quinta-feira, 26 de maio de 2022

As melhores letras de músicas Portuguesas parte 3


 Cartas de Amor

Letra

Como jurei,
Com verdade o amor que senti
Quantas noites em claro passei
A escrever para ti
Cartas banais
Que eram toda a razão do meu ser
Cartas grandes, extensas, iguais
Ao meu grande sofrer
Cartas de amor
Quem as não tem
Cartas de amor
Pedaços de dor
Sentidas de alguém
Cartas de amor, andorinhas
Que num vai e vem, levam bem
Saudades minhas
Cartas de amor, quem as não tem
Porém de ti
Nem sequer uma carta de amor
Uma carta vulgar recebi
Pra acalmar minha dor
Mas mesmo assim
Eu para ti não deixei de escrever
Pois bem sabes que tu para mim
És todo o meu viver
Cartas de amor
Quem as não tem
Cartas de amor
Pedaços de dor
Sentidas de alguém
Cartas de amor, andorinhas
Que num vai e vem, levam bem
Saudades minhas
Cartas de amor, quem as não tem




Lágrima – Fado – Amália Rodrigues – Letra

Cheia de penas, cheia de penas me deito
E com mais penas, com mais penas me levanto
No meu peito, já me ficou no meu peito
Este jeito, o jeito de te querer tanto

Desespero, tenho por meu desespero
Dentro de mim, dentro de mim o castigo
Não te quero, eu digo que não te quero
E de noite, de noite sonho contigo

Se considero que um dia hei-de morrer
No desespero que tenho de te não ver
Estendo o meu xaile, estendo o meu xaile no chão
Estendo o meu xaile e deixo-me adormecer

Se eu soubesse, se eu soubesse que morrendo
Tu me havias, tu me havias de chorar
Por uma lágrima, por uma lágrima tua
Que alegria me deixaria matar

Uma lágrima, por uma lágrima tua
Que alegria me deixaria matar

Letra: Amália Rodrigues




Letra

Buba Espinho – Quem Sabe um Dia

Minha saudade deita-se tarde, Se tu não vens
E acorda cedo, com esse medo de não voltares
contigo assim, contigo assim,
perto de mim o mundo existe
mas se não vens, mas se não vens
eu vou ao fundo e fico triste

O tempo tarda e tudo é nada longe de ti
e ao ver-te o beijo morde o desejo de estares aqui
Quem sabe um dia a fantasia da minha dor
seja a alegria da eterna noite e muito amor

A lua sempre foi um sol de encanto
que aquece as madrugadas do meu pranto
e faz da luz o dia com que canto
as mágoas com que caio e me levanto

O tempo tarda e tudo é nada longe de ti
e ao ver-te o beijo morde o desejo de estares aqui
Quem sabe um dia a fantasia da minha dor
seja a alegria da eterna noite e muito amor

A lua sempre foi um sol de encanto
que aquece as madrugadas do meu pranto
e faz da luz o dia com que canto
as mágoas com que caio e me levanto

(instrumental)

A lua sempre foi um sol de encanto
que aquece as madrugadas do meu pranto
e faz da luz o dia com que canto
as mágoas com que caio e me levanto
as mágoas com que caio e me levanto
as mágoas com que caio e me levanto
as mágoas com que caio… e me levanto


Letra: Paulo Abreu de Lima



Rui Veloso

Letra

Naquele trilho secreto
Com palavras santo e senha
Eu fui língua e tu dialecto
Eu fui lume e tu foste lenha
Fomos guerras e alianças
Tratados de paz e péssangas
Fomos sardas pele e tranças
Popeline seda e ganga
Recordo aquele acordo
Bem claro e assumido
Eu trepava um eucalipto
E tu tiravas o vestido
Dessa vez tu não cumpriste
E faltaste ao prometido
Eu fiquei sentido e triste
Olha que isso não se faz
Disseste que se eu fosse audaz
Tu tiravas o vestido
O prometido é devido
Rompi eu as minhas calças
Esfolei mãos e joelhos
E tu reduziste o acordo
A um montão de cacos velhos
Eu que vinha de tão longe
Do outro lado da rua
Fazia o que tu quisesses
Só para te poder ver nua
Quero já os almanaques
Do fantasma e do patinhas
Os falcões e os mandrakes
Tão cedo não terás novas minhas
Disseste que se eu fosse audaz
Tu tiravas o vestido
O prometido é devido

