Clark, Alex Kapranos, Alex Turner, Jerry Cantrell, Izzy Stradlin, Brian May, BB King, Daniel Johns, Shaun Morgan, Myles Kennedy, Nicke Borg, Daron Malakian, Pete Townsend, Tom Petty, Rivers Cuomo, entre outros..

Os pedestais de microfone mais belos e inusitados


Neste post, você verá algumas fotos de pedestais de microfones, a maioria deles utilizados por algum artista em apresentações , que são criativos e inusitados e que se tornam algumas vezes marca do vocalista que as utiliza. 












                                                    Usado pela cantora japonesa Gackt





Usado pela banda Kalidia




Usado pela banda Five Finger Death Punch



Usado pela banda Korn



Usado pela banda Misfits



Usado pela banda Panic at the Disco



Usado pelo cantor Prince




Usados por Rob Zombie



Usado pela banda Three Days Grace



Usado pela banda W.A.S.P




Usados pela banda Black Label Society



Usado pela cantora Rihanna





Crítica ao disco de Aldo Pinelli - 'Desde la abadía' (2020)

 

Hoje é a vez de apresentar - um pouco tarde - a mais recente obra fonográfica do músico e compositor argentino ALDO PINELLI, que se intitula "From La Abadía" e foi publicado em 11 de novembro do ano passado 2020 pela gravadora Viajero Inmóvil. PINELLI tem uma longa trajetória como protagonista do grupo prog-sinfônico HÁBITAT e também uma minuciosa carreira solo: este é seu sexto trabalho solo. Depois de sua passagem pela Patagônia no álbum do ano de 2019 justamente intitulado "Patagônia", agora este maestro viaja para a Europa e nos oferece um novo catálogo de composições inspiradas na música acadêmica, tradições renascentistas e celtas, e alguns momentos de rock progressivo. . PINELLI, que assume as guitarras, baixo, sintetizadores, harmônio e percussão, é acompanhado pela flautista Paula Dolcera, pela percussionista Silvia Pratolongo e pelo baterista Roberto Sambrizzi. O material contido neste álbum foi gravado no Melania Studio, no estúdio do prestigiado coletivo VICC localizado na Suécia e no Pacifi Studio na Nova Zelândia. O design gráfico foi realizado em conjunto pelo próprio PINELLI e Felipe Abel Surkan, responsável pela marca Viajero Inmóvil. Vejamos agora os detalhes do repertório contido em “Desde La Abadía”.

Ocupando os primeiros 6 ¼ minutos do álbum, 'Los Patos Se Transforman En Cisnes' acaba por ser a peça mais longa do álbum, e, aliás, também o seu zénite. Começando com um suave enquadramento de violões que criam uma atmosfera bucólica imponente, logo depois a flauta chega para ornamentar magicamente o esquema musical atual. Pouco depois de atingir a fronteira do segundo minuto e meio, a peça dá uma volta solene que antecipa a chegada de um delicado esquema progressivo em 5/4 que nos leva a um ponto intermediário entre o CAMELO e o RENASCIMENTO. A guitarra elétrica conduz o desenvolvimento temático enquanto a bateria sustenta a graça extrovertida do momento. As coisas se acalmam para a seção final, envolta em uma atmosfera evocativa de tenor envolvente, o que facilita um breve retorno ao bucólico para os momentos finais. Segue-se então o duo de 'Jugando Ajedrez' e 'Beige', enquanto a primeira destas canções se centra numa sóbria sequência de acordes onde os gaps desempenham um papel delicado no seio da serenidade sonora predominante de inspiração renascentista. Quanto a 'Beige', é uma miniatura prog-sinfônica simples que apela a vibrações introspectivas; o uso de alguns truques psicodélicos no interlúdio e no final adiciona um curioso chocalho nebuloso ao assunto. 'Lo Que Queda' exibe um halo reflexivo baseado no violão clássico solitário, que elabora frases que oscilam entre o contido e o luminoso. 'Drop' centra-se num exercício académico motivado pelo legado impressionista. As ocasionais irrupções da guitarra eléctrica proporcionam um factor uau bastante interessante... E é pena que não tenham uma presença mais extensa, mas foi assim que as coisas ficaram. Quando chega a vez de 'La Ballade De La Fôret d'Agnan', um enclave de violões, baixo, harmônio e percussão é montado para desenvolver uma homenagem completa à tradição renascentista. Há solenidade combinada com um espírito lúdico discreto vibrando no centro deste belo tema. 'Cassis' remete-nos para a faceta pastoral de STEVE HACKETT através do filtro dos ambientes oníricos que tanto privilegiam no mundo estético de um MIKE OLDFIELD. 'Estudio 5', por sua vez, aposta numa retomada das atmosferas líricas mais cristalinas das peças anteriores. E é uma pena que não tenham uma presença mais extensa, mas assim ficaram as coisas. Quando chega a vez de 'La Ballade De La Fôret d'Agnan', um enclave de violões, baixo, harmônio e percussão é montado para desenvolver uma homenagem completa à tradição renascentista. Há solenidade combinada com um espírito lúdico discreto vibrando no centro deste belo tema. 'Cassis' remete-nos para a faceta pastoral de STEVE HACKETT através do filtro dos ambientes oníricos que tanto privilegiam no mundo estético de um MIKE OLDFIELD. 'Estudio 5', por sua vez, aposta numa retomada das atmosferas líricas mais cristalinas das peças anteriores. E é uma pena que não tenham uma presença mais extensa, mas assim ficaram as coisas. Quando chega a vez de 'La Ballade De La Fôret d'Agnan', um enclave de violões, baixo, harmônio e percussão é montado para desenvolver uma homenagem completa à tradição renascentista. Há solenidade combinada com um espírito lúdico discreto vibrando no centro deste belo tema. 'Cassis' remete-nos para a faceta pastoral de STEVE HACKETT através do filtro dos ambientes oníricos que tanto privilegiam no mundo estético de um MIKE OLDFIELD. 'Estudio 5', por sua vez, aposta numa retomada das atmosferas líricas mais cristalinas das peças anteriores. harmônio e percussão que desenvolve uma homenagem bem-arredondada à tradição renascentista. Há solenidade combinada com um espírito lúdico discreto vibrando no centro deste belo tema. 'Cassis' remete-nos para a faceta pastoral de STEVE HACKETT através do filtro dos ambientes oníricos que tanto privilegiam no mundo estético de um MIKE OLDFIELD. 'Estudio 5', por sua vez, aposta numa retomada das atmosferas líricas mais cristalinas das peças anteriores. harmônio e percussão que desenvolve uma homenagem bem-arredondada à tradição renascentista. Há solenidade combinada com um espírito lúdico discreto vibrando no centro deste belo tema. 'Cassis' remete-nos para a faceta pastoral de STEVE HACKETT através do filtro dos ambientes oníricos que tanto privilegiam no mundo estético de um MIKE OLDFIELD. 'Estudio 5', por sua vez, aposta numa retomada das atmosferas líricas mais cristalinas das peças anteriores.

