A criação do sucessor de Rio assistiu ao mesmo tempo à procura de um caminho mais elaborado e desafiante para a música mas atravessou também meses a fio de gastos excessivos (que eram um eco do sucesso global entretanto alcançado pelo grupo). O impacte do single one-off lançado na primavera de 1983 – Is There Something I Should Know? – e o sucesso que uma nova edição do álbum de estreia estava a cimentar nos Estados Unidos lançavam as bases de confiança para os novos desafios. Primeiro no sul de França, depois nas Caraíbas, com uma reta final na Austrália (onde uma digressão mundial arranca perto do fim do ano), o álbum ganha forma em infindáveis sessões com o perfecionista Alex Sadkin e Ian Little a assumir a produção.
Steve Sutherland, jornalista do Melody Maker, visita-os a meio do processo de gravação e desde logo reconhece o potencial de The Reflex, assim como o de Seven and The Ragged Tiger, uma balada que acabaria por dar título ao álbum mas que não conheceria depois lugar no seu alinhamento. Nesse artigo avança que o single de avanço deverá ser Union of The Snake, uma canção pop animada por um forte fulgor funk e desenhada por uma cenografia elaborada. Assim seria. E conta-se que o trabalho de mistura final foi coisa vivida a contra-relógio já com a data de prensagem do single na linha do horizonte. Mais apertado foi ainda o prazo (de apenas 24 horas) para criar, gravar e misturar o lado B. A verdade é que em Secret Oktober nasceu uma das melhores canções desta etapa da vida dos Duran Duran.
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