terça-feira, 4 de julho de 2023
Cinco Discos Para Conhecer: Avant-Garde Music
Quando você ouve falar sobr Avant-Garde Music, o que você pensa? Eu sempre via um bando de doidos tocando música de doidos, e jamais entendia o por que disso existir. Depois de muito ouvir free jazz, um dos estilos que mais gosto, resolvi me adentrar nas maluquices e obras ligadas às experimentações e inovações (ou seriam deboches e desaforos) registradas para a posteridade em incontáveis álbuns que estão no mercado há algum tempo, aliás, escondidos, pois a maioria não vendeu praticamente nada.
.
As escolhidas talvez sejam as que menos preparação o ouvinte deva ter, apesar do estado mental das criaturas que as gravaram (ou o nível de chapação) não ser dos mais recomendáveis para um ser humano, mas ouvidos atentos descobrirão a genialidade / absurdez que é a Avant-Garde Music, mas principalmente, o choque que ela causa em ouvidos acostumados a ouvir música apenas com ritmos e melodias. Prepare seus cogumelos, amarre sua camisa de força e deixe a loucura entrar em sua mente.
Um dos maiores representantes da cena Avant-Garde foi o casal John Lennon e Yoko Ono. Quando eles se uniram, seus primeiros álbuns geraram muitas polêmicas entre apreciadores dos Fab Four e também com a imprensa, que não entendeu as ideias malucas do inglês e da japonesa. O primeiro nome que veio à mente para a lista foi Wedding Album, terceiro disco da dupla, que consta no lado A com a estranhíssima "John, Yoko", peça de 23 minutos onde um grita/geme o nome do outro enquanto mastigam. Mas o lado B tem uma peça de 25 minutos, "Amsterdam", que trata-se apenas de conversas em um passeio pela cidade holandesa, além de algumas passagens acústicas, e portanto, não trata-se realmente de um registro musical. Mas a estreia do casal sim, é o suprassumo do que podemos definir de Avant-Garde Music. Composto apenas pela faixa-título, a qual é dividida em 10 partes, e com uma breve participação de Pete Shotton fazendo os tradicionais tape loops (ficar repetindo uma gravação em uma fita), nos pouco mais de trinta minutos do LP temos assovios, gravações, barulhos diversos, notas e acordes soltos e irritantes de piano e baixo, gemidos de Lennon e muitos vagidos, choros e gritos histéricos de Yoko, em uma insanidade brutal. A EMI, gravadora dos The Bealtes na época, recusou-se a lançar o disco, considerando-o anticomercial e sem fundamento. Unfinished Music n° 1: Two Virgins saiu por gravadoras independentes, e hoje é considerado uma peça de colecionador, principalmente em sua versão original, com a polêmica capa do casal nú, sendo um disco muito complicado de se ouvir, assim como seus sucessores, mas que com o passar do tempo, ganha seu sabor. Outro detalhe é que o álbum foi gravado em uma única tomada, durante a madrugada do dia 19 de maio de 1968. Na época, John Lennon estava casado com Cynthia Lennon, que naquele dia estava de férias na Grécia. Cynthia acabou voltando antes, e pegou o casal dormindo junto após as gravações. Foi o estopim para a separação, e o início de um dos casamentos mais famosos do rock.
John Lennon (vocais, piano, órgão, percussão, efeitos, loops), Yoko Ono (vocais, loops)
Participação especial
Pete Shotton (loops)
1. Two Virgins
Considero esse o melhor álbum dos aqui apresentados, sendo que inclusive já escrevi sobre ele aqui. O grupo Cromagnon foi uma experiência magnífica da dupla Austin Grasmere e Brian Elliot, que acompanhados por uma banda de apoio e por pessoas que foram "raptadas" pela dupla enquanto passavam na frente do estúdio de gravação, pariu um dos discos mais raros da história. São oito faixas regadas de distorções, barulhos, gritos e efeitos em geral que arrepiam e muito, com destaque fica para a estripação gratuita de "Ritaul Feast of the Libido", a insanidade de "Fantasia" e os dez minutos alucinantes minutos de "Toth, Scribe I", a qual é a mais perfeita canção do álbum, com seu início totalmente progressivo nos acordes de sintetizador e explosões, percorrida então por uma trilha sonora angustiante, com as explosões e o sintetizador explodindo os miolos do ouvinte. Há alguns momentos de racionalidade no disco, mas esses não devem atingir um minuto de duração se somados. O resto, é experimentação em seu estado bruto. Orgasm chegou a ser apresentado na íntegra, tendo no centro do palco um gigantesco útero com a banda em seu interior. Pelo palco, pessoas semi-nuas passeavam sob luzes estroboscópicas, enquanto a sonoridade fervilhava, e o ponto de êxtase da apresentação ficava para a explosão do útero com um lança-chamas, ainda em "Caledonia", permitindo que a banda saísse para executar o resto do álbum, com todos os "instrumentos" que pudessem obter naquele dia. Orgasm saiu pelo famoso selo EPS, responsável por muitos lançamentos ousados, e aos poucos, vem sendo descoberto nas mais profundas estantes de especialidades em obscuridades, e sinceramente, é só para os fortes.