(Rui Veloso/Carlos Tê)

Biografia de Adolfo Luxúria Canibal

 Adolfo nasceu em Luanda mas cresceu entre Vieira do Minho e Braga.[2] No ano de 1978 foi estudar Direito para Lisboa onde viveu até 1999.

Adolfo Luxúria Canibal é, desde 1984, letrista e vocalista do grupo Mão Morta[2], depois de ter estado em grupos como Bang-Bang (1981), Auaufeiomau (1981-1984)[3] e PVT Industrial (1984).

Encenou e actuou em performances e espectáculos multimédia como Rococó, Faz o Galo (1983), Dos Gatos Brancos que Jazem Mortos na Berma do Caminho de Ferro (1983), Labiu e a Pulga Amestrada (1984) e mais tarde em Müller no Hotel Hessischer Hof (1997). Apareceu como ator em Maldoror (2007), encenado por António Durães e na peça Eis o Homem! da companhia Mundo Razoável, encenada por Marta Freitas (2013). Fez espetáculos de spoken word, a solo (1999) ou com António Rafael (desde 2004), sob a designação de Estilhaços. Com João Martinho Moura e Miguel Pedro concebeu a performance de arte digital Câmara Neuronal para a exposição FrameArt da Capital Europeia da Cultura - Guimarães 2012. Participou na concepção colectiva e actuou, com os Mão Morta, José Mário BrancoFernando LapaAmélia Muge e Pacman, no musical Então Ficamos..., espectáculo de comunidade de encerramento da Capital Europeia da Cultura - Guimarães 2012 encenado por António Durães. Com António Rafael concebeu, gravou e interpretou ao vivo a banda sonora para a instalação The Wall of Pleasure do artista plástico Tiago Estrada na Rooster Gallery, em Nova Iorque (2013). Ainda com António Rafael e Miguel Pedro compôs e actuou no musical Chão (2014), um espectáculo de comunidade, com a participação de 70 mulheres de Paredes de Coura, encenado por João Pedro Vaz para o décimo aniversário da companhia de teatro Comédias do Minho.

Concebeu a colectânea de bandas bracarenses À Sombra de Deus tal como o primeiro volume À Sombra de Deus - Braga 88 (em conjunto com Berto Borges e o quarto volume À Sombra de Deus IV - Braga 2012 em conjunto com Miguel Pedro. Em 2002 criou, com António Rafael e Miguel Pedro, a editora independente Cobra, tendo editado vários discos de Mão Morta e de artistas como Anger, Erro!, Houdini Blues, Fat Freddy, Jazz Iguanas, Umpletrue, Mundo Cão ou At Freddy's House.

Teve pequenas participações como actor nos filmes Gel Fatal de António Ferreira e O Dragão de Fumo de José Carlos de Oliveira. Concebeu, com João Onofre, o filme de videoarte S/título (мій голос), exibido no 19.º Festival Internacional de Cinema - Curtas de Vila do Conde. Em 2012 foi objecto do documentário Fado Canibal, realizado por Timóteo Azevedo.

Escreveu textos diversos para jornais e revistas, como a Vértice ou a 365, e foi, de 2000 a 2004, correspondente do jornal Blitz. Teve uma coluna de opinião no semanário O Independente (1999) e manteve uma crónica semanal na rádio Antena 3 (2001-2004), uma crónica quinzenal na revista Vidas do diário Correio da Manhã (2008-2010) e uma crónica quinzenal no semanário Sol (2014-2016). Por convite da rádio Antena 3 foi autor e locutor de uma série de 14 programas de 2 horas sobre música e poesia, emitidos semanalmente entre Setembro e Dezembro de 2016 sob o título Cantigas de Amigo. Tem desde Janeiro de 2011 uma rubrica mensal na revista Domingo do diário Correio da Manhã.

