terça-feira, 21 de março de 2023

Review: Raven – Party Killers 2015

 


Quando se fala da família Gallagher na música, os fãs de rock clássico lembram do grande bluesman irlandês Rory. Já os mais jovens provavelmente pensarão que trata-se de alguma referência a Liam e Noel, os irmãos ingleses por trás do Oasis. E quem curte metal tradicional vai direto em John e Mark, brothers ingleses que formaram o trio Raven na cidade de Newcastle em 1974 – o baterista Joe Hasselvander completa o line-up.

Um dos nomes mais icônicos do metal inglês, o Raven possui uma carreira pra lá de longa e que conta com doze álbuns de estúdio, dois ao vivo, duas compilações e mais um monte de material. Um dos mais legais é o álbum de covers Party Killers, lançado originalmente em 2015 e que chegou ao Brasil em 2021 em uma edição slipcase via Hellion Records. O disco traz onze releituras para canções de artistas e bandas predominantemente britânicas (as únicas exceções são Cheap Trick e a Edgar Winter Band). O clima é festivo e o tracklist funciona como uma ótima jukebox com poder para levantar qualquer festa e mudar o astral do ouvinte.

Produzido pela própria banda, Party Killers é um tributo à história e às influências do Raven e um presente para os fãs. As performances são incendiárias e carregadas de paixão, como um bom disco de covers deve ser. As escolhas do tracklist passam por clássicos incontestáveis como “Fireball” do Deep Purple e “Bad Reputation” do Thin Lizzy, encontram pérolas fundamentais dos primórdios do som pesado como “In for the Kill” do Budgie e “Too Bad So Sad” do Nazareth e apresentam aos desavisados jóias sonoras de alto quilate como “Ogre Battle” do Queen, “Take Me Bak Ome” do Slade e a incrível “Hang On to Yourself” de David Bowie. A lista de faixas conta ainda com canções do Status Quo e do Sweet.

Como comentado, a edição brasileira lançada pela Hellion vem com em slipcase, o que dá um charme extra para o CD, enquanto o encarte é super simples e traz quatro páginas com os créditos das canções e comentários da banda sobre cada uma das faixas presentes no disco – vale mencionar que é o mesmo da edição original europeia.

Um ótimo disco para quem é fã do Raven e um achado arqueológico pra quem gosta de rock direto e ao ponto.


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