Os 31 maiores artistas da música brasileira em todos os tempos.
Milton Nascimento é um cantor, compositor e multi-instrumentista. Nascido em 1942, no Rio de Janeiro, ele se mudou para Minas Gerais ainda na infância. Na juventude, começou a trabalhar em um cartório, mas deixou o trabalho para se dedicar à música. Em Belo Horizonte, tocava em bares e clubes noturnos, época em que começou a compor com frequência, gravando “Barulho de Trem” em 1962. O primeiro reconhecimento veio com “Travessia”, de 1967. “Maria, Maria” (1978), “Canção da América” (1979) e “Caçador de Mim” (1981) são outros de seus grandes sucessos. Famoso internacionalmente, já gravou 48 álbuns e ganhou 5 Grammys. Fez parceria com nomes como Björk, Chico Buarque, Gal Costa, Elis Regina, e outros.
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Considerado um dos maiores nomes da música brasileira em todos os tempos, Chico Buarque nasceu em 1944 no Rio de Janeiro. Tem mais de 80 álbuns gravados. Ganhou destaque em 1966, ao vencer o Festival da Música Popular Brasileira, com a canção “A Banda”. “Construção” (1971) e “Meus Caros Amigos” (1976) figuram na lista dos 100 maiores álbuns da música brasileira, organizada pela “Rolling Stone”. Na literatura, foi vencedor por três vezes do Prêmio Jabuti. Em 2019, ganhou o Prêmio Camões, a maior premiação existente para escritores de língua portuguesa.
Conhecido como Cartola, Angenor de Oliveira foi cantor, compositor e violonista, considerado pelos críticos o maior sambista do país. Nasceu em 1908, no Rio de Janeiro, cresceu na favela da Mangueira e foi um dos fundadores Estação Primeira de Mangueira. Começou a compor para a escola de samba e suas músicas se popularizaram nas vozes de outros artistas, como Carmen Miranda e Araci de Almeida. Apenas em 1974, aos 66 anos, gravou o primeiro de seus quatro álbuns-solo. “As Rosas Não Falam” e “O Mundo é Um Moinho” são algumas de suas canções mais conhecidas. Cartola morreu em 1980, vítima de câncer.
Elis Regina é considerada por muitos críticos uma das maiores cantoras do mundo, ao lado de nomes como Ella Fitzgerald e Billie Holiday. Nasceu em Porto Alegre, em 1945, e ainda na infância começou a cantar em programas de rádio. Em 1961, lançou seu primeiro disco “Viva a Brotolândia” e começou a se apresentar por todo o país. Apelidada de Pimentinha, apresentou o programa “O Fino da Bossa” ao lado de Jair Rodrigues. “Águas de Março” (1972), “Como Nossos Pais” (1976) e “O Bêbado e a Equilibrista” (1979) foram algumas das canções eternizadas em sua voz. Ela morreu aos 36 anos, em 1982.
Multiartista, Tom Jobim foi um cantor, compositor, maestro, pianista e arranjador. Nascido em 1927, no Rio de Janeiro, cresceu em meio a artistas da cena boêmia carioca. Na juventude, começou a tocar em bares de Copacabana, chamados por ele de “inferninhos”. Teve a trajetória marcada pelas parcerias, incluindo Elis Regina, Miúcha, Vinicius de Moraes e João Gilberto. Também desenvolveu uma carreira internacional, chegando a gravar com Frank Sinatra. “Garota de Ipanema” (1963) é sua canção mais conhecida, composta em parceria com Vinicius de Moraes, é a música brasileira mais tocada no exterior. Morreu em 1994, devido a uma parada cardíaca.
João Gilberto foi um cantor, compositor e violonista, criador da bossa nova. Nasceu em 1931, em Juazeiro, na Bahia, e mudou-se para Salvador, em 1947. Anos depois, foi para o Rio de Janeiro, onde gravou seu primeiro disco e conheceu outros nomes da MPB, como João Donato e Tom Jobim. A grande virada em sua trajetória ocorreu em 1958, quando acompanhou a cantora Elizete Cardoso em duas faixas, “Chega de Saudade” e “Outra Vez”, as primeiras músicas gravadas no estilo bossa nova, gênero inventado por ele. Em 1962, apresentou-se no Carnegie Hall, em Nova York, ao lado de Tom Jobim, Roberto Menescal e Carlos Lyra. Considerado um gênio da música, ele morreu em 2019.
