A cruz que te dei
Alexandre Fontes / Jorge Fontes
Repertório de Artur Batalha
Há quanto tempo não sei / Uma cruz te ofereci
Não é de oiro de lei / Mas amor eu nela vi
Ainda eras menina / Loiras tranças, pouca idade
Mas essa cruz pequenina / Foi para ti felicidade
Essa cruz
No teu peito pendurada
É a imagem de Jesus
É a imagem de Jesus
Que tu trazes bem guardada
Essa cruz
De madeira, pobrezinha
Essa cruz
De madeira, pobrezinha
Só a dor nela traduz
Porque é minha, muito minha
Hoje és mulher, bem o sei / Tens na vida a ilusão
E aquela cruz que eu te dei / Está junto ao teu coração
Deus queira que tu a guardes / P’la vida fora, querida
Pois sou eu, tu bem o sabes / O amor da tua vida
A deusa da minha rua
João Faraj / Newton Teixeira
Repertório de António Zambujo
A deusa da minha rua
Tem os olhos onde a lua
Costuma-se embriagar
Nos seus olhos eu suponho
Que o sol, num dourado sonho
Vai claridade buscar
Minha rua não tem graça
Mas quando por ela passa / Seu vulto que me seduz
Ah... ruazinha modesta
È uma paisagem de festa / È uma cascata de luz
Na rua uma poça d’água
Espelho da minha mágoa / Transporta o céu para o chão
Tal qual o chão da minha vida
Minha alma comovida / E o meu pobre coração
Espelho da minha mágoa
Meus olhos são poças d’água / Sonhando com seu olhar
Ela è tão rica e eu tão pobre
Eu sou plebeu e ela è nobre / Não vale a pena sonhar
À distância
Carlos Leitão / Jorge Fernando
Repertório de Carlos Leitão
Na distância que me deixa sem te ver
Há a saudade a sufocar-me sem gritar
O sangue quer correr mas já não corre
O dia quer morrer mas já não morre
Porque ao cantar seremos sempre a sede eterna
Do meu corpo por te amar
Não sei ser apenas eu
Escreverei as cartas vãs em alma nua
A chuva certa e o teu nome pela rua
E como não sei ser apenas eu
Deixa-me a distância, meu amor
Pois só assim te sei mentir como estou bem
Chorar-te o meu sorriso, chamar-te amor
Como não sei chamar a ninguém
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