segunda-feira, 1 de abril de 2024

João ricardo – 1975 (Disco Rosa)

 João Ricardo, também conhecido como Disco Rosa, é o primeiro disco de João Ricardo depois do fim da formação clássica dos Secos & Molhados, depois ele continuou usando o nome da banda já que era dele tanto o nome quanto a maioria das composições e ideias da banda.

A sonoridade do disco lembra a do grupo, com a mistura de sonoridades portuguesas,folk, latinas e glam rock.

João Ricardo -1975 – João Ricardo (Philips / Phonogram)

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Faixas

  1. “Salve-se Quem Puder” (João Ricardo) – 1:40
  2. “Vira Safado” (João Ricardo) – 2:12
  3. “Janelas Verdes” (João Ricardo) – 2:32
  4. “Sorte Cigana” (João Ricardo) – 4:35
  5. “Se sabe, sabe” (João Ricardo) – 2:20
  6. “Balada para um Coiote” (João Ricardo) – 3:55
  7. “Rock & Role Comigo” (João Ricardo) – 2:45
  8. “Fofoquinha” (João Ricardo) – 1:45
  9. “Os metálicos senhores satânicos”(João Ricardo/João Apolinário) – 3:05
  10. “Doce Doçura” (João Ricardo/João Apolinário) – 0:30
  11. “Viva e Deixe Viver” (João Ricardo) – 3:05

Músicos

  • (João Ricardo): Violão de 6/12 cordas e Harmonica de boca
  • Roberto de Carvalho: Guitarra
  • J.A. Pestana: Flauta e Sax
  • Roberto de Barros: Bateria
  • Willie Verdaguer: Baixo
  • Emílio Carrera: Órgão, Piano, Sintetizador e Sanfona

Ficha Técnica

  • Direção Musical: (João Ricardo)
  • Mixagem: Humberto Gatica no Kendun Records (Los Angeles)

Abaixo uma resenha do meu amigo e jornalista Fabiano Oliveira. ” João Ricardo – João Ricardo (“Disco Rosa”) Philips – 1975 Por coincidência ou não, o primeiro disco do João Ricardo saiu no mesmo ano que dos seus antigos companheiros, só que com uma diferença básica: no seu lançamento, houve muito mais cartaz e mídia. Não era pra menos, afinal, João tinha sido contratado a peso de ouro pela Philips e vinha com o status de ser o mentor e líder do fenômeno Secos e Molhados. Com toda essa pressão, o álbum não atingiu seu principal objetivo. Não foi exatamente um fracasso, pois trata-se de um trabalho muito vibrante e constante, mas as vendas foram baixíssimas, com pouca repercussão e a idéia de Andre Midani e Roberto Menescal, de transformar João Ricardo na estrela maior da gravadora, caiu por terra. No entanto, não há como se lamentar, muito pelo contrário. Musicalmente, o “Disco Rosa” (como ficou conhecido) é um ótimo álbum, com várias tendências, influências e ainda com a produção segura e eficiente do gênio Marco Mazola e do próprio João Ricardo. A banda de apoio também dispensa comentários, com Roberto de Carvalho na guitarra, Willie Verdaguer no baixo, Roberto de Barros na bateria, Emilio Carrera no piano/órgão e J.A Pestana no sax/ flauta. Expressando suas origens portuguesas, João mostra logo de cara a bem sucedida mistura entre o Fado, o Folk e o Rock, nas canções “Salve-se Quem Puder” e “Vira Safado”. A última foi idealizada para ser o “hit” do disco, mas acabou tocando de uma forma bem modesta, mesmo após a regravação do novo Secos e Molhados, em 1980. Encontramos também uma boa dose de Rock Progressivo em “Sorte Cigana” e “Viva e Deixe Viver”, alto grau de psicodelismo em “Balada Para um Coiote”, música latina, na suingada “Os Metálicos Senhores Satânicos”, o show de contrabaixo e flauta em “Janelas Verdes” e puramente Rock n Roll nas “Rock e Role Comigo” e “Se Sabe, Sabe”. Apenas como registro, todas as canções foram compostas por João Ricardo, com a mesma maestria de sempre. Obviamente, o “Disco Rosa” não é do mesmo nível dos trabalhos do Secos e Molhados (e nem poderia ser), mas não chega a decepcionar. É divertido, bem produzido e acima de tudo, apresenta ótimas músicas, que prendem o ouvinte já na primeira audição. Sem pressões e sem comparações, deve ser reconhecido como um álbum importante da música brasileira, lançado no ano mágico de 1975. Para finalizar, João Ricardo mostra aqui toda a sua autenticidade, a começar pela capa. Muitos não entenderam a arte da capa na época, mas analisando friamente, ela transmite a ideia de liberdade que João Ricardo sentia na época e de certa forma, mantém o brilho de sua personalidade, que foi tão bem aceita na época dos Secos e Molhados.” “Disco Rosa”… mais um dos grandes momentos do Rock Nacional.

MUSICA&SOM


Goemon – 1985

 

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01 – cachaça, rock banchá
02 – eu sentí o cão
03 – paola
04 – adeus vitrines
05 – de porrada em porrada
06 – o problema é o lixo, né?
07 – belzebu, satã tinhoso
08 – bom guru
09 – a boneca do meu sonho
10 – sacana’s blues

“Japão, Sec. XVILegendário marginal japonês, figura altamente subversiva, roubava dos ricos e distribuia aos pobres. Preso, foi condenado a ser fervido até a morte, em praça pública, juntamente com seu filho ainda impúbere. Para aliviar seu filho da morte lenta e dolorosa, ergueu-o nos braços e sustentou-o acima de sua cabeça. Goemon, suportou o calor do óleo que ia fervendo. Esperou até o limite, para só então, mergulhar o filho, pisoteando-o violentamente, dando-lhe a morte instantianea. as autoridades da época, para calar a revolta popular, divulgaram que Goemon ante o insuportável medo da morte, usou seu filho como escada, na desesperada e covarde tentativa de proteger sua própria vida.

Goemon Brasil: …Meu rock, é a poética da realidade feia e agressiva… É pra dançar, ao som da crise, que faz a relação humana entrar em decomposição…

Um marginal, ele próprio, produto híbrido de uma cultura milenar, com esta miscelânea euro-africana digerida com muita coca-cola. Um artista visceral, canta e assina as dez faixas de um LP dilacerante.
Uma obra prima de reflexão do universo marginal, embalada por um som moderno, aliciante que desconcerta em sua contundência.

Cercado de músicos monstruosamente competentes, abre um leque de ritmos – funk, blues, new-wave, soul – numa fusão genial. Algo novo! Pulsante e inteligente, que soa rock o tempo todo…

Violento e viril.

Claustrofóbico, polémico – Goemon sugere insidioso em suas obras, um beco – sem? Com saída…Somente, através de uma revolução anárquica.

em BELZEBÚ SATÃ TINHOSO, canta a analogia entre o cristianismo e a ditadura. A fugacidade e a inútil vaidade de falsos ídolos, em BOM GURU.

A lute de classes na sociedade de consumo, no moólogo provocante de um assaltante estuprador eventual, em frente à um delegado, em EU SENTÍ O CÃO
A intolerância e o preconceito em PAOLA, um travestí romântico.
A incapacidade de comunicação homem-mulher, no drama de um cara que prefere amar uma boneca inflável, abordada com grande sutileza, em A BONECA DE MEU SONHO
Parafraseando um ex-ministro da educação, faz um retrato drameatico desta juventude-clone, criada pelo sistema, situando como vítima Mark Chapman, o algoz de John Lennon, num trocadilho no mínimo original, na lacinante O PROBLEMA É O LIXO, NÉ?

A força e a arrogância do verdadeiro marginal, um bêbado que manda o mundo às favas, na sublime ADEUS VITRINE.

E assim vai. Num desfilar de obras chapantes, emolduradas em inspiradas melodias, algumas de rara beleza.
Sua poesia de linguajar raivoso e explícito aliado a um humor cáustico e cortante, resulta em uma poética sutil e brilhante em sua criatividade.
Fere dogmas e valores falidos do sistema, sem usar o artifício de gracinhas pseudo-intelectuais, utilizando de extrema habilidade, os próprios cânones ditatoriais e fascistas que regem nossa sociedade.
Dono de uma voz possante, domina um tipo de emissão incomum, que vem do baixo ventre, ora grave rascante, ora aguda ou gutural – Goemon destila seu inconformismo out sider, criando climas arrepiantes: de ódio, medo, ironia e paixão.

Jamais o português soou assim no rock! Sonoro e fluente.
que grande ironia…Goemon é um quase-sansei, filho de japonês com uma nissei. neto de uma nobre com um plebeu – por parte de pai e de um aristocrata falido e sonhador com uma grande batalhadora – por parte de mãe.

espero …o rock nacional jamais será o mesmo, após GOEMON

Seu disco foi lançado pela extinta gravadora MPA da rua augusta de são paulo. foi gravado no estúdio VICE-VERSA fundado pelo grande maestro Rogério Duprat.

Tem Arranjos e Teclados por Glauco Sajebin;

Baixo por André Gomez;

Guitarra por André Fonseca (do genial grupo PATIFE BAND);

Bateria por Paulo Farat

A foto da capa é de Oscar Bastos, mas a concepção é do próprio Goemon.

MUSICA&SOM

Bônus:

Levemente Perverso Demo – 1993

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Não apenas por motivo de “Completismo” (quem é realmente fanático por colecionar música sabe do que eu estou falando), aquí está mais uma pérola perdida do lixão do ódio e da malemolência nipo/new wave RPM do inferno brazuca internacional.
Destilando meu delicioso despreso pela humanidade, Rui Mifune, por nós e pela velha rua augusta conhecido por Goemon, mostra que ainda tinha muito mais à dizer com mais apenas quatro músicas registradas apenas em cassete.
Essa coisinha engraçadinha que as pessoas costumavam chamar de “fita demo”.

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01 – meu porno-filme
02 – junkies – vida bagaço
03 – superstar
04 – harumy tchans

Ficha Tecnica:
Vocal: Goemon
Guitarra Líder: Renato Luiz Consorte
Baixo: Alex Theodoro Mifune
Guitarra Base: Max Theodoro Mifune
Bateria: Paulo Mello
Backing Vocal: Alex Theodoro Mifune
Felix Theodoro Mifune e Goemon

Arranjo – Renato Luiz Consorte e Goemon
Tecnico de Gravação – Ezequias Aureliano
Gravado no Estúdio Guidon – 24 canais

MUSICA&SOM

Um rock anti-convencional e muito doido e bizarro e também muito criativo, letras que falam sobre o lixo, drogas, cachaça, travestis, bonecas infláveis e tudo relativo ao submundo de uma megalópole como São Paulo.

Goemon -De porrada em porrada


Gerson Combo E A Turma Do Soul – 1970

 Álbum: Brazilian Soul

Ano: 1970
Selo/Gravadora: Polydor
Nº de catálogo: LPNG 44.057

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Considerado um dos precursores da Soul music brasileira, Gerson nasceu no Rio de Janeiro, sendo hoje  uma figura legendária entre musicólogos no Brasil e no exterior. A carreira de Gerson também passou pelo funk (o americano) que surgiu nos anos 70, e que nada tem a ver com o atual funk brasileiro popularizado nos morros.

Gerson começou a cantar soul em 1970, numa das mais completas e requisitadas bandas cariocas: o FÓRMULA 7, numa das mais completas bandas de soul music,  que além de Gerson, contava com nomes como o tecladista Hugo Bellard, o trumpetista Márcio Montarroyos, o baixista Luís Maia  e o guitarrista Hélio  Delmiro.  Também cantou nas bandas de Wilson Simonal e de Erlon Chaves. . Mas foi em carreira solo, rebatizado de Gerson King Combo (em homenagem à banda de soul e jazz King Curtis Combo), e se torna o rei dos bailes Black cariocas, sendo venerado como o James Brown brasileiro.

 Nesse disco de 1970, “Gerson e a Turma do  Soul”, apresentam versões para grandes clássicos brasileiros como Asa Branca de Luiz Gonzaga, numa roupagem toda especial, voltada para a Black music. Simplesmente sensacional esse trabalho e vale ser ouvido. Aproveitam e boa diversão

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RELAÇÃO DAS MÚSICAS 

1.Mulher Rendeira/ Juliana/ Fiz A Cama Na Varanda – (Hervé Cordovil)(Antônio Adolfo; Tibério Gaspar); (Dilú Mello; Ovídio Chaves) – Gerson King Combo; Os Diagonais

2.Aos Pés Da Santa Cruz  (Marino Pinto; Zé da Zilda) – Gerson King Combo; A Turma do Soul

3.Quero Voltar Pra Bahia (Paulo Diniz; Odibar)  – Gerson King Combo; A Turma do Soul

4.Eu Sonhei Que Tu Estavas Tao Linda (Lamartine Babo; Francisco Matoso) -A Turma do Soul

5.Na Baixa Do Sapateiro (Ary Barroso)  – Gerson King Combo; A Turma do Soul

6.Demais/ Ninguém Me Ama/ Ternura Antiga  (Tom Jobim; Aloysio de Oliveira)(Fernando Lobo; Antônio Maria)(Ribamar; Dolores Duran) -Amaro e  Os Diagonais

7.Xote Das Meninas (Zé Dantas; Luis Gonzaga) -Gerson King Combo; A Turma do Soul

8.Is That Law (Marcos Valle; Paulo Sergio Valle) -Gerson King Combo; A Turma do Soul

9.Prece ao Vento / Nunca Mais ((Gilvan Chaves; Alcyr Pires Vermelho; Fernando Luis)(Dorival Caymmi) -A Turma do Soul

10.Mal Me Quer /Jardineira ((Cristóvão de Alencar; Newton Teixeira)(Benedito Lacerda; Humberto Porto) -Gerson King Combo; A Turma do Soul

11.Teu Cabelo Não Nega /As Pastorinhas (Lamartine Babo; Irmãos Valença)(Noel Rosa; João de Barro) – A Turma do Soul

12.Primavera – (Cassiano; Silvio Rochael) -Amaro e  Os Diagonais

“Mais uma “pérola escondida” da música brasileira.
Quando esse disco foi lançado, o excêntrico e genial Gerson King Combo estava iniciando sua carreira e ainda buscava uma identidade. Naquele momento, seu cartão de visita era o fato de ser irmão do “Negro Gato”, o compositor Getúlio Côrtes e claro, por ter sido vocal de apoio de Wilson Simonal, Erlon Chaves e feito parte do grupo Fórmula 7. 
A idéia era aproveitar ao máximo o momento favorável da cena Black Music (e do Soul) aqui no país e também a certa popularidade de Gerson nos bailes blacks carioca. Para tal façanha, Gerson (e a gravadora) convocou os ótimos músicos da Turma do Soul para acompanhá-lo, além de Amaro e Os Diagonais que também participaram das gravações.
Em alguns anos, Gerson King Combo seria reconhecido com o “James Brown Brasileiro”, inclusive, com a admiração do próprio. Teve vários sucessos autorais que tocaram por muitos bailes do país em meados dos anos 70, como “Jingle Black” e “O Rei Morreu”, mas em Brazilian Soul, a fórmula escolhida (com muita esperteza) foi a de fazer versões, numa roupagem bem especial, de clássicos da música brasileira.
No primeiro instante, alguns podem ser assustar com o repertório do disco, com “O Teu Cabelo Não Nega” (Lamartine Barbo), “Mal-me-Quer” (Cristóvão de Alencar) e “Mulher Rendeira” (Zé do Norte). Ocorre que as versões são tão boas que essa resistência vai embora bem rápido, e o ouvinte, sem perceber, acaba curtindo o suingue dessas canções tão especiais.
As melhores releituras são “Quero Voltar Pra Bahia” (Paulo Diniz), “O Xote das Meninas” (Luiz Gonzaga) e “Is That Law” (Marcos Valle), mas vale citar também “Na Baixa do Sapateiro” (Ary Barroso), “Aos Pés da Santa Cruz” (Marino Pinto) e “Primavera” (Cassiano e Silvio Rochael, interpretada originalmente por Tim Maia).
Com o tempo, essa obra se tornou um dos grandes tesouros entre os apreciadores da boa música, inclusive no exterior. O LP é algo raríssimo, muito difícil de encontrar, assim como os demais álbuns do Gerson King Combo. Claro, quem tem o disco não se desfaz justamente por ser algo único e belo, muito rico em harmonia.
Vale a pena conferir esse trabalho, será no mínimo satisfatório. 
Viva Gerson King Combo, o artista que sempre acreditou no poder do Soul e da Black Music e pôde mostrar ao mundo sua música.”

Resenha (muito boa por sinal ) por: Fabiano Oliveira – um grande amigo da internet que escreve muito bem.

Gerson certa vez me disse que o lendário Luizão Maia tocou nesse disco dele e no primeiro com o nome Gerson King Combo de 1976 mais funk “puro”.

 MUSICA&SOM

Na Baixa do Sapateiro:

PEROLAS DO ROCK N´ROLL - PROG FOLK - MARC LEBEL - Un de Plus - 1971



Pérola obscura vinda de Quebec, no Canadá. O músico local Marc Lebel lançou este único e raro álbum em 1971 na companhia de amigos como Gilles Bergeron e René Dupéré, os três que viriam a formar a banda Agape no ano seguinte, realizando outro LP no mesmo ano.
Un de Plus ("Um a mais") é composto por 10 curtas faixas que mesclam folk, rock psicodélico e progressivo de forma equilibrada, lembrando em partes o próprio Agape. Assim como o desenho de capa, o som é bastante rudimentar, sempre com presença dos violões, mas também interessantes participações de bandolim, gaita, guitarra fuzz (como em "Les Éléphants" e "Viet-Nam"), piano e até trompete. As letras são todas em franceses e transmitem sensações que passam entre melancólica e humor.
Um disco que vai "crescendo" a cada audição e se torna um belo exemplo de prog/psych folk de Quebec.

Marc Lebel - Un de Plus - 1971 

Marc Lebel (violão, vocal)
Gilles Bergeron (baixo, guitarra)
Pierre Baule (violão, guitarra)
Jacques Boivin (trompete, bandolim)
Weille Viens (vocal, harmônica)
René Dupéré (piano, bandolim)

01 Ambition
02 Les Éléphants
03 Les Américains
04 New-York
05 Viet-Nam
06 La Pluie
07 Robidoux
08 Les Balounes
09 Les Amours D'Asphalte
10 Je Vous Salue Marie




PEROLAS DO ROCK N´ROLL - PSYCHEDELIC/ FOLK ROCK - LA NOUVELLE FRONTIÈRE - Same - 1970



Pérola formada no final dos anos 60 em Montreal, Quebec, no Canadá, pelos irmãos Richard e Marie-Claire Séguin. O La Nouvelle Frontière teve uma carreira muito breve, lançando dois álbuns em 1970 e se desfazendo logo no ano seguinte. Após o fim, os irmãos seguiram como dupla solo em "Les Séguin" e o tecladista Normand Théroux formou a banda Le Match.
Posto aqui seu primeiro álbum, dividido em 10 faixas e totalizando cerca de meia hora. O grupo traz fortes influências dos anos 60, desde o visual hippie até a sonoridade, que mescla a música folk e psicodélica da época, em algumas passagens experimentais e classificado até como proto-prog. O instrumental é consistente, sendo dividido em momentos mais pesados, onde ouvimos guitarra distorcida e órgão e outros acústicos, com violão e percussão. Os vocais em francês das bandas de Quebec geralmente agradam bastante e aqui não há exceção, sendo masculinos e femininos.
Uma bela obra para fãs de acid-folk e também prog-Quebec, recomendado!

La Nouvelle Frontière - 1970

Richard Séguin (violão, vocal)
Marie-Claire Séguin (vocal)
André Brault (baixo, guitarra, vocal)

Denis Chenier (bateria)

Robert Letendre (guitarra, vocal)
Normand Théroux (teclado, vocal)

01 Pacification 4:44
02 Pour Un Temps De Marée 2:37
03 Le Héros 3:02
04 Sans Légende 1:56
05 So Long Marianne 3:15
06 Frontière 2:37
07 Le Chemin Du Roi 2:27
08 Que J'aime De T'aimer 2:47
09 Alleluia, Alleluia 3:29
10 Funky Monkey 2:31



Yes: a beleza de "Turn Of The Century"

 


Gostaria de focar na beleza absoluta de uma música, dentro de um álbum perfeito, “ Going For the One ”, YES , 1977.

Quem ama o “mundo YES” e conhece sua produção sabe que é difícil extrapolar a pérola entre as pérolas, um prado de músicas e letras emocionantes, e fazer um ranking se torna difícil, mesmo referindo-se apenas a “Indo...” . Vamos ler os títulos:

1) Going For the One
2) Turn of the Century
3) Parallels
4) Wonderous Stories
5) Awaken


Mas mais do que uma classificação de mérito, o que é objectivamente impossível, quero sublinhar o valor de “ Turn of the Century ”, a canção que procuro comentar.
A escolha está ligada sobretudo ao facto de sempre ter dado maior peso à música do que à ópera, ainda que recentemente tenha desenvolvido um conceito - que explicarei noutra ocasião - que me levou à plena satisfação no caso de equilíbrio entre os dois fatores.

“ Turn of the Century ” é, do meu ponto de vista, um exemplo de perfeição, de equilíbrio entre atmosferas sonoras e história, um processo que talvez tivesse menos impacto se a voz de Jon Anderson não existisse.

Vamos tentar…

“Turn of the Century” foi escrita pelo místico Jon Anderson, mas é a única música do álbum que traz Alan White nos créditos. Isso não significa que sua bateria afetará a faixa, que é uma daquelas que se aproxima muito da forma da música, mas seus delicados “toques” contribuirão para aumentar a tensão positiva que permeia a peça.
A guitarra de Steve Howe é decisiva, assim como as atmosferas criadas pelos teclados de Rick Wakeman. A voz de Anderson é o instrumento extra, mas não precisa ser descrita.
Mas gostaria de me concentrar no conteúdo, muitas vezes desconhecido, e à luz da explicação, tenho certeza, a passagem que me proponho seguir será assimilada com uma perspectiva diferente.

Procuro resumir o significado, após selecionar as melhores traduções encontradas online, algumas feitas literalmente, sem levar em conta a real vontade do autor.
Muitas vezes é difícil decodificar um texto italiano, que é deliberadamente enigmático, e se o exercício de habilidade for proposto em outro idioma as coisas ficam complicadas.

Jon Anderson quer sublinhar o poder imaculado do amor, contando-nos a triste história de Roan, que viu a sua esposa ser levada por uma doença incurável, numa noite profunda de um inverno muito frio. Expirada como a luz parada do pôr do sol, a mulher saiu mostrando a alma indefesa, diante do olhar indefeso do marido. Mas nesses momentos trágicos os dois descobrem um segredo: o inverno faz com que tudo morra, tudo menos a pedra. 
Passadas as lágrimas, o pobre Roan começa a moldar uma pedra, dando-lhe a aparência de sua amada esposa, que o inverno levou embora para todas as estações futuras. Ele a imagina ganhando vida aos poucos e começando a dançar e cantar, convidando-a a ficar parada e imóvel para que ele possa terminar o trabalho. Se ao menos ela pudesse vê-lo tentar trazê-la de volta à vida moldando uma pedra fria! 
Roan passa dias inteiros esculpindo pedras, revivendo os momentos mágicos que passou com sua esposa. Terminada a escultura, Roan espera pacientemente a mudança do tempo e o próximo inverno, esperando que desta vez o leve embora e o reúna com a sua amada, para reviver os esplêndidos momentos que passaram juntos na vida terrena.

Meu resumo: as magníficas atmosferas desenhadas pelo YES são acentuadas pelas letras profundas criadas por Jon Anderson, criando uma das músicas mais comoventes e atmosféricas de toda a discografia do Yes.


Banda:

Jon Anderson: vocais, percussão
Chris Squire: baixo, backing vocals
Steve Howe: guitarras elétricas e acústicas, vachalia, segundas vozes
Rick Wakeman: piano, órgão, moog, sintetizadores
Alan White: bateria, percussão


Carl Palmer lançará box “Fanfare For The Common Man” em abril

 

O novo CD triplo e single Blu-ray Fanfare For The Common Man também contém a autobiografia de Palmer

 

O baterista do Emerson, Lake & Palmer, Carl Palmer , lançará um box set de três CDs e Blu-ray, Fanfare For The Common Man , em 5 de abril .

O novo conjunto apresenta o trabalho de Palmer como um terço do grupo pioneiro de rock progressivo, mas também remonta a incluir seu tempo na banda de freakbeat The Craig e apresenta músicas da era de Palmer com Chris Farlowe e o Atomic Rooster. O conjunto também inclui bandas pós-ELP, como PM, Asia e 3, bem como seu trabalho com Mike Oldfield e The Buddy Rich Orchestra, e tanto a Carl Palmer Band quanto o ELP Legacy de Carl Palmer.

Fanfare For The Common Man também contém um disco Blu-Rray apresentando The Rhythm of Life , um documentário audiovisual, narrado pelo próprio Palmer com imagens ao vivo e exclusivas dos bastidores do LP, Asia, Crazy World Of Arthur Brown, Carl Palmer Band e ELP Legacy, e participações especiais de Frank Sinatra, Carmine Appice, Buddy Rich, Tony Iommi, Alice Cooper e muito mais. Também está incluída a autobiografia de 200 páginas de Palmer, ilustrada com fotos de seu arquivo pessoal.

À medida que Carl Palmer se aproxima do seu 74º aniversário, ele não mostra sinais de desaceleração. Atualmente ele está em turnê pelos EUA, com o aclamado show Return Of Emerson Lake & Palmer, que combina imagens raras de Keith Emerson e Greg Lake dos shows do ELP em 1992 no Royal Albert Hall com Palmer e sua banda Legacy ao vivo no palco que todos eles jogar juntos.

Abaixo está o pacote Fanfare For The Common Man e a tracklist completa.

Carl Palmer: Fanfare For The Common Man tracklist 

CD1Emerson, Lake & Palmer, Carl Palmer & Joseph Horovitz

1.Carl Palmer & Joseph Horovitz - Concerto For Percussion (Part Rock)                           

2. Emerson, Lake & Palmer - The Enemy God Dances With The Black Spirits

3. Emerson, Lake & Palmer - Bullfrog

4. Emerson, Lake & Palmer - Toccata

5. Emerson, Lake & Palmer - Close But Not Touching

6. Emerson, Lake & Palmer - LA Nights

7. Emerson, Lake & Palmer - Canario

8. Emerson, Lake & Palmer - Tank

9. Emerson, Lake & Palmer - Karn Evil 9 1st Impression, Part 2

10. Emerson, Lake & Palmer - Two Part Invention In D Minor

11. Emerson, Lake & Palmer - Fanfare For The Common Man 

CD2Carl Palmer various other band recordings

1. The Craig - I Must Be Mad

2. The Craig - Suspense

3. Chris Farlowe - Everyone Makes A Mistake

4. Atomic Rooster - Friday The 13th

5. Atomic Rooster - Decline And Fall

6. Carl Palmer's PM - You've Got Me Rockin'

7. Mike Oldfield - Mount Teidi

8. Mike Oldfield - Ready Mix

9. Asia - Heat Of The Moment

10. Asia - Wildest Dreams

11. Asia - Time Again

12 Asia - Tomorrow The World

13. 3- Desde La Vida (I. La Vista, II. Frontera, III. Sangre De Toro)

14. 3 - Eight Miles High

15. Carl Palmer and the Buddy Rich Orchestra – Shawnee (Live) 

CD3: Carl Palmer Band ‘Working Live’ & Carl Palmer’s ELP Legacy ‘Live’

1. Carl Palmer Band - Carl Palmer Band - Bullfrog

2. Carl Palmer Band - Canario

3. Carl Palmer Band - Carmina Burana

4. Carl Palmer Band - Trilogy

5. Carl Palmer Band - Hoedown

6. Carl Palmer Band - Carl Palmer Band - Romeo And Juliet

7. Carl Palmer Band - In A Moroccan Market

8. Carl Palmer’s ELP Legacy - Toccata and Fugue in D minor

9. Carl Palmer’s ELP Legacy - Jerusalem

10 . Carl Palmer’s ELP Legacy - Fanfare For The Common Man / Drum Solo

Disc 4: Blu-Ray Video The Rhythm of Life



Destaque

Burt Bacharach & Elvis Costello - "Painted From Memory" (1998)

  “Burt é um gênio. Ele é um compositor de verdade, no sentido tradicional da palavra; em sua música você pode ouvir a linguagem musical, a ...