Austin Grasmere (vocais), Brian Elliot (vocais), Peter Bennett (baixo), Jimmy Bennett (guitarra), Vinnie Howley (guitarra), Sal Salgado (percussão), Mark Payuk (vocais), Gary Leslie (vocais)
1. Caledonia
2. Ritual Feast of the Libido
3. Organic Sundown
4. Fantasia
5. Crow Of The Black Tree
6. Genitalia
7. Toth, Scribe I
8. First World Of Bronze
Damião Experiência - Planeta Lamma [1974]
Não podia deixar de jeito maneira essa obra-prima da Avant-Garde brasileira de fora. A estreia de Damião Experiência é uma obra conceitual, que trata do Planeta Lamma, o destino final de todo ser humano, localizados obviamente sete palmos debaixo do chão. É uma experiência sonora única. Ou você se contamina com a insanidade, ou acaba descobrindo que sempre pode ter algo pior do que você considerava a pior coisa que você já ouviu. Entre grunhidos, vagidos e gritos alucinantes e doentios de Damião, cantando em Lammês (?!), a língua do Planeta Lamma, acompanhado por uma gaitinha de boca sem vergonha e um violão de apenas uma única corda, desafinada ainda por cima, além de um chocalho que foi amarrado ao violão, o registro foi feito em uma gravação de fita k7, e depois virou um raríssimo LP prensando, embalado e vendido pelo próprio Experiência, que ainda era responsável pelo layout da capa, gerando seguidores como os Novos Baianos, que consideraram Damião um dos maiores gênios da música nacional, mas por outro lado, conquistou uma legião de detratores, que amaldiçoam o disco - e a carreira do artista - sem se quer ter se dado o trabalho de ouvir, e quando ouvem, acabam concluindo que aquilo que imaginavam é ainda pior. Entre tapas e beijos, há vários destaques entre as 13 e nada convencionais canções do álbum, como o ritmo dançante de "Planeta Bicho", a alucinação da faixa-título, a doentia "Linguagem do Planeta Lamma Música do Planeta Lamma", "Linguagem do Povo do Infinito ao Universo de Rose 1999" e principalmente a paulada "Minha Dor", e material descartável, como "Que Dor Eu Sinto", ou a insanidade dos gritos de "A Vida É Sempre Assim", sendo inegável que as primeiras audições são um choque e tanto. Um álbum para ser ouvido sem pré-conceitos, e que seus ouvidos e coração deem o veredicto final. E também aconselho a buscar a obra de Experiência, pois existem muitas pérolas escondidas nos mais de trinta discos que ele já gravou.
Damião Experiência (voz, grunhidos, violão e gaita de boca)
1. 1308 Registrou Gravou Rose Olíria Experiença
2. Que Dor Eu Sinto
3. A Vida é Sempre Assim
4. Linguagem do Povo do Infinito ao Universo de Rose 1999
5. Loucura total 1999 a Damião Experiença
6. Amente Astrologica 1999
7. Planeta Lamma
8. Minha Dor
9. Som Planeta Lamma
10. Planeta Bicho
11. Mundo no Espaço
12. Meu Passado? Meu Presente
13. Linguagem do Planeta Lamma música do Planeta Lamma
Damião Experiência - Planeta Lamma [1974]
Não podia deixar de jeito maneira essa obra-prima da Avant-Garde brasileira de fora. A estreia de Damião Experiência é uma obra conceitual, que trata do Planeta Lamma, o destino final de todo ser humano, localizados obviamente sete palmos debaixo do chão. É uma experiência sonora única. Ou você se contamina com a insanidade, ou acaba descobrindo que sempre pode ter algo pior do que você considerava a pior coisa que você já ouviu. Entre grunhidos, vagidos e gritos alucinantes e doentios de Damião, cantando em Lammês (?!), a língua do Planeta Lamma, acompanhado por uma gaitinha de boca sem vergonha e um violão de apenas uma única corda, desafinada ainda por cima, além de um chocalho que foi amarrado ao violão, o registro foi feito em uma gravação de fita k7, e depois virou um raríssimo LP prensando, embalado e vendido pelo próprio Experiência, que ainda era responsável pelo layout da capa, gerando seguidores como os Novos Baianos, que consideraram Damião um dos maiores gênios da música nacional, mas por outro lado, conquistou uma legião de detratores, que amaldiçoam o disco - e a carreira do artista - sem se quer ter se dado o trabalho de ouvir, e quando ouvem, acabam concluindo que aquilo que imaginavam é ainda pior. Entre tapas e beijos, há vários destaques entre as 13 e nada convencionais canções do álbum, como o ritmo dançante de "Planeta Bicho", a alucinação da faixa-título, a doentia "Linguagem do Planeta Lamma Música do Planeta Lamma", "Linguagem do Povo do Infinito ao Universo de Rose 1999" e principalmente a paulada "Minha Dor", e material descartável, como "Que Dor Eu Sinto", ou a insanidade dos gritos de "A Vida É Sempre Assim", sendo inegável que as primeiras audições são um choque e tanto. Um álbum para ser ouvido sem pré-conceitos, e que seus ouvidos e coração deem o veredicto final. E também aconselho a buscar a obra de Experiência, pois existem muitas pérolas escondidas nos mais de trinta discos que ele já gravou.
Damião Experiência (voz, grunhidos, violão e gaita de boca)
1. 1308 Registrou Gravou Rose Olíria Experiença
2. Que Dor Eu Sinto
3. A Vida é Sempre Assim
4. Linguagem do Povo do Infinito ao Universo de Rose 1999
5. Loucura total 1999 a Damião Experiença
6. Amente Astrologica 1999
7. Planeta Lamma
8. Minha Dor
9. Som Planeta Lamma
10. Planeta Bicho
11. Mundo no Espaço
12. Meu Passado? Meu Presente
13. Linguagem do Planeta Lamma música do Planeta Lamma
O quinto álbum solo de Lou Reed é considerado por muitos como o pior disco da história. Depois de três álbuns muito bons (Lou Reed, Transformer e Berlin) e do aclamado Sally Can't Dance, Reed brigou com a sua gravadora, a RCA, e então decidiu gravar em sua casa as microfonias de duas guitarras, tocadas com diferentes tipos de distorção pelos próprios amplificadores, para lançar por conta das obrigações contratuais com a RCA. Sim, isso mesmo, nenhum ser humano toca nas guitarras. O que temos é o registro das guitarras no centro de grandes amplificadores, os quais, ligados em um volume considerável, fizeram as cordas vibrarem. Com os instrumentos afinados em afinações distintas, o efeito gerado é incrível e inovador, e Reed só se deu o trabalho de gravar as microfonias e depois, mixá-las. Mas não foi isso que fãs e mídia pensaram. As quatro longas faixas, em torno de 16 minutos cada uma, ocupam cada lado de um vinil duplo, renegado e linchado até mesmo pelo mais ardoroso seguidor da antiga banda de Reed, o Velvet Underground, que também tem seus momentos Avant-Garde. O que ficou para a história é um álbum de revolta, ou de deboche, mas esquizofrênicos e pirados em geral ouviram as microfonias com ouvidos calorosos, e acabaram divulgando o álbum para outras gerações, que influenciados pelo disco, o qual na contra-capa traz destaque para os amplificadores Sunn, acabou influenciando a geração de um novo estilo, o Drone, e não por acaso, o nome de uma das principais bandas desse novo estilo, Sunn O))). Metal Machine Music tem vário fatos curiosos, como o de vendido mais de 100 mil cópias, pois ao que parece, as pessoas não acreditavam nos comentários da imprensa, de que o disco fosse tão ruim, mas o mais interessante está na capa, a qual fazia ênfase que no álbum não havia sintetizadores, teclados, e o mais curioso de tudo, música!! Esse realmente é para poucos, e detalhe, sugiro pegar a versão em CD, pois assim, não haverá distinção de uma faixa para outra!