Editou os livros Rock & RollEstilhaçosEstilhaços e Cesariny e Todas as Ruas do Mundo.[4] Escreveu o prefácio para uma edição de Os Cantos de Maldoror, do Conde de Lautréamont. Foi autor de uma súmula sobre a história do Parque Nacional da Peneda-Gerês e de um ensaio ecocrítico sobre os romances de Valter Hugo Mãe. Criou com o fotógrafo e artista plástico Fernando Lemos o livro-objecto Desenho Diacrónico, editado no Brasil por ocasião da inauguração da sua exposição retrospectiva Lá e Cá, na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Traduziu Heiner Müller (1997) e Vladimir Maiakovski (2006). Coligiu e seleccionou os artigos de imprensa e fez o prefácio para o livro Revista de Imprensa - Os Mão Morta na Narrativa Mediática (1985-2015) (2016) que faz a biografia dos Mão Morta a partir de notícias, criticas de discos e de concertos, reportagens e entrevistas saídas na imprensa portuguesa durante 30 anos.

Foi considerado em 2003, pelo semanário Expresso, uma das 50 personalidades vivas mais importantes da cultura portuguesa.[4] Em 2011, nas Comemorações do Centenário da Universidade de Lisboa, foi um dos 100 ex-alunos convidados para proferir uma palestra no ciclo 100 Lições, a que deu o título Profissão: Diletante. Da Música à Conservação da Natureza.

De 2000 a 2009, e de novo entre 2015 e 2016, integrou o grupo luso-francês Mécanosphère, como vocalista. Participou ainda como vocalista ou letrista em diversos discos e espectáculos de mais de uma dezena de grupos e artistas portugueses e estrangeiros, como Pop Dell'ArteClãMoonspellWrayGunn, Houdini Blues, Jorge Palma, Pat Kay & The Gajos, Steve Mackay, Mark Stewart ou Hilmar Orn Hilmarsson.

Vida pessoal

Entre 1979 e 1982, Luxúria Canibal foi casado com Eva Machado, bisneta do antigo Presidente da República Bernardino Machado, com quem teve uma filha, Isabel Sofia, nascida em Braga em Fevereiro de 1980: Isabel Sofia vive em Cork, na Irlanda, desde 2007, onde em Dezembro de 2011 terminou o doutoramento em engenharia alimentar na University College Cork. De 2012 a 2014 Isabel Sofia habitou em Chicago, nos Estados Unidos, onde em Maio de 2014 nasceu Leonardo, o primeiro neto de Adolfo Luxúria Canibal. O segundo neto, Gabriel, nasceu em Cork em Abril de 2016.

Entre 1993 e 2004 viveu com a cineasta francesa Mariana Otero, com quem teve o segundo filho, Mateus, nascido em Lisboa em Julho de 1997 e desde 1999 a viver em Paris, com a mãe. Actualmente vive com Marta Abreu, antiga baixista dos grupos Voodoo Dolls e Mão Morta e gestora hoteleira, que entre 2007 e 2015 foi proprietária do restaurante japonês Hocho em Braga.

Após terminar o curso de Direito, exerceu advocacia e consultoria jurídica. Na qualidade de especialista em Direito do Ambiente foi orador convidado em diversos congressos e seminários, portugueses e estrangeiros, e professor em cursos de formação, de pós-graduação e de mestrado. Integrou de 1993 a 1999 um Grupo de Peritos Jurídicos da Convenção de Berna, junto ao Conselho da Europa, em Estrasburgo.[3] No final de 1999 foi habitar para Paris, cidade onde praticou diversos misteres, como tradutor, actor de figuração, gerente comercial, jornalista, cronista, voz para telemóveis, estudos de mercado, crítico musical ou gestor liquidatário de sociedades cinematográficas. No final de 2004 regressou a Braga, cidade onde reside e onde se dedica à consultoria jurídica.[5]

Carreira política

Em 2021, foi eleito vereador autárquico do PS à Câmara de Braga através do candidato socialista Hugo Pires[6].

Discografia






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Biografia de Adelaide Ferreira

 Maria Adelaide Mengas Matafome Ferreira, mais conhecida como Adelaide Ferreira (Minde, Alcanena, 1 de janeiro de 1960), é uma atriz e cantora portuguesa.

História

Recebe formação em teatro através do CENDREV - Centro Dramático de Évora (1976) ingressando, de seguida, no Grupo 4 do Teatro Aberto, onde trabalha sob a direcção de João Lourenço contracenando com Lia GamaRui MendesHenriqueta MaiaIrene Cruz, entre outros. Aí participa em espectáculos como Os Macacões e O Caso da Mãozinha Misteriosa, de Ary dos SantosO Chá dos Generais, de Boris VianCrónica Atribulada do Esperançoso Fagundes, de Luís de Sttau MonteiroCorpo Delito na Sala de Espelhos, de José Cardoso PiresAndorra, de Marx Fritch de que é protagonista em 1980.

Grava os singles "Meu Amor (Vamos Conversar os Dois") e "Espero Por Ti" que têm a participação de Paulo de Carvalho.[4]

Entretanto trabalha no cinema participando no filme Kilas, o Mau da Fita de José Fonseca e Costa.

Em 1981 edita o single Baby Suicida, composto com o guitarrista Luís Fernando, seu marido na altura,[5] que se torna um grande sucesso. Edita novo single com os temas "Bichos" e "Trânsito". Edita em 1983 o máxi-single "Não Não Não".

No Festival RTP da canção de 1984 vence o prémio de interpretação com o tema "Quero-Te, Choro-Te, Odeio-Te, Adoro-Te". É convidada para o Festival da OTI, realizado no México, onde fica em 2º lugar com o tema "Vem No Meu Sonho".

É maioritariamente conhecida pelos seus magníficos desempenhos vocais, atingindo altíssimos agudos, tão bem quanto os seus graves.

Conhecida como a "Celine Dion Portuguesa", em 1985 vence o Festival RTP da Canção com o tema Penso Em Ti (Eu Sei) (uma balada), representando Portugal no Festival Eurovisão da Canção, onde terminou num decepcionante 18º lugar (penúltimo, à frente apenas da canção da Bélgica, interpretada por Linda Lepomme) e 9 pontos. Nesse ano estreia-se em televisão na série Duarte & Cia., de Rogério Ceitil (RTP1).

Em 1986 edita o álbum "Entre Um Coco e Um Adeus" que integra um dos seus maiores êxitos, "Papel Principal".[6]

Em 1989, o álbum "Amantes Imortais", onde aparece a balada "Dava Tudo".

Em 1995 regressa aos discos com o álbum O Realizador Está Louco editado pela Vidisco.

Em 1998, a BMG lança o álbum "Só Baladas" com algumas das baladas antigas mais bonitas e seis inéditas. O primeiro single é uma nova versão de "Papel Principal" com a participação de Dulce Pontes.

Em 2000 é editado o álbum "Sentidos".

Em 2006, Adelaide Ferreira, regressa à música pela mão do produtor Luís Jardim (músico), que com ela assina "Mais Forte que a Paixão", disco gravado entre Lisboa e Londres.

Em 2008, lança o álbum "O Melhor de Adelaide Ferreira", onde junta todos os seus melhores êxitos. Nesse mesmo ano, canta ao lado de Beatriz Costa, participante do concurso "Uma Canção para ti"[7][8].

Em 2011 lança o álbum "Esqueço-me de te esquecer"[9] tendo como single "Adeus" e "Esqueço-me de esquecer".

Em 2016 é convidada a integrar o elenco de "Parque à Vista", regressando assim aos palcos do Teatro Maria Vitória - Parque Mayer, estreando-se na Revista à Portuguesa, onde tem um desempenho extraordinário.

Discografia

Álbuns

Compactos

  • Meu Amor Vamos Conversar os Dois (Single, Nova, 1978)
  • Espero por Ti/Alegria Em Flor (Single, Nova, 1980)
  • Baby Suicida/A Tua Noite (Single, Vadeca, 1981)
  • Bichos/Trânsito (Single, Vadeca, 1981)
  • Não Não Não/Danada do Rock'n'Roll (Máxi, Polygram, 1983)
  • Quero-Te, Choro-te, Odeio-Te, Adoro-te (Single, Polygram, 1984)
  • Penso em Ti, Eu Sei/Vem No Meu Sonho (Single, Polygram, 1985)

Colectâneas

  • BB3 (2001) - Outro Sol
  • O Olhar da Serpente (2002) - O Olhar da Serpente

Televisão e teatro

  • 2021 - A Máscara II ... Bulldog Francês, Concorrente (Ep.1 ao 3), 2.ª temporada
  • 2012 - Incógnito .... Verónica
  • 2008 - Podia Acabar o Mundo .... Mercedes del Pilar
  • 2005 - Morangos com Açúcar.... Dadá
  • 2002 - Tudo Por Amor.... Teresa Pires
  • 2002 - Um Estranho em Casa .... Irene
  • 2001 - Ganância
  • 2001 - Bastidores .... Beatriz
  • 2001 - Segredo de Justiça
  • 2000 - Alves dos Reis .... Lisete
  • 1999 - Docas 2.... Vários Papéis
  • 1997 - Cuidado com o Fantasma
  • 1995 - Cabaret.... Vários Papéis
  • 1993 - Fera Ferida
  • 1990 - Euronico.... Cantora
  • 1990 - Grande Noite.... Vários papéis
  • 1987 - Era uma Vez um Alferes
  • 1986 - Duarte e Companhia.... Melita
  • 1985 - Quando as Máquinas Param

Cinema




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As melhores letras de músicas Portuguesas parte 2


 

Amália Rodrigues

Gaivota

Letra

Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de lisboa
No desenho que fizesse
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa
Esmorece e cai no mar
Que perfeito coração
No meu peito bateria
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração
Se um português marinheiro
Dos sete mares andarilho
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me o que inventasse
Se um olhar de novo brilho
No meu olhar se enlaçasse
Que perfeito coração
No meu peito bateria
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração
Se ao dizer adeus à vida
As aves todas do céu
Me dessem na despedida
O teu olhar derradeiro
Esse olhar que era só teu
Amor que foste o primeiro
Que perfeito coração
No meu peito morreria
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração

(Alexandre O Neill / Oulman Alain Robert Bertrand)



Os Quatro e Meia

Canção do Metro

Letra

 

Vou no metro a cantar,
Poucos prestam atenção.
Há quem pareça gostar,
Há quem bata o pé no chão.

Uns limitam-se a sorrir,
Outros dois a aplaudir,
Quando o tema chega ao fim.
Antes de continuar,
Agradeço com o olhar,
E murmuro para mim.

Pensa bem, rapaz,
Estás aqui pra quê?
Eras bem capaz,
De vencer,
Um concurso na TV.

Há quem vá a trautear,
Um pouquinho do refrão.
Distraído a olhar,
A outra ponta do vagão.

Uns limitam-se a sorrir,
Outros dois a aplaudir,
Quando o tema chega ao fim.
Antes de continuar,
Fecho os olhos, tomo ar,
E murmuro para mim.

Pensa bem, rapaz,
Estás aqui pra quê?
Eras bem capaz,
De vencer,
Um concurso na TV.

Voltam os mesmos a sorrir,
Os Outros dois a aplaudir,
Mais um tema chega ao fim.
Um senhor sai do lugar,
Chega perto, quer falar
E abre os braços para mim…

Pensa bem, rapaz,
Estás aqui pra quê?
Eras bem capaz,
De vencer,
Um concurso na TV.

Música e letra: Os Quatro e Meia


Chuva

Mariza

(Letra)

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
Da história da gente
E outras de quem nem o nome
Lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
E acabei por perder
Há dias que marcam a alma
E a vida da gente
E aquele em que tu me deixaste
Não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai… meu choro de moça perdida
Gritava à cidade
Que o fogo do amor sob chuva
Há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
Meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

(Jorge Fernando)

As melhores letras de músicas Portuguesas parte 1


Tempestade

Pedro Abrunhosa

Letra

Não estamos sós na tempestade
Ainda há luz neste mar alto
Ainda há anjos de verdade
Voam sozinhos no asfalto
Semeiam sonhos pelas trevas
Trazem histórias de saudade, meu amor
Não estamos sós na tempestade
Meu pai, não vás da nossa mesa
Não me ensinaste tudo ainda
Esperarei de luz acesa
Conta-me histórias de Coimbra
Foste montanha a vida inteira
Como a distância me incendeia, meu pai
Não vás tão cedo desta mesa
Quando eu voltar, abraça-me por dentro
Aperta-me de tempo, é tão tarde o amor, é tão tarde
O primeiro dia há de ser mais que primeiro
Vem salvar-me por inteiro, no futuro ninguém quer só metade
Meu amor
Não estamos sós na tempestade
Não estamos sós nesta tormenta
Ainda há festa na varanda
Uma canção que a noite inventa
Chega das vozes de outra banda
Alguém que toca uma guitarra
Há quem se agarre enquanto dança
Meu amor
Vamos estar juntos na bonança
Não estamos sós nesta saudade
A rua chora no mesmo aperto
Há andorinhas na cidade
São beijos teus no céu aberto
Quero ver-te ao fim da tarde
Mas já não tarda a liberdade
Meu amor
Não estamos sós na tempestade
Quando eu voltar, abraça-me por dentro
Aperta-me de tempo, é tão tarde o amor
É tão tarde
O primeiro dia há de ser mais que primeiro
Vem salvar-me por inteiro
Do futuro ninguém quer só metade
Meu amor
Não estamos sós na tempestade
Meu amor
Não estamos sós na tempestade

Letra: Pedro Abrunhosa / Musica: Pedro Abrunhosa 



Canoas do Tejo

Carlos do Carmo

Letra

Canoa de vela erguida,
Que vens do Cais da Ribeira,
Gaivota, que andas perdida,
Sem encontrar companheira
O vento sopra nas fragas,
O Sol parece um morango,
E o Tejo baila com as vagas
A ensaiar um fandango

Canoa,
Conheces bem
Quando há norte pela proa,
Quantas docas tem Lisboa,
E as muralhas que ela tem
Canoa,
Por onde vais?
Se algum barco te abalroa,
Nunca mais voltas ao cais,
Nunca, nunca, nunca mais

Canoa de vela panda,
Que vens da boca da barra,
E trazes na aragem branda
Gemidos de uma guitarra
Teu arrais prendeu a vela,
E se adormeceu, deixa-lo
Agora muita cautela,
Não vá o mar acordá-lo

Canoa,
Conheces bem
Quando há norte pela proa,
Quantas docas tem Lisboa,
E as muralhas que ela tem
Canoa,
Por onde vais?
Se algum barco te abalroa,
Nunca mais voltas ao cais,
Nunca, nunca, nunca mais

(Frederico de Brito)




Letra

Crioula de São Bento

Dany Silva

Numa tarde bem quente
Encontrei uma crioula
Pelas bandas de São Bento
Pelas bandas de São Bento
Perguntei o nome dela
Sem saber que mais dizer
Pois o que eu queria era
falar com ela
O que eu queria era
falar com ela
Meter conversa com ela
Dar um passeio com ela
Estar um bocado com ela
Fazer hum hum com ela
Mas a crioula era assanhada
Desconfiou da minha entrada
E camafeu me chamou toda
Arrulhada
Seu camafeu me chamou
Toda arrulhada
Eu desandei a toda à pressa
Sem sequer olhar para trás
Com muita pena fiquei de não
Poder
Com muita pena fiquei de não
Poder
Meter conversa com ela
Dar um passeio com ela
Estar um bocado com ela
Fazer hum hum com ela

(Dany Silva / 1982)

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