quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Universo do Vinil

 

Critérios de Raridade

Apresentarei alguns critérios que considero importantes para se estabelecer “raridade” de discos de vinil (discos de cera de carnaúba, 78 RPM e os famosos LP`s de 33 1/3 RPM). Notem que os critérios são idiossincráticos e podem mudar de pessoa para pessoa. Esse texto possui dois momentos: no primeiro, em formato de tópicos, onde eu “estabeleço” os critérios de raridade e num segundo momento, onde eu discuto sobre a questão da raridade versus disponibilização de uma obra na internet (MP3, streaming etc.).

Ao texto:

– Tiragem de cópias, distribuição e vendagens: discos que foram lançados aos milhões raramente tem valor comercial alto; um disco que foi lançado poucos exemplares e teve distribuição e vendagem pífia será considerado raro;

– Ser antigo pouco tem a ver com raridade; Caribou (1974) do Elton John é mais antigo que Viagem Cigana (1983) do Cata Luzes, mas MUITO menos raro que o LP da banda sergipana – agora se o disco for MUITO antigo, com 78 rotações ou discos de cera de carnaúba (discos com mais de 60, 70 anos)… aí a coisa muda de figura (ver critérios acima);

cata luzes

– Por que Thriller (1983) do Michael Jackson, apesar de ser muito bom, não é raro? Porque foram “despejados” 1 bilhão de cópias, no mundo todo e foi sucesso de vendagens; diferente do Paêbirú (1975) do Lula Cortês & Zé Ramalho que foram prensadas poucas cópias, a maioria dessas se perderam numa enchente em Recife e praticamente nenhum disco foi vendido à época (há uma estimativa que existam, atualmente, 200 a 300 cópias do LP original);

– é comum as pessoas leigas acharem que o primeiro LP da Xuxa é valioso, só porque é um LP e tem mais de 30 anos que foi lançado: não é bem assim…

Spotify-Deezer copy

Essas são as três argumentações que mais ouço quando as pessoas questionam os critérios de raridade de um disco. Realmente nos dias de “hoje” (desde 2003 de forma mais efetiva com o Napster) quase tudo de ordem musical pode ser encontrado na internet. No YouTube existem os “full album” aos montes, por exemplo. Mas não me venha com esse papo de que “tem em MP3” para desmerecer uma raridade que eu desfaço esse assunto em cinco minutos e ainda faço o interlocutor passar vergonha por vir com argumentação pífia.

Simples raciocínio lógico: se existem MP3 das obras e se existem vídeos “full album” no YouTube®, porque é que se cobram os olhos da cara pelos LP’s originais em sebos, lojas online etc.? “os critérios – de raridade – são basicamente três: tiragem, distribuição e vendagem”. Ou seja: pouco importa se você tem os MP3 do Paêbirú (1975) até porque TODO mundo tem, mas eu duvido que você tenha o LP original (avaliado entre R$3.000,00 a R$ 4.000,00).

malbec

Um exemplo atual: o disco Paranormal Songs (2012) da banda manauara Malbec. Tem lá no próprio site da banda os MP3 para baixar, tem no YouTube o “full album” e o lançamento é MUITO recente. Não sei se foram prensados CD’s, mas LP’s foram prensadas 500 unidades. Ou seja: o negócio já nasceu raro, pela baixa quantidade de cópias feitas (tiragem), pela distribuição (que até onde eu saiba foi quase nula) e pela vendagem (quase nula também). Minha cópia em LP mesmo não foi comprada, ganhei de presente do meu amigo Jorge Bandeira. É um disco extremamente bem feito, produzido de forma bacana e com canções muito boas como a minha faixa predileta “Fitas Livres”.

Raridade é isso!

Boyce Avenue: os três irmãos que fazem sucesso no YouTube

 

Boyce Avenue

Boyce Avenue: os três irmãos que fazem sucesso no YouTube

Internet tem aberto oportunidades por todo o mundo. A revolução que conseguiu imperar tocou o mais diverso tipo de áreas, desde os negócios tradicionais a grandes indústrias, permitindo fazer compras sem sair de casa e até mesmo planear toda uma viagem a partir de um ecrã. Porém, a Internet também tocou a música, facilitando a divulgação dos artistas.