Lou Reed (guitarras, distorções, efeitos)
1. Metal Machine Music Part 1
2. Metal Machine Music Part 2
3. Metal Machine Music Part 3
4. Metal Machine Music Part 4
Lou Reed (guitarras, distorções, efeitos)
1. Metal Machine Music Part 1
2. Metal Machine Music Part 2
3. Metal Machine Music Part 3
4. Metal Machine Music Part 4
Zappa sempre foi um apreciador e divulgador da Avant-Garde Music. Vários discos seus trazem o estilo em voga, como Lumpy Gravy (1967), Weasels Ripped My Flesh (1971), Orchestral Favorites (1979) ou Francesco Zappa (1984), sendo que o último por algum tempo foi o principal nome para entrar nessa lista. Porém, decidi trazer um material construído pelo próprio Zappa. O lado A de Studio Tan o responsável pelo LP estar aqui. Afinal, "Greggery Peccary" é uma maluca história sobre o pequeno javali genial que inventa um calendário revolucionário, acaba trazendo caos ao mundo, e que exigiu a Zappa a contratação de mais de músicos para poder concluí-la, já que ela começou a ser gravada em 1972, mas só foi finalizada em 1974. Entre um humor sarcástico e comentários políticos muito ácidos, Zappa mistura música clássica, barulhos, cacofonia e efeitos enquanto narra a história com profundidade e certo exagero, parecendo mais uma trilha sonora de um desenho animado cujo tema central é a suspense. Há seus momentos de "racionalidade", com algumas melodias soltas nos mais de vinte minutos da faixa, mas a sensação geral é de uma maluquice total. As experimentações Avant-garde continuam no lado B, em diversas passagens desconcertantes na belíssima "Revised Music for Guitar & Low Budget Orchestra", com deliciosas misturas de orquestra, percussão e guitarras, mas há canções bastante ortodoxas, como o rock animado de "Let Me Take You to the Beach" e a comovente faixa de encerramento "REDUNZL", fácil um dos Top 10 dos melhores solos de Zappa, mas que também possui seus momentos de experimentalismo. Se você deseja entrar nesse mundo, dos cinco aqui citados comece SEM DÚVIDAS por esse.
Frank Zappa (guitarra, vocais, percussão), George Duke (teclados), John Berkman (piano), Tom Fowler (baixo), James "Bird Legs" Youmans (baixo), Edward Meares (baixo), Terry Bozzio (bateria), Paul Humphrey (bateria), Davey Moire (vocais), Eddie Jobson (teclados), Max Bennett (baixo), Don Brewer (bongo), , Ruth Underwood (percussão, sintetizadores), Pamela Goldsmith (viola), Murray Adler (violino), Sheldon Sanov (violino), Jerry Kessler (violoncelo), Bruce Fowler (trombone), Don Waldrop (trombone), Jock Ellis (trombone), Dana Hughes (trombone), Earle Dumler (oboé), JoAnn Caldwell McNab (baixo), Mike Altschul (flauta), Ray Reed (flauta), Graham Young (trompete), Jay Daversa (trompete), Malcolm McNab (trompete), Victor Morosco (saxofone), John Rotella (instrumentos de sopro), Alan Estes (percussão), Emil Richards (percussão)
1. Greggery Peccary
2. Let Me Take You to the Beach
3. Revised Music for Guitar & Low-Budget Orchestra
4. REDUNZL
DISCOS DE ÊXITOS
The Steve Miller Band – Greatest Hits (1998)
Tracklist:
01. The Joker
02. Space Intro
03. Fly Like An Eagle
04. Jet Airliner
05. Dance Dance Dance
06. Give It Up
07. Keeps Me Wondering Why
08. Abracadabra
09. Swingtown
10. Jungle Love
11. Take The Money And Run
12. Rock’n Me
13. The Stake
14. Heart Like A Wheel
15. Wide River
16. True Fine Love
17. Cry Cry Cry
18. Serenade
19. Winter Time
20. Wild Mountain Honey
01. The Joker
02. Space Intro
03. Fly Like An Eagle
04. Jet Airliner
05. Dance Dance Dance
06. Give It Up
07. Keeps Me Wondering Why
08. Abracadabra
09. Swingtown
10. Jungle Love
11. Take The Money And Run
12. Rock’n Me
13. The Stake
14. Heart Like A Wheel
15. Wide River
16. True Fine Love
17. Cry Cry Cry
18. Serenade
19. Winter Time
20. Wild Mountain Honey
The Fevers - Série: Meus Momentos - 1994
CD 1
01. Vem Me Ajudar (Get Me Some Help) [0:03:15.40]
02. Candida (Candida) [0:03:09.10]
03. Mar De Rosas (Rose Garden) [0:03:01.25]
04. Nathalie (Nathalie) [0:02:44.40]
05. Hey Girl [0:03:05.05]
06. Agora Eu Sei (I've Been Hurt) [0:02:06.00]
07. Já Cansei (It's Too Late) [0:02:28.40]
08. Ninguém Vive Sem Amor [0:04:03.42]
09. Sou Feliz (I'm So Happy) (Igual que Ayer, Igual que Antes) [0:02:20.13]
10. De Que Vale Tanto Amor [0:02:34.60]
11. Onde Estão Teus Olhos Negros (Donde Estan Tus Ojos Negros) [0:03:17.40]
12. Paloma Branca (Paloma Blanca) [0:03:06.17]
13. Deus [0:04:09.18]
14. Angel Baby [0:03:07.35]
15. Você Morreu Pra Mim [0:02:23.22]
CD 2
01. Guerra dos Sexos [0:04:07.70]
02. Se Voce me Quiser [0:03:30.57]
03. Sou Assim [0:03:39.28]
04. Foi Tudo Mentira [0:02:45.20]
05. Algo Errado em Mim [0:02:47.57]
06. Barbarella [0:02:42.73]
07. Elas por Elas [0:03:17.70]
08. Não Consigo Viver sem Você [0:02:50.25]
09. Alguém em Meu Caminho [0:02:31.72]
10. Você não Sabe o Que está Perdendo [0:02:11.60]
11. Eu Sou Mais Eu [0:04:14.33]
12. Vesti Azul [0:01:53.35]
13. Marcas do Que Se Foi [0:03:13.00]
14. Se Você Disser que Sim [0:02:37.57]
FADOS do FADO...letras de fados...