'Far From You At Winter's End' se volta para a faceta etérea do discurso sinfônico progressivo com uma preferência aberta pelo uso de sons de sintetizadores cósmicos quando se trata de estabelecer e reforçar o corpo central. Essa confluência do melancólico e do cerimonioso é tratada com muita elegância, conseguindo traduzir na arte do som uma paisagem típica de uma tarde nebulosa de inverno. Algo muito ANTHONY PHILLIPS, verdade seja dita. Em contraste, 'Eneagrama' começa como uma peça básica que não esconde sua inerente jovialidade calorosa, embora fique aquém da euforia. A meio, transforma-se num caleidoscópio sonhadoramente dissonante onde os contributos da guitarra elétrica (e outros mais discretos do sintetizador) fornecem recursos de densidade surreal. Depois, tudo volta ao calor, mas sem a jovialidade inicial. Outro zênite fundamental do repertório. A dupla de 'Una Fuente En La Parte De Atrás' e 'Noyers-sur-Serein' concentra-se na música tradicional e na velha academia com equilíbrio requintado, compartilhando semelhanças em termos da expressividade solene que inspira suas respectivas configurações composicionais. 'Passage Four – A Melancholic Passage' dura menos de meio minuto e tem como missão abrir caminho para a chegada de 'Marnay-sur-Seine', uma peça centrada em cores barrocas que exalam um brilho expressivo bastante convincente. Os ornamentos e eventuais orquestrações dos teclados preenchem com capricho os espaços criados pelo violão clássico. Assim se encerra o repertório oficial de “Desde La Abadía”, mas ainda restam duas faixas bônus ao vivo: 'Firenze' (de “Italian Suite”) e 'La Luna Roja Y La Montaña Negra' (parte do legado HÁBITAT), que foram gravadas durante a residência de PINELLI no CAMAC (centro cultural instalado em uma abadia do século XVI da cidade francesa de Marnay-sur-Seine), em 25 de outubro de 2016. Com a simples presença do violão certo para cada peça, PINELLI conquista o público. Isso é tudo o que nos foi oferecido em "Desde La Abadía", uma obra que nos mostra mais uma vez a capacidade de ALDO PINELLI de captar e expressar atmosferas contemplativas, quase sempre envolventes, às vezes um pouco mais imersas no introspectivo e com ocasionais excursões experimentais . Temos aqui um novo exemplo da incansável criatividade que pulsa continuamente no universo musical do mestre PINELLI. Ao publicarmos esta revisão, Já há obras inéditas deste senhor e também do grupo HABITAT que dirige; esse será o motivo de outras resenhas futuras, mas, enquanto isso, celebramos a existência de “From The Abbey”.

 'Da abadia':


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