Era uma vez uma banda… diferente. Diferente porque no lugar do quadro “tradicional” da instrumentação em clima pop (guitarras, baixos, baterias, eventualmente os teclados) os Frazier Chorus apresentavam na linha da frente das atenções uma flauta, um clarinete e percussões… Foi pelo menos assim que a história começou, com um single de estreia lançado pela 4AD ainda em finais dos anos 80, chegando a estreia em álbum já no catálogo da Virgin Records, em 1989, com Sue. A alvorada dos anos 90 expôs a música dos Frazier Chorus a um contexto pop visivelmente entusiasmado pelas boas novas que chegavam dos mundos da música de dança e pelas ferramentas que entretanto entravam ao serviço da criação pop.
E assim, contando com a presença do produtot Ian Broudie (figura central dos Lightning Seeds) o segundo álbum dos Frazier Chorus mostrou-nos, em 1991, uma banda reinventada em clima eletrónico, na verdade não muito distante do que então se escutava nuns Beloved, embora sem a mesma carga dançável que marcavam mais insistentemente os ritmos no seu álbum Happiness.
Os primeiros sinais da mudança que se escutariam em Ray chegam, contudo, ainda em 1990 através de singles, um deles este Cloud 8, que sugeria já rumos de reorientação para a música dos Frazier Chorus. A voz suave de Tim Freeman, as arestas polidas e uma produção acolchoada faziam desta canção um perfeito cartão de visita para um álbum que fará 20 anos no próximo dia 4.
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