A chave esquecida
António José / Manuel Viegas
Repertório de Ada de Castro
Quantas vezes já de madrugada
E cansada das horas contar
Eu ouvia os teus passos na escada
Logo corria pra te abraçar
Meus tormentos calavas com beijos
Nesse tempo ainda era tua
Mas agora tens mais uma chave
De outra porta que há na mesma rua
A minha chave que tens esquecida num bolso qualquer
Vai deitar fora, que entre as outras chaves só faz confusão
É muito fácil mudar de novo a fechadura
Nem a chave que tens abre a porta do meu coração
Eu não quero perder o costume
De morar onde sempre morei
E fingir que não tive ciúme
Nas poucas vezes que os encontrei
E sorri ao ver-te embaraçado
Com surpresa também vi depois
O remorso a bailar nos teus olhos
Por vingança sorri para os dois
A chegada dos navios
Ary dos Santos / Martinho d’Assunção
Repertório de Maria da Fé
Chegam heróis e jovens de mãos dadas
Chegam rapazes loiros como o estio
E partem as palavras censuradas
No penacho de fumo do navio
Chegam esperanças, medos e ciladas
Em que a aventura nos embosca o cio
E partem as angústias exiladas
No penacho de fumo do navio
Ao ritmo dos guindastes, estremecemos
Portos abertos ao que nos deslumbra
Somos apenas o que não sabemos
Barcos de sol rumados à penumbra
Piratas d'abordagem que trazemos
A latejar nas veias, que se cumpra
A palavra que nós nunca dissemos
Rosa de sangue a rebentar de sombra
A cidade
Ary dos Santos / Nuno Nazareth Fernandes
Repertório de Maria Armanda
Em Lisboa, não morro mas espero
O Tejo, a água, a ponte, e o rossio
Em Lisboa, não morro mas espero
Um pouco menos Tejo e menos frio
Em Lisboa, vendendo a minha fruta
De azeite e mel e ódio de saudade
É dentro de mim próprio que eu tropeço
Num degrau de ternura da cidade
Em Lisboa, gaivota que navega
No Terreiro do Paço, por acaso
Encontro a dimensão da minha entrega
No aterro onde me encontro a curto prazo
Limoeiro limão do mar da Palha
Palha pobre de tédio, rio surpresa
Desta Lisboa de água que não falha
Quando do céu azul sobra tristeza
Lisboa meu amor, minha aventura
Em cada beco só uma saída
Alfama meu mirante de lonjura
Má fama que a nós todos dá guarida
Mas nesta angústia que eu canto
Lisboa não vem ao caso
Repertório de Maria Armanda
Em Lisboa, não morro mas espero
O Tejo, a água, a ponte, e o rossio
Em Lisboa, não morro mas espero
Um pouco menos Tejo e menos frio
Em Lisboa, vendendo a minha fruta
De azeite e mel e ódio de saudade
É dentro de mim próprio que eu tropeço
Num degrau de ternura da cidade
Em Lisboa, gaivota que navega
No Terreiro do Paço, por acaso
Encontro a dimensão da minha entrega
No aterro onde me encontro a curto prazo
Limoeiro limão do mar da Palha
Palha pobre de tédio, rio surpresa
Desta Lisboa de água que não falha
Quando do céu azul sobra tristeza
Lisboa meu amor, minha aventura
Em cada beco só uma saída
Alfama meu mirante de lonjura
Má fama que a nós todos dá guarida
Mas nesta angústia que eu canto
Lisboa não vem ao caso
Outlaws - Hurry Sundown (1977)
O que tornou esses floridianos, e especialmente este álbum, tão extraordinários? Os garotos de Tampa podiam arrasar com um abandono selvagem e imprudente e serem elegantes ao mesmo tempo. O trio estava entre os mais melódicos dos machados elétricos de Dixie. Adicione excelentes harmonias vocais de três partes à mistura que eram dignas de Crosby, Stills e Nash, e a produção limpa de Paul A. Rothchild, que se tornou famoso por produzir os primeiros álbuns do Doors, e todos fomos presenteados com alguns dos melhores do sul rock 'n roll já colocado em vinil.
Os bandidos 1975 |
A faixa de abertura do LP de estreia de 1975, "There Goes Another Love Song", se tornou o maior sucesso da banda, enquanto o álbum de encerramento "Green Grass & High Tides", uma música que seguiu os passos de "Free Bird" do Lynyrd Skynyrd. tornou-se um hino de arena. São literalmente 10 minutos de guitarra tocando, alto-falante soprando, bate-cabeça, rock 'n roll.
Os Outlaws nunca fizeram um recorde ruim, mas sua estreia foi tão fenomenal que nunca conseguiram superá-la. O álbum ficou nas paradas por dezesseis semanas, chegou ao número treze e foi merecidamente certificado como ouro em 1977.
O álbum seguinte, 'Lady In Waiting', continha "Breaker Breaker", um hit menor que aproveitou ao máximo a mania do rádio CB que atingiu o pico por volta de 1976. O'Keefe então deixou a banda e foi substituído por Harvey Dalton Arnold em 1977 'Apresse o pôr do sol'. A faixa-título se tornou um grampo de concerto e favorito dos fãs. Logo a formação da banda se tornou uma porta giratória de mudanças de pessoal até que eles se separaram em 1982. Houve mais um single de sucesso, "Ghost Riders In The Sky" do álbum de 1980, 'Ghost Rider'.
Infelizmente, apenas dois dos membros originais da banda sobrevivem até hoje. O'Keefe, um alcoólatra crônico, morreu aos 44 anos em fevereiro de 1995 e Jones foi encontrado morto menos de um mês antes de causas desconhecidas. Thomasson faleceu de um ataque cardíaco em 2007. Paul e Yoho continuam jogando até hoje na versão mais recente de The Outlaws.
Como os Eagles, cujos membros da linha de frente cantavam, Thomasson, Paul e Jones eram todos vocalistas talentosos, e a mistura das vozes do trio em harmonias de três ou quatro partes, bem como a rotação de quem estava no microfone, logo se tornou uma marca registrada.
“Sim, e isso nos diferenciou da maioria das outras bandas. Mas o que realmente aconteceu foram as canções”, afirma Paul. “Não apenas tínhamos algo a dizer, mas também nossos próprios meios de divulgá-lo. Em comparação com nossos contemporâneos – por exemplo, a abordagem de composição de Ronnie Van Zant, que era mais simples – nossas canções tinham raízes em um formato mais poético”.
Os primeiros shows dos Outlaws em Tampa foram com The Allman Brothers, Marshall Tucker Band, Charlie Daniels Band e Lynyrd Skynyrd.
Entrevista com Henry Paul
“A história dos Outlaws é bastante familiar,” Paul começa, em uma voz calma e cheia de calor. Ele está ligando de um terreno recentemente comprado e construído no Tennessee. “Em algum lugar ao longo do caminho, a maioria das bandas [de destaque] tem sorte. Para que os sonhos se tornem realidade, trabalho duro e persistência só o levarão até certo ponto. Os Outlaws surgiram no boom que se seguiu a The Byrds, Buffalo Springfield e a explosão do folk rock na América. Estávamos no lugar certo na hora certa, na esteira dos Allman Brothers e dos Eagles e do sucesso limitado de Poco”.
“Sim, e isso nos diferenciou da maioria das outras bandas. Mas o que realmente aconteceu foram as canções”, afirma Paul. “Não apenas tínhamos algo a dizer, mas também nossos próprios meios de divulgá-lo. Em comparação com nossos contemporâneos – por exemplo, a abordagem de composição de Ronnie Van Zant, que era mais simples – nossas canções tinham raízes em um formato mais poético”.
Os primeiros shows dos Outlaws em Tampa foram com The Allman Brothers, Marshall Tucker Band, Charlie Daniels Band e Lynyrd Skynyrd.
“Essas foram as quatro bandas com as quais mais tocamos e que realmente admiramos”, diz Paul.
Foi Ronnie Van Zant, do Skynyd, quem chamou a atenção dos Outlaws para sua eventual casa, a Arista Records, forçando um executivo a assistir a um anúncio de abertura do Skynyrd em Columbus, Geórgia, em 1974. Com o otimismo típico, Van Zant prendeu o chefe da gravadora Clive Davis e disse a ele: "Se você não assinar com os Outlaws, então você é a pessoa mais burra da música que já conheci - e eu sei que você não é."
“Ronnie era sincero e confiante e tinha sua própria sorte, então ele agia de uma posição de força”, argumenta Paul. “Para Clive, sua opinião significava muito mais do que simplesmente um cara da plateia. Esse endosso foi praticamente inestimável. Foi o nosso bilhete para fora dos bares e para os palcos maiores.”
Depois que os Outlaws se juntaram ao elenco da Arista, uma estreia autointitulada ocorreu em meados de 75. Produzido por Paul A Rothchild (que havia trabalhado com The Doors e Janis Joplin), sua fusão de bluegrass, country e hard rock foi um sucesso instantâneo, trazendo-lhes um disco de ouro e entrando no Top 20 da América na primeira tentativa.
Isso se deveu em grande parte ao sucesso do single There Goes Another Love Song, que foi escrito por Thomasson e o baterista Yoho. O épico final do álbum, Green Grass And High Tides, começou “como uma balada de quatro minutos”, lembra Paul, embora depois que a música cresceu e cresceu, ela se tornou talvez o número mais reconhecido dos Outlaws. Com quase 10 minutos de gravação, High Tides encerrou todos os seus shows futuros em uma forma de duelo de guitarras, dobrando de tamanho no álbum ao vivo de 1978, Bring It Back Alive.
“Aquela se tornou nossa grande rave de guitarra,” Paul diz com uma risada. “Isso nos permitiu incendiá-lo todas as noites.”
Apesar do título 'grama', a música não era uma ode às alegrias da maconha; um sóbrio (-ish) Hughie Thomasson o concebeu enquanto estava em um churrasco na praia depois de imaginar Jimi Hendrix, Janis Joplin, Duane Allman e Jim Morrison todos surgindo da sepultura para fazer um show pessoal para ele, e batizá-lo de High Tide And Green Grass, um dos melhores álbuns dos Rolling Stones.
Seu terceiro álbum, Rush Sundown de 1977, foi co-produzido por Bill Szymczyk, do famoso Eagles. Ele viu os Outlaws, agora com o novo baixista Harvey Dalton Arnold, adicionar um toque country mais enfático ao seu som, com Thomasson sobrepondo camadas de pedal steel em So Afraid.
Foi Ronnie Van Zant, do Skynyd, quem chamou a atenção dos Outlaws para sua eventual casa, a Arista Records, forçando um executivo a assistir a um anúncio de abertura do Skynyrd em Columbus, Geórgia, em 1974. Com o otimismo típico, Van Zant prendeu o chefe da gravadora Clive Davis e disse a ele: "Se você não assinar com os Outlaws, então você é a pessoa mais burra da música que já conheci - e eu sei que você não é."
“Ronnie era sincero e confiante e tinha sua própria sorte, então ele agia de uma posição de força”, argumenta Paul. “Para Clive, sua opinião significava muito mais do que simplesmente um cara da plateia. Esse endosso foi praticamente inestimável. Foi o nosso bilhete para fora dos bares e para os palcos maiores.”
Depois que os Outlaws se juntaram ao elenco da Arista, uma estreia autointitulada ocorreu em meados de 75. Produzido por Paul A Rothchild (que havia trabalhado com The Doors e Janis Joplin), sua fusão de bluegrass, country e hard rock foi um sucesso instantâneo, trazendo-lhes um disco de ouro e entrando no Top 20 da América na primeira tentativa.
Isso se deveu em grande parte ao sucesso do single There Goes Another Love Song, que foi escrito por Thomasson e o baterista Yoho. O épico final do álbum, Green Grass And High Tides, começou “como uma balada de quatro minutos”, lembra Paul, embora depois que a música cresceu e cresceu, ela se tornou talvez o número mais reconhecido dos Outlaws. Com quase 10 minutos de gravação, High Tides encerrou todos os seus shows futuros em uma forma de duelo de guitarras, dobrando de tamanho no álbum ao vivo de 1978, Bring It Back Alive.
“Aquela se tornou nossa grande rave de guitarra,” Paul diz com uma risada. “Isso nos permitiu incendiá-lo todas as noites.”
Apesar do título 'grama', a música não era uma ode às alegrias da maconha; um sóbrio (-ish) Hughie Thomasson o concebeu enquanto estava em um churrasco na praia depois de imaginar Jimi Hendrix, Janis Joplin, Duane Allman e Jim Morrison todos surgindo da sepultura para fazer um show pessoal para ele, e batizá-lo de High Tide And Green Grass, um dos melhores álbuns dos Rolling Stones.
Seu terceiro álbum, Rush Sundown de 1977, foi co-produzido por Bill Szymczyk, do famoso Eagles. Ele viu os Outlaws, agora com o novo baixista Harvey Dalton Arnold, adicionar um toque country mais enfático ao seu som, com Thomasson sobrepondo camadas de pedal steel em So Afraid.
The Outlaws se apresentando em Los Angeles, Califórnia, fevereiro de 1980 |
E, no entanto, apesar da qualidade de Heavenly Blues, Holiday, Cold And Lonesome e da música-título, o álbum nem chegou ao Top 50, parando do lado de fora. Então Henry Paul decidiu seguir Frank O'Keefe porta afora, com o objetivo de trilhar seu próprio caminho.
“Olhando para trás, a saída de Frank da banda e a separação dos Outlaws originais foi um grande problema para todos os envolvidos – talvez mais do que percebemos na época”, explica ele. “Foi um conjunto difícil de circunstâncias para todos.” [extraído de LOUDERR: Classic Rock ]
“Olhando para trás, a saída de Frank da banda e a separação dos Outlaws originais foi um grande problema para todos os envolvidos – talvez mais do que percebemos na época”, explica ele. “Foi um conjunto difícil de circunstâncias para todos.” [extraído de LOUDERR: Classic Rock ]
Este post consiste em FLACs extraídos do meu vinil recém-adquirido (um diamante bruto em um Salvo local) e inclui a capa completa do álbum para vinil e CD. Quase comprei o álbum de estreia deles no final dos anos 70, quando eles estavam à venda na Brash Suttons em Geelong por $ 1,99. As caixas de barganha de Brash Sutton estavam cheias de álbuns que nunca realmente deram certo na Austrália devido à falta de publicidade e tempo de antena nas estações de rádio locais. A previsão teria sido ótima na época, já que muitos desses álbuns agora são itens de colecionador (os primeiros 2 LPs de Dragon, Andy Nogger de Kraan, vários LPs de West, Bruce & Laing e EC Was Here de Eric Clapton, para citar apenas alguns).
De qualquer forma, estou ansioso para encontrar esta joia e ainda pago o mesmo.
Como bônus, também estou incluindo duas ótimas faixas de seu LP de estreia, "There Goes Another Love Song" e "Green Grass & High Tides". Este é um ótimo álbum de Southern Rock
01 "Gunsmoke" – 4:18
02 "Hearin' My Heart Talkin'" – 4:11
03 "So Afraid" – 3:17
04 "Holiday"– 4:02
05 "Hurry Sundown" – 4:05
06 "Cold and Lonesome"– 3:19
07 "Night Wines"– 4:50
08 "Heavenly Blues" – 3:47
09 "Man of the Hour" – 6:12
10 "There Goes Another Love Song" (Bonus Track) - 3:04
11 "Green Grass & High Tides" (Bonus Track) - 9:51
Pessoal:
Billy Jones - guitarra elétrica, vocais
Henry Paul - guitarra, vocal
Hughie Thomasson - guitarras acústicas, elétricas e pedal steel; banjo; vocais
Monte Yoho - bateria
La Banda Del Lago – Cuestion De Tiempo (1992, CD, Spain)
Banda sinfônica new age espanhola fundada em 1989. Eles lançaram apenas um álbum, "Cuestión de tiempo" (1992). Integrantes: Antonio Moreno Ortega - guitarras, Idelfonso Grajales Ruiz - teclados, percussão, e Rafael Pacha Molina - baixo, guitarras, flauta doce, flauta doce.
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Destaque
Pussy Riot: Wont Get Fooled Again 2015
Pussy Riot é um coletivo de punk rock de protesto feminista russo e grupo de arte performática sediado em Moscou. Fundado em agosto de 201...
-
As pessoas cantam canções de amor country desde que pioneiros do gênero, como Jimmie Rodgers e a família Carter, surgiram na década de 1...
-
Ninguém sabe exatamente o que os DJs fazem em seu console. Você os vê mover as mãos. Você os vê contorcendo seus rostos de maneiras estr...
-
Steve Hackett 'Genesis Revisited: Seconds Out And More' é o sétimo álbum ao vivo da saga Genesis Revisited , que começou em 201...