Foi exatamente isso que aconteceu com os Boyce Avenue. Esta banda norte-americana, muito à semelhança do que aconteceu com o artista canadiano Justin Bieber, tornou-se conhecida através do Youtube, a maior plataforma de vídeos da Internet. Com um orçamento reduzido, bastou-lhes gravar vídeos onde faziam covers de músicas de outros artistas para começaram de imediato a receber visualizações de pessoas por todo o mundo.

O sucesso foi tal que, em 2014, quando passaram em Portugal – um país relativamente pequeno, quando comparado aos Estados Unidos, por exemplo – a organização do concerto dos Boyce Avenue em terras lusitanas teve de tomar uma decisão de última hora. Perante o número de bilhetes vendidos, passaram o evento para uma sala de espetáculos maior, neste caso o Coliseu dos Recreios, de forma a receber todos os fãs da banda.

Em 2016, os Boyce Avenue regressam a Portugal para um segundo concerto. Antes que os bilhetes esgotem, recomendamos que garanta já o seu. E entretanto, enquanto a grande noite não chega, convidamo-lo a conhecer um pouco mais da história destes três irmãos.

boyce-avenue

Boyce Avenue: uma brincadeira que até correu bem

Os Boyce Avenue são um “negócio de família”. Os elementos da banda são os irmãos Manzano: Daniel, Fabian e Alejandro. Esta família, que sempre partilhou uma grande paixão pela música, não fez dela uma prioridade. Sem desprimorar a necessidade de prosseguir para um ensino superior, os irmãos separaram-se para estudar. Daniel saiu de casa para estudar Direito na Universidade de Harvard enquanto Alejandro e Fabian começavam, alguns anos mais tarde, a estudar na Universidade da Florida.

É só por volta de 2005, quando Daniel termina os estudos, que surge uma oportunidade para se formar uma banda. Então com 25 anos, Daniel junta-se aos irmãos na Florida e o grupo começa a tocar em palcos e competições locais. A banda começava a ser conhecida por Boyce Avenue, uma designação que juntava o nome de duas ruas onde os três irmãos tinham vivido.

É então que, em 2007, criam um canal do YouTube e começam a publicar vídeos. O primeiro vídeo data ao dia 2 de setembro e mostra-nos a banda a fazer uma cover acústica da música Before It’s Too Late dos Goo Goo Dolls. Seguem-se covers de músicas como Umbrella de Rihanna, LoveStoned de Justin Timberlake e ainda Viva la Vida dos Coldplay. Até hoje conseguiram mais de 2 mil milhões de visualizações nos seus vídeos e mais de 7 milhões de seguidores. São, de longe, um dos canais mais populares no YouTube.

À medida que foram vendo a sua base de fãs crescer, os Boyce Avenue ponderaram se não estaria a chegar o momento de fazer um grande concerto ao vivo. Desta forma, organizam um espetáculo em janeiro de 2009, em Nova Iorque e assistem com alguma surpresa a uma sala cheia de fãs. Isto torna-se mais extraordinário ainda se relembrarmos que o sucesso dos Boyce Avenue tinha sido alcançado, até então, por eles mesmos. Afinal de contas, ainda não tinham assinado nenhum contrato com uma grande editora musical.

Depois do sucesso tremendo do concerto, assinam contrato com a Universal e começam a preparar o seu primeiro álbum All We Have Left. Este álbum era composto unicamente por canções originais compostas e trabalhadas pelos três irmãos durante os anos anteriores. Em 2010 segue-se um segundo álbum de estúdio – e o último, até ao momento – onde voltam a apresentar novas canções originais.

Entretanto, os Boyce Avenue continuam a apostar muito em covers de outros artistas e têm lançado inúmeros EPs que compilam algumas das suas melhores covers. O canal do YouTube também continua ativo e a ser atualizado de forma regular.