Sambista, Noel Rosa contribuiu para a legitimação do samba no Brasil, tanto no morro quanto no “asfalto”, ou seja, entre a classe média do país. Nasceu em 1910, no Rio de Janeiro, e morreu precocemente, em 1937, com tuberculose. Em sua curta carreira, compôs mais de 300 canções e ficou conhecido como “O Poeta da Vila”. Participou de vários grupos musicais, sendo O Bando dos Tangarás o mais conhecido. “Com que Roupa?” (1930), “Conversa de Botequim” (1935) e “Feitiço da Vila” (1934) estão entre suas principais composições. Em 2016, foi homenageado in memorian com a Ordem do Mérito Cultural do Brasil.
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Nascido em 1945, no Rio de Janeiro, Jorge Ben Jor começou a tocar nos bares e boates durante a juventude. No início da década de 1960, apresentou-se no Beco das Garrafas, reduto de novos artistas. Um executivo que estava na plateia contratou o cantor, que lançou seu primeiro LP “Por Causa de Você Menina”, em 1963. Com um estilo que mescla vários ritmos, enfrentou alguns problemas no início da carreira, já que o país estava dividido entre samba e bossa nova. Mas, conseguiu driblar os críticos, alcançando renome internacional. “País Tropical” (1969) e “Fio Maravilha” (1972) são algumas de suas músicas mais conhecidas.
Com uma carreira que ultrapassa cinco décadas, o baiano Caetano Veloso gravou seus dois primeiros singles, “Cavaleiro” e “Samba da Paz”, em 1965, ao mesmo tempo em que acompanhava sua irmã, Maria Bethânia, no espetáculo “Opinião”. Pouco tempo depois, conheceu Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé, participando ao lado deles dos festivais de música popular da Record. Foi um dos líderes do movimento Tropicalista, que mudou o cenário musical brasileiro. Em 1969, foi preso pelo regime militar e exilou-se em Londres, onde gravou músicas em inglês. Lançou 65 álbuns e também escreveu livros e peças teatrais. “Alegria, Alegria” (1968), “O Quereres” (1984) e “Sozinho” (1998) são algumas de suas canções mais conhecidas.
Nascido no Rio de Janeiro, em 1913, Vinicius de Moraes foi cantor, compositor, poeta e dramaturgo. Formado em Direito, tornou-se diplomata em 1943, função que exerceu até 1968, quando foi aposentado compulsoriamente pelo governo militar. Na música, começou a deslanchar ao conhecer o maestro Tom Jobim, na década de 1950. Nessa época, suas músicas foram gravadas por vários artistas. “Chega de Saudade” (1958) e “Garota de Ipanema” (1963) são algumas das mais famosas. Além de Tom Jobim, Vinicius de Moraes também estabeleceu parcerias marcantes com outros nomes da Bossa Nova. Boêmio assumido, ele morreu em 1980, aos 66 anos, vítima de um edema pulmonar.
Maestro, compositor e multi-instrumentista, Heitor Villa-Lobos é o compositor sul-americano mais conhecido. Ele nasceu em 1887, no Rio de Janeiro, foi autodidata e compôs sua primeira peça para violão com apenas 6 anos. Viajou pelo país para conhecer de perto a música brasileira, sendo muito influenciado pelos nordestinos. Em 1922, fez sua estreia oficial na Semana de Arte Moderna, em São Paulo. Foi vaiado por unir ritmos folclóricos e eruditos, mas teve projeção internacional. Financiado pelo governo e por incentivadores, apresentou-se em outros países, regendo grandes orquestras. Foi o criador da Academia Brasileira de Música. Morreu em 1959, com uremia, doença causada pelo acúmulo de ureia no sangue.
O cantor e compositor Raul Seixas é considerado o “Pai do Rock” no Brasil. Na década de 1960, integrou o grupo “Raulzito e os Panteras”, mas só ganhou notoriedade em 1973, com o álbum solo “Krig-ha, Bandolo!”, que tinha algumas de suas músicas mais aclamadas: “Ouro de Tolo”, “Mosca na Sopa” e “Metamorfose Ambulante”. Suas principais composições foram feitas em parceria com o escritor Paulo Coelho. O cantor morreu em 1989, aos 44 anos, vítima de uma pancreatite aguda, causada pelo excesso de álcool. Raul Seixas tem 22 álbuns gravados, incluindo obras póstumas.
Belchior nasceu em 1946, em Sobral, no Ceará, e durante a infância cantava em feiras da cidade, como repentista, e estudava piano. Mudou-se para Fortaleza, para estudar Medicina, mas abandonou o curso para se dedicar à arte. Conheceu outros jovens músicos da região, como Fagner, Ednardo e Jorge Mello, conhecidos como “o pessoal do Ceará”. Em 1971, foi para o Rio de Janeiro, onde gravou o primeiro disco. No ano seguinte, sua canção “Mucuripe” se tornou nacionalmente conhecida na voz de Elis Regina. Em sua discografia, Belchior tