Resenha The Awakening Álbum de Kamelot 2023

 

Resenha

The Awakening

Álbum de Kamelot

2023

CD/LP

Kamelot é parte do inferno, junto a Edguy, Sonata Arctica, Powerwolf e DrangonForce. 
Esses combos sinfônicos, teatrais e desesperados por grandiloquência, continuam a empestear o cenário. 
Não é o pior disco do Kamelot, apenas a nave no automático com um cantor de voz melodramática, chato demais. 
De certo os resquícios folk com guitarras pesadas estão bem na sua frente. Ao meu ver as canções lentas desintoxicam, quando aceleram são como torta de limão, enjoam rápido. 

Por mais que os detalhes sejam maravilhosos, o centro continua no modo mais insuportável possível. Isso é como rezar o terço, repetições e no fundo a vontade que acabe logo vem a passos largos. 
Na real, apostar no opera vs cinematográfico é crível quando feito em espaços longos, somente isso. Não importa se The Awakening foi gravado em cinco estúdios diferentes, poderia ser em quinze. 
E não é primordial fazer varredura em seus registros para ter o veredito: tanto faz pegar um álbum feito há dez anos ou aprofundar nesse. 
Os músicos são ótimos, haja visto que para a conclusão da batida palavra épica, são necessários conhecimentos musicais além do esperado, vide o ótimo solo cruzado The Looking Glass.
Você tem um caminhão de melancias e pode escolher qualquer uma, como a discografia de Kamelot. 
Estão fadados a não sair do circulo, presos a um estilo que não surpreende e deve ter os dias contados se não for urgentemente repensado.