quarta-feira, 1 de março de 2023

BIOGRAFIA DOS Três Tristes Tigres

Três Tristes Tigres

Três Tristes Tigres é uma banda musical portuguesa formada na década de 1990. A banda é mais conhecida pelo tema "O Mundo a Meus Pés".

História

O início

Desde 1987 que a ex-Ban Ana Deus trabalhava e colaborava com a poetisa Regina Guimarães na autoria de canções para teatro e video. A teclista Paula Sousa (ex-Repórter Estrábico) acaba por entrar numa fase mais avançada. Em 1992 está definida a primeira formação do grupo. O nome foi escolhido por ser um trava-línguas e porque achavam graça haver tristes na música ligeira que se associa a divertimento.

Anos 90

O primeiro álbum dos Três Tristes Tigres, "Partes Sensíveis", é editado em 1993. A popularidade do tema "O Mundo A Meus Pés" leva a que as edições posteriores do disco tivessem na capa uma imagem de Ana Deus retirada do teledisco desse tema.

Paula Sousa sai em Dezembro de 1993. O grupo participa no disco de homenagem a António Variações com "Anjinho da Guarda".

Alexandre Soares, que colaborara na gravação de "Anjinho da Guarda", entra para o grupo.

Começam entretanto a preparar o segundo álbum de originais, "Guia Espiritual", que vê a luz do dia no início de 1996. O disco foi bastante aclamado e agraciado com o prémio Blitz para o Melhor Álbum Nacional do Ano e o projecto levou ainda o prémio de Melhor Grupo Nacional. "Zap Canal" é um dos temas mais divulgados nas rádios nacionais.

No final de 1998 é editado o seu terceiro álbum, "Comum". Este incluia o tema "Falta (forma)" com a participação de Manuela Azevedo dos Clã.

A formação ao vivo passa a contar com João Pedro Coimbra (bateria, percussão) e Pedro Moura (programações).

Em Maio de 1999 é apresentado em Lisboa e no Porto o espectáculo "Fera Consentida" baseado num texto de Maria Gabriela Llansol.

Anos 2000

Nos dias 19 e 20 de Fevereiro de 2000 é estreado no Auditório Carlos Alberto o espectáculo "KITCHnet" de Ana Deus com textos de Regina Guimarães.

Em 2001 é editada a compilação "Visita de Estudo" com temas de todos os álbuns, o tema "Anjinho da Guarda" e como novidades o tema "Coisas Azuis", concebido para o espectáculo "Ferida Consentida", uma nova versão de "Subida aos Céus" e uma remistura de J.P. Coimbra para "O Mundo A Meus Pés".

Alexandre Soares é o autor da banda sonora do filme "Ganhar a Vida" de João Canijo. No filme pode ser ouvido o tema "Fome de Femme" dos Três Tristes Tigres.

Em 2006, é editado o livro "As Letras como Poesia", pela Objecto Cardíaco, que inclui uma análise das Letras de Regina Guimarães para os TTT, republicado em 2009 pela Afrontamento.

Elementos

  • Ana Deus (1992-)
  • Regina Guimarães (1992-)
  • Paula Sousa (1992-1993)
  • Alexandre Soares (1992-)

Discografia

  • Partes Sensíveis (CD, EMI, 1993)
  • Guia Espiritual (CD, EMI, 1996)
  • Comum (CD, EMI, 1998)
  • Visita De Estudo (Compila, EMI, 2001)
  • Mínima Luz (CD, 2020)


“SWAMPY” É O NOVO EP DOS DRY CLEANING

 

ALINA LANÇAM NOVO SINGLE “BEM ME QUER”

 

“PASSENGER SIDE” É O NOVO SINGLE DOS BAD BAD MARY

 

Dry Cleaning – New Long Leg (2021)

 

A fornada de 2021 continua a presentear-nos com excelentes discos, e New Long Leg promete ser mais um a ter em conta quando chegarmos ao fim do ano e fizermos o balanço do mesmo

Depois de dois EP’s em 2019 e um belo single lançado no final do ano passado (“Scratchcard Lanyard”, música que abre o disco), eis que os Dry Cleaning, banda do sul de Londres, lança o seu primeiro longa duração. Tal como aconteceu com os Black Country, New Road, a expectativa era elevada e a confirmação foi quase imediata. Há de facto uma vaga de novas bandas a surgirem no Reino Unido que urge ouvir e degustar. Para melhor as descobrir nada como ir à playlist aqui lançada pelo nosso grande Francisco Fidalgo, sempre atento ao que de novo vai aparecendo.