Mastodon – Cold Dark Place (2017)

 

Mastodon – Cold Dark Place (2017)

Mastodon
Disco: Cold Dark Place
Data de lançamento: 22 de Setembro de 2017
Selo: Reprise
Tempo total: 21:50
Disponível em: CD, LP & Digital

Resenha:

Em EP, Mastodon mostra a criatividade que ficou de fora dos últimos álbuns

Tivesse o Mastodon seguido a sonoridade presente em ‘Cold Dark Place’ quando criou Emperor Of Sand’ (2017), teria recebido os louros não de fazer mais um disco de stoner metal competente, mas de ter inovado um pouco mais no estilo e na discografia. Para quem não sabe, Emperor Of Sand’ é a criação coletiva do grupo, seguindo o estilo de rock divertido e metal cheio de riffs que vem tomando conta da banda. Já o EP ‘Cold Dark Place’ é fruto da mente psicodélica do guitarrista Brent Hinds, que quase lançou as músicas como um projeto solo, antes de toda a banda abraçar a causa.

Logo de cara eles se lançam em músicas emocionais, como é o caso de “North Side Star”, uma das melhores faixas que a banda já fez, partindo de uma balada atmosférica para um rock progressivo bem temperado. “Blue Walsh” é um belo exemplo de stoner rock equilibrado, que sabe se guardar para liberar o poder fogo na hora certa. E ainda que “Toe to Toe” tenha o vocal poderoso do baixista Troy Sanders dando o tom, ela modula seu humor para se tornar acessível. E “Cold Dark Place” a balada, ou o mais próximo disso que o Mastodon consegue chegar, em 3/4 em que Hinds mostra intimidade e que o lugar escuro e frio do título está dentro dele mesmo, um homem que olha para si e para sua situação e nota o quanto pode ser penoso permanecer vivo.

Três das faixas são sobras de Once More ‘Round The Sun’ (2014) e “Toe to Toe” acabou fora de Emperor Of Sand’. É surpreendente como tão boas faixas não chegaram aos álbuns. Talvez a banda tenha concluído que não se ajustavam ao resto do material. O caso é que ‘Cold Dark Place’ é o sopro de novidade que poderia deixar qualquer um desses dois álbuns – sobretudo o último – ainda mais diverso e satisfatório.

A mixagem chama a atenção mais uma vez. Diferente da massa de guitarras pesadas que inundou a maior parte dos últimos álbuns, o EP é rico em nuances, acompanhando a criatividade das quatro faixas, o sentimento que cada uma busca e sem loudness war. Dessa vez temos arranjos mais criativos e menos metaleiros da parte de Hinds e de Bill Kelliher. Inclusive é possível notar uma textura viajante, mas um tanto bluegrass no instrumento de Hinds. Trata-se de uma steel guitar Sho-Bud de 1954. Combinada ao lado mais stoner e hard rock do Mastodon, essa novidade faz uma verdadeira mágica.

‘Cold Dark Place’ tem apenas 21 minutos, mas é inteiro recompensador. Pode ser apenas um EP, mas assim como diversos outros EPs lançados este ano (como o ‘Harmony Of Difference’, de Kamasi Washington) mostra que a objetividade de um trabalho mais curto pode ser bem mais recompensadora do que a ambição de um álbum completo, mas não tão perfeitinho.

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FICHA TÉCNICA:
Artista: Mastodon
Ano: 2017
Álbum: Cold Dark Place
Gênero: Metal Progressivo, Sludge Metal
País: EUA
Músicos: Troy Sanders (voz e baixo), Brent Hinds (guitarra e vocais), Bill Kelliher (guitarra), Brann Dailor (voz e bateria)
MÚSICAS:
1. North Side Star – 6:10
2. Blue Walsh – 5:12
3. Toe to Toes – 4:29
4. Cold Dark Place – 5:59


terça-feira, 30 de agosto de 2022

BIOGRAFIA DOS Anjo Gabriel

 

Anjo Gabriel 

Recife psicodélico. Conhecida por plantar sementes fundamentais em todos os campos da música brasileira dos últimos 20 anos, a capital de Pernambuco expandiu de tal forma seu leque musical a ponto de hoje não responder mais por apenas um rótulo ou uma fórmula. Exemplo disso é o Anjo Gabriel.
O Quarteto atualiza o obscuro hippismo “udigrudi” do nordeste setentista
de artistas como Ave Sangria e Lula Côrtes. 

O Culto Secreto do Anjo Gabriel, estreia fonográfica do grupo, foi totalmente gravado em sistema analógico. O disco destila a psicodelia viajante da banda, com os pés um pouco em Londres um pouco no Recife, mas, seja onde for, longes do chão. 

Com a prensagem inicial de 500 cópias em black vinyl 140g esgotada em menos de 6 meses, a banda lança a segunda prensagem do "O Culto Secreto do Anjo Gabriel" limitada a 300 cópias coloridas em 180g. 

Já esta disponível no soundcloud da banda as edições promo do próximo disco que será lançado em setembro. São trechos escolhidos para a divulgação do disco "Lucifer Rising" que consiste em uma música de 30 minutos dividida em dois lados. 

Integrantes.

André Sette (Teclados, Theremim, Flauta)
Marco da Lata (Baixo)
Cris Rás (Guitarra)
CH Malves (Bateria)


Lucifer Rising (2013)

01. Lucifer Rising Part I:  
I. Volcanos & Lizards (Drone)
II. Nayasteps
III. Förvandlas Till Ar (Se Transformar em Ar)
IV. Ascenção dos Drúidas

02. Lucifer Rising Part II:
V. Tigre
VI. Melting Transition
VII. The High Priestess’s Slide
VIII. Pass
IX. UFO’s Wizard Flashback





Revisão do álbum: Idles – Crawler

 

Imagem em destaque

IDLES – a banda Bristolian/Irlandesa liderada por um galês está de volta com seu quarto álbum de estúdio, CRAWLER . Geralmente conhecidos por sua raiva fervente, ou mesmo explosiva que permeia suas trilhas, eles terão perdido o vapor e a fúria desta vez? Ou este último álbum pode corresponder às expectativas?

Muito do trabalho anterior do IDLES foi moldado pelas experiências do vocalista Joe Talbot. Tendo perdido sua mãe para a doença durante a produção de seu primeiro álbum Brutalism , grande parte do álbum é colorido com sua dor crua e visceral. A presença dela é sentida intensamente, ao lado de suas lutas com o vício e questões sociais, mas nunca entrando na política do estilo Billy Bragg. Para trabalhar nesse ponto, Talbot declarou abertamente 'Eu não sou o próximo Billy Bragg', embora ele tenha afirmado que a política permeia tudo o que ele escreve.

Esta última entrada, abre com uma faixa rondando, temperamental, rosnando “MTT 420 RR”. Perguntando constantemente: 'Você está pronto para a tempestade?' antes de arremessá-lo direto para “A Roda”. Você seria perdoado por pensar que era uma faixa da dupla de rock Royal Blood, com seu baixo e ritmo de guitarra batendo por cima da faixa. No entanto, qualquer ilusão mantida é imediatamente quebrada pela voz grave de Joe Talbot rasgando essa névoa instrumental, sublinhada pelo ritmo martelante do tambor. Então, enquanto “The Wheel” liga e liga – a faixa parece tão implacável.

Como em trabalhos anteriores – nem tudo são marteladas, fúria constante no trabalho de Idles. “When the Lights Come On” é uma faixa mais suave e punk. Com um contraste de palhetas de baixo em staccato, guitarras altas deslizantes e uma linha de bateria que parece principalmente como preenchimentos amarrados juntos, parece um retrocesso para a banda Germs . Só não conte a Talbot porque, “Pela última vez, não somos punks do caralho!”.


 

Punk ou não, o mesmo fuzz estático nos leva ao “Crawl!”. Lo-fi e agressivo, há alguns links óbvios para o punk e o pós-punk com os quais o Idles continua sendo rotulado. No entanto, liricamente você pode entender a distância. Embora as letras sejam socialmente carregadas em muitos casos, elas parecem muito mais íntimas do que o típico passeio anti-establishment que o punk mais velho (normalmente britânico) faz.

Se você está procurando algo para refutar completamente o selo punk, no entanto, e apoiar minha afirmação acima, ouça o single principal “The Beachland Ballroom”. Liderado por uma guitarra dedilhada e um órgão que estaria em casa no cais de Brighton. Talbot divulgou esta faixa como 'a mais importante do álbum'. Ele aborda um tópico que aparece em muitas de suas outras faixas, particularmente no álbum anterior Ultra Mono , mas raramente apresenta sozinho, Anxiety.

A faixa relativamente mínima constrói e constrói um crescendo frenético e grosseiro, enquanto os vocais de Talbot se tornam mais tensos, crus e desolados – como o estado emocional do cantor. Eu preciso enfatizar neste ponto – o álbum não é heavy metal, não grita e não há vocais guturais e rosnados.

Se você está vindo para esta resenha como um amante de rock, punk ou, e não posso enfatizar isso o suficiente, grime – o álbum precisa de sua atenção. Ele possui uma urgência, ou mais simplesmente, uma grande mudança no lado mais introvertido e socialmente carregado da música que o Idles vem liderando. Francamente, se você não gosta das letras – venha para a fúria e a catarse que o álbum lhe dará.


Tom Petty, gigante do rock americano, 1950-2017

Nosso obituário, como apareceu em 2 de outubro de 2017.

Quando Tom Petty and the Heartbreakers entrou pela primeira vez no cenário musical em 1976, com seu álbum de estréia auto-intitulado, os fãs não sabiam o que fazer com eles. Para os aficionados do rock mais velhos, eles eram uma espécie de retrocesso para bandas como os Byrds, aplicando uma sensibilidade agressiva dos anos 70 ao jingle-jangle do folk-rock. Para a geração mais jovem, eles eram um mistério maior: os floridianos não se conformavam com o som mainstream que dominava as rádios FM na época, eles com certeza não eram prog e tinham pouco em comum com o novo punk-rock que era começando a surgir. Eles eram do Sul, mas não tinham nada em comum com o “Southern Rock” dos Allmans ou Lynyrd Skynyrd.

Esse álbum de estreia recebeu críticas principalmente positivas, mas levou meses para pegar o rádio e, finalmente, os compradores de discos. Ele finalmente subiu nas paradas da Billboard no outono de 1977, quase um ano após seu lançamento, chegando ao 55º lugar. Apenas um single do álbum, “Breakdown”, chegou a esse gráfico, chegando ao 40º lugar. Mesmo “American Girl”, agora considerado um clássico do rock, nunca ressoou entre os 40 melhores programadores.

Mas Petty – que morreu hoje (2 de outubro de 2017) em Santa Monica, Califórnia, aos 66 anos, após sofrer uma parada cardíaca, apenas uma semana depois de completar uma turnê comemorativa do 40º aniversário – não era nada além de resiliente. A morte de Petty foi anunciada por seu empresário de longa data Tony Dimitriades e relatada pela Associated Press, CNN , Los Angeles Times  e outros.

“Em nome da família Tom Petty, estamos devastados em anunciar a morte prematura de nosso pai, marido, irmão, líder e amigo, Tom Petty.

“Ele sofreu uma parada cardíaca em sua casa em Malibu nas primeiras horas desta manhã e foi levado ao UCLA Medical Center, mas não pôde ser revivido. Ele morreu pacificamente às 20h40 PST cercado pela família, seus companheiros de banda e amigos.”

–Tony Dimitriades, gerente de longa data de Tom Petty & The Heartbreakers

A cada álbum que passava, os pontos fortes de Petty como compositor e intérprete cresciam, e quando o grupo lançou seu terceiro álbum, Damn the Torpedoes , no final de 1979, eles estavam prontos para o horário nobre. O álbum (que se seguiu a You're Gonna Get It! de 1978 ) foi para #2, com "Don't Do Me Like That" se tornando o primeiro single top 10 da banda.

Daquele ponto em diante, Tom Petty reivindicou o status de lenda do rock americano.

Em Tom Petty and the Heartbreakers, e também no trabalho solo de Petty, os fãs encontraram algo honesto e intransigente. Como qualquer banda, eles tiveram seus altos e baixos, mas eram principalmente altos – quando você ia vê-los em um show, você tinha a garantia de um verdadeiro show de rock por profissionais consumados e virtuosos: não virtuosos no sentido de que eles eram gênios. exibicionistas, mas sim que cada membro da banda contribuiu integralmente para o todo. Tom Petty era um astro do rock que não precisava agir como um - ele deixou a música falar por si.

Assista à música final, apropriadamente, do último show de Tom Petty and the Heartbreakers em 25 de outubro de 2017, no Hollywood Bowl

Thomas Earl Petty nasceu em Gainesville, Flórida, em 20 de outubro de 1950. Como muitos da geração baby boom, ele mergulhou no rock 'n' roll ainda jovem. Aos 10 anos, ele conheceu Elvis Presley quando um tio que estava trabalhando no set de um dos filmes do rei convidou o jovem Tom para assistir a uma filmagem. Mas, como muitos outros, foi ver os Beatles no The Ed Sullivan Show que convenceu o jovem Petty de que ele estava pronto para fazer música.

Sua primeira banda foi chamada de Epics, que mais tarde se tornou Mudcrutch . Embora nunca tenham sido populares no cenário nacional, a banda - que incluía os futuros Heartbreakers Benmont Tench nos teclados e Mike Campbell na guitarra - se saiu bem na Flórida. Quando o Mudcrutch se separou, Petty, Campbell e Tench, junto com o baixista Ron Blair e o baterista Stan Lynch, formaram o Tom Petty and the Heartbreakers.

Assinado nos EUA para a Shelter Records, eles gravaram seu primeiro álbum em Hollywood com Denny Cordell atuando como produtor. A cada ano que passava, Petty e a banda refinaram e evoluíram, construindo uma reputação como uma das grandes bandas de rock americanas de todos os tempos. Seus 10 melhores álbuns incluíram Hard Promises (1981), Long After Dark (1982), Southern Accents (1985), Echo (1999) e The Last DJ (2002).

Por conta própria, Petty colocou os álbuns solo Full Moon Fever (1989), Wildflowers (1994) e Highway Companion (2006) no top 10.

A formação mais recente de Tom Petty and the Heartbreakers

Entre os mais de 25 singles de sucesso atribuídos a Petty e à banda, o mais vendido foi "Free Fallin'", lançado no final de 1989. A composição da banda passou por algumas mudanças significativas durante suas quatro décadas: Blair saiu em 1982, foi substituído por Howie Epstein por 20 anos, então voltou em 2002. (Epstein morreu em 2003.) Lynch saiu em 1994 e foi substituído por Steve Ferrone na bateria. Scott Thurston entrou na guitarra base em 1991.

Houve - como com qualquer banda - problemas ao longo do caminho, incluindo disputas legais com a MCA Records, que comprou o Shelter. Mas apesar de tudo, Petty continuou criando novas músicas sólidas. Em 1981, a banda acompanhou Stevie Nicks em seu single número 3, "Stop Draggin' My Heart Around", e cinco anos depois eles se uniram novamente em um cover do hit "Needles and Pins", dos Searchers, que se tornou um dos 40 melhores singles. .

Em 1988, e novamente em 1990, Petty - junto com Bob Dylan, George Harrison, Roy Orbison e Jeff Lynne - gravaram dois álbuns sob o nome de Traveling Wilburys; o primeiro, v. 1 (que ganhou o Grammy de Álbum do Ano), alcançou o 3º lugar e o seguinte o 11º.

Em 1985, Tom Petty e os Heartbreakers participaram do concerto Live Aid transmitido internacionalmente. Em 1986, o grupo excursionou como banda de apoio para Bob Dylan. Em 2002, a banda tocou no Concert for George em homenagem a George Harrison, que havia falecido no ano anterior. Em 2008, eles encabeçaram o show do intervalo do Super Bowl.

Em 2002, Tom Petty and the Heartbreakers foram introduzidos no Rock and Roll Hall of Fame.

Tom Petty (à direita) com Gregg Allman, que morreu em maio

O álbum mais recente lançado pela banda completa (que mudou para a Warner Bros Records nos anos 90 e depois para a gravadora irmã Reprise) foi o Hypnotic Eye de 2014 .

Em 2007, Petty remontou o Mudcrutch para seu primeiro álbum e excursionou pela Califórnia. Em 2016 eles lançaram uma continuação e embarcaram em sua primeira turnê nacional. Esse álbum atingiu o 10º lugar na Billboard .

Mais recentemente, Petty produziu o álbum de 2017, Bidin' My Time , do membro original do Byrds, Chris Hillman.

Tom Petty and the Heartbreakers completou sua turnê de 40º aniversário apenas uma semana antes da morte de Petty, apresentando três noites no Hollywood Bowl.

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