quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Alquin - The Mountain Queen

 




Mountain Queen foi um grande passo à frente para Alquin. As duas faixas principais têm entre 13 e 15 minutos de duração e são muito coesas. Embora ainda sejam meio simples em comparação com muitos dos melhores progs da época, o grupo os executa com maestria, e há algumas seções instrumentais covardes e cativantes nesta, tocadas com muito mais fogo e convicção do que no primeiro álbum. As seções vocais também mostram muitas melhorias.

Muita coisa acontecendo neste álbum. Genesis misturado com jazz rock misturado com horn rock e talvez blues rock no estilo antigo do Jethro Tull. Uma combinação única e agradável, mas ainda estou um pouco surpreso por ser ousada. Ainda é um time talentoso da Holanda.

O ecletismo sempre esteve presente no Alquin e este álbum ( The Mountain Queen ) acabou sendo uma surpresa muito agradável. Ouvi-lo do começo ao fim foi realmente uma experiência muito agradável, pois me deparei com uma manifestação sonora muito expressiva, cheia de progressões e entonações de Jazz que evocavam memórias das posturas mais doces da cena de Canterbury. Não há dúvidas de que Holland deixou um bom rastro de bandas relacionadas a abordagens progressivas.

The Mountain Queen é uma obra que pende para as progressões, sua fórmula consegue ser interessante e cheia de nuances e também tem uma base instrumental primorosa e um conceito muito acertado já que consegue misturar Jazz, Progressivo e Folk, portanto o resultado disso se manifesta como uma obra de extrema beleza e uma verdadeira peça de ART-ROCK embora o ponto aqui não ultrapasse os limites como em outras obras que o fazem penetrar dentro dela, citando: Aqualung, Lizard, Once Again ou Felona e Sorona; Porém, esse trabalho é especial porque se desdobra em arranjos e texturas; O ecletismo aqui é muito marcante, e uma grande variedade de gadgets pode ser apreciada. Mudanças no tempo, arranjos vãos, ressonâncias sinfônicas, posturas com aromas de elementos do Jazz e do Folk que conseguem fazer de cada peça uma experiência mágica. Não há dúvidas de que a banda está evoluindo, amadurecendo e criando uma nova fórmula. É um álbum cheio de nuances e com uma grande dose de "intelectualidade" não há dúvidas de que a banda assume uma grande influência no que estava em voga naquela época "PROGRESSIVE", portanto apreciamos uma banda que sendo tão leve dentro de seus campos pegou muitos elementos e os explorou de forma inteligente e o resultado são peças de qualidade bárbara, nas quais se podem apreciar influências de Caravan e King Crimson. Não posso dizer que a performance seja algo fora do comum, mas ela consegue ter muita personalidade e isso no final é um ponto positivo porque consegue criar um clímax muito bom. Sem dúvida, a melhor maneira de apreciar este álbum é em silêncio total e prestando muita atenção aos arranjos da banda. Todo o conceito progressista se manifesta em pequena escala, mas é compreendido quando classificado como ECLÉTICO. Um bom álbum, de fato. Até mais.

Minidados:
*Seu segundo álbum, "Mountain Queen" (1973), apresenta longas passagens instrumentais com guitarra solo proeminente, órgão Hammond giratório, saxofones duplos, violino elétrico e refrões cativantes em um estilo levemente Canterbury. No entanto, com o lançamento de Nobody Can Wait Forever (1975) e Best Kept Secret (1976), a banda optou por um som de rock mais pesado, com melodias mais curtas e acessíveis.

*O segundo álbum deles soa mais profissional e o som da banda é mais equilibrado. A banda agora se concentra em composições longas (enquanto a estreia era composta por uma grande coleção de peças curtas).

01. The Dance

02. Soft-Eyed Woman
03. Convicts Of The Air
04. Mouintain Queen
05. Don And Dewey

06. Mr.Barnum's Jr.'s Magnificent And Fabulous City




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