Preoccupations, Protomartyr, Porridge Radio, Shame, IDLES, Fontaines D.C. são alguns dos nomes que têm surgido nos últimos anos revisitando o pós-punk são vários e todos merecem atenção, todos conseguiram adicionar ao existente sem serem meras cópias do que antes havia, indo remexer na herança de Wire, Joy Division, The Fall, Gang of Four, dando-lhes uma roupagem actual e pertinente. Juntemos pois os Dry Cleaning a esta lista, derivado da sua bela capacidade de criar canções que parecem simples e ainda assim estão cheias de conteúdo – de ganchos imprevisíveis no baixo de Lewis Maynard, de riffs em cascata saídos da guitarra de Tom Dowse, de variações de ritmo entre canções e, no que será eventualmente mais diferenciador e ao mesmo tempo divisivo, na opção por spoken word da vocalista Florence Shaw. Enigmática como poucas, a sua presença cria uma experiência de audição no ouvinte totalmente díspar, nunca abandonando o tom de discurso, nunca se enquadrando em métricas a acompanhar a melodia, como que a pairar sobre a camada de som que a sonoriza.

New Long Leg é bastante coeso ao nível de temas, destacando-se talvez o já mencionado single “Scratchcard Lanyard” e “Her Hippo”. Viajar por New Long Leg é passear por cenários como o Museu Sherlock Holmes dos finais de relação, dentistas com jardins nas traseiras desorganizados, peluches de llamas em lojas, maionese no fundo do frigorífico, e bolas saltitantes de Tóquio, Oslo ou ainda Rio de Janeiro. Florence Shaw, como boa estudante de arte, cria uma colagem de frases retiradas de comentários online, conversas agarradas por aí, reflexões próprias, assim criando um cenário confuso mas bem trabalhado para ilustrar as suas ideias.

Tal como aconteceu com os Black Country, New Road, com os black midi, com os Sons of Kemet, The Comet is Coming, também urge dar atenção de ouvido aos Dry Cleaning. Não serão tão inventivos como os acima listados, mas dentro do seu espectro conseguiram criar um disco audaz e pertinente. Nós só temos que agradecer a existência destas bolsas de resistência rock.


Alice in Chains – Facelift (1990)

 

O álbum de estreia dos Alice in Chains, Facelift, foi o primeiro disco de ouro do grunge. O alternative rock à beirinha de varrer o mainstream.

Estamos em ’87, na longínqua cidade de Seattle. Quando uma banda de Sunset Strip ruma em digressão, muitas vezes nem se dá ao trabalho de lá passar: faz frio, está sempre a chover, não há público que justifique. E, contudo, há qualquer coisa a mover-se. Dá-se um pontapé numa pedra e sai de lá uma banda, tocando só porque sim, porque as hipóteses de vingar são remotas. É uma cena pequena e promíscua – bandas tocando para outras bandas em meia dúzia de clubes esconsos – mas a vitalidade rock’n’roll é inegável. O isolamento de Seattle joga a seu favor: não lhes resta outra hipótese senão serem eles próprios.

Jerry Cantrell é um desses miúdos que toca guitarra como se a sua vida dependesse disso. No espaço de algumas semanas perde a avó e a mãe, ficando sem família e sem casa. Dorme agora num sofá de um amigo. Numa festa, conhece Layne Staley, que, sabendo da sua situação, lhe oferece guarida no Music Bank, um antigo armazém reconvertido em salas de ensaio, aberto 24 horas por dia. No rodopio de sexo, drogas e rock’n’roll que é o Music Bank, depressa se forma uma profunda amizade – e cumplicidade estética – entre Staley e Cantrell. Os Alice in Chains, portanto.

E enquanto vão crescendo como banda, toda a cena musical de Seattle vai ganhando notoriedade. A culpa é da editora independente Sub Pop, que inventou um nome para a movida heavy rock da cidade – o grunge – e vendeu-o ao mundo como a “next big thing”. A estratégia foi hábil: conquistar primeiro os fazedores de gosto ingleses. Em ’89, John Peel começa a passar Nirvana, Mudhoney e Soundgarden no seu famigerado programa de rádio. Numa crónica no London Observer, Peel afirma que o grunge é a cena regional mais interessante desde que Detroit nos deu a Motown. No mesmo ano, a convite da Sub Pop, o Melody Maker publica um guia sobre a cena de Seattle.

Os ares do tempo jogam a favor do hype: depois de uma década de escapismo de plástico, ansiava-se por um retorno ao orgânico e verdadeiro. Começa então a corrida para as majors: primeiro, os Soundgarden; a seguir, os Mother Love Bone; por fim, os Alice in Chains. Graças à alta rotação de “Man in the Box” na MTV, foram os AiC que deram ao grunge o seu primeiro disco de ouro, a sua primeira entrada no Top 50 da Billboard e o seu primeiro hit single. O caminho para o terramoto de Nevermind estava agora escancarado.

Facelift é um grande disco – canções memoráveis umas atrás das outras -, apesar de apanhar os Alice in Chains ainda à procura da sua identidade. Os seus salpicos funk (“I Know Somethin About You”) e de hard rock à Guns (“Put You Down”) podem ser encantadores mas distraem a banda do seu desígnio. Só no tomo seguinte – o sepulcral Dirt – é que os Alice in Chains se cumpririam na íntegra, mas tudo o que os define já está presente em Facelift: os riffs pesados e lentos como chumbo a derreter; o misto de imaginação melódica com escuridão sabbathiana; o entrelaçar das vozes de Staley e Cantrell, quais Simon & Garfunkell do doom.

O ponto mais alto de Facelift é “Love, Hate, Love”, que vai crescendo devagar até toda a lava de sentimentos contraditórios se derramar no refrão: amo, odeio, amo outra vez. Não são as palavras que nos comovem (muitas vezes, elas escapavam-nos), é a voz trémula e torturada de Staley, sofrendo cada sílaba que enuncia. Mais do que uma estética A ou B, é esta profundidade emocional que define o grunge, este extravasar intenso de tristeza e raiva e confusão, esta antítese absoluta da superficialidade do hair metal. Para nós, então adolescentes, era maná que nos caía do céu: sentíamo-nos finalmente compreendidos e tínhamos finalmente uma música só nossa, que os nossos irmãos mais velhos não compreendiam. Que sorte foi a nossa, é o que vos digo.


NEO-PROG Um subgênero de rock progressivo

 

Definição Neo-Prog

Rock Neo-Progressivo (mais comumente "Neo-Prog") é um subgênero do Rock Progressivo que originalmente foi usado para descrever artistas fortemente influenciados pelas bandas clássicas de prog sinfônico que floresceram durante a década de 1970. No início do movimento neo-prog, a principal influência foi do início até meados dos anos 70 do Genesis. O debate sobre quando o Neo-Prog realmente surgiu ocorre com frequência, com alguns afirmando que começou com Marillion's Script for a Jester's Tear em 1983. Outros afirmam que começou com Twelfth Night no início dos anos 80, enquanto alguns até sugerem o popular sinfônico A banda progressiva Genesis deu origem ao Neo-Prog com seu álbum de 1976, A Trick of the Tail.

Se alguém analisar o movimento progressivo pouco antes de 1980, então alguns álbuns que influenciaram fortemente o movimento Neo-Prog facilmente vêm à mente: Steve Hackett - Spectral Mornings, Genesis - Wind & Wuthering, Genesis - And Then There Were Three, Genesis - Seconds Out , Saga - Saga, todos os álbuns do Camel entre Breathless e The Single Factor incluídos, e alguns álbuns de Eloy, especialmente Silent Cries And Mighty Echoes.

Esta nova forma de rock progressivo se originou no Reino Unido e é mais fortemente associada a bandas como Marillion, Pendragon e IQ; e embora as travessuras teatrais fizessem parte das apresentações ao vivo de muitos artistas que exploram esse subconjunto do gênero rock progressivo, são os elementos musicais que são fundamentais para o gênero; tipificado pelo uso de guitarra atmosférica e solos de sintetizador com tendências sinfônicas, com uma tendência para camadas flutuantes de sintetizadores e solos sonhadores. Uma característica adicional é o uso de sintetizadores modernos em vez de sintetizadores e teclados analógicos antigos. As principais razões para os artistas Neo-Progressivos serem separados daqueles que exploram o Symphonic Prog em primeiro lugar são as anteriores, bem como uma ênfase mais pesada na forma da música e na melodia do que alguns de seus homólogos sinfônicos anteriores.

Com o passar do tempo surgiram outros artistas que também se desviavam das normas criadas pela onda clássica de artistas do rock progressivo nos anos 70. O final dos anos 70 deu ao mundo a música punk; os anos 80 deram uma nova onda ao mundo; e o grunge dos anos 90. Essas, assim como outras formas, tiveram uma tremenda influência fora do reino do rock progressivo. O advento do sintetizador moderno também inspirou artistas como Tomita, Vangelis e Kitaro a explorar trabalhos musicais mais sonhadores.

Essas e outras formas de gêneros musicais mais ou menos novos influenciaram artistas que também exploravam o rock progressivo. Embora muitos artistas tenham feito isso dentro da estrutura do rock progressivo dos anos 70, mais e mais artistas desenvolveram um som e estilo tão fortemente influenciados por esses desenvolvimentos musicais mais recentes que categorizá-los dentro dos subgêneros existentes do rock progressivo tornou-se cada vez mais difícil.

Enquanto o gênero Neo-Progressivo inicialmente consistia em artistas explorando uma versão modernizada do Symphonic Prog, hoje em dia os artistas cunhados como Neo-Progressive cobrem uma infinidade de expressões musicais, onde o denominador comum é a inclusão - dentro de uma estrutura de rock progressivo - de elementos musicais desenvolvido pouco antes e depois de 1980. O gênero Neo-Progressivo em sua forma refinada cobre um vasto território musical, cobrindo até certo ponto todos os subconjuntos existentes de rock progressivo e também buscando gêneros tão diferentes quanto new age de um lado e punk e metal do outro.

Principais álbuns do Neo-Prog


4.26 | 2335 ratings
MISPLACED CHILDHOOD
Marillion
4.24 | 2167 ratings
SCRIPT FOR A JESTER'S TEAR
Marillion
4.24 | 1367 ratings
THE ROAD OF BONES
IQ
4.18 | 1479 ratings
CLUTCHING AT STRAWS
Marillion
4.17 | 524 ratings
POSTHUMOUS SILENCE
Sylvan
4.17 | 495 ratings
RESISTANCE
IQ
4.14 | 723 ratings
CONTAGION
Arena
4.10 | 1191 ratings
MARBLES
Marillion
4.10 | 987 ratings
FREQUENCY
IQ
4.11 | 471 ratings
EMPIRES NEVER LAST
Galahad
4.06 | 736 ratings
EVER
IQ
4.06 | 748 ratings
THE VISITOR
Arena
4.05 | 1002 ratings
DARK MATTER
IQ
4.05 | 750 ratings
THE MASQUERADE OVERTURE
Pendragon
4.15 | 202 ratings
NIGHT DREAMS & WISHES
Modern-Rock Ensemble
4.04 | 499 ratings
A TOWER OF SILENCE
Anubis
4.06 | 364 ratings
SEVEN
Magenta
4.10 | 242 ratings
SPEAK
I And Thou
4.11 | 229 ratings
THE CLOCKWORK FABLE
Gandalf's Fist
4.05 | 387 ratings
MOONSHINE
Collage

Álbuns de joias obscuras e negligenciadas do Neo-Prog



SONGS FROM PENNSYLVANIA
Ezra
CROWN OF CREATION
Emerald
HUNTING THE FOX
Ines
THE ART OF MADNESS
Psychedelic Ensemble, The

Destaque

Julverne ‎– À Neuf (1980, CD, Bélgica)

Lado 1 1. 3 pièces apareillées (14:51) - Pasticcio 3:37 - Un peu prétentieux 8:25 - Polka 2:49 2. Spiering (7:47) Lado  2 1. Impuissance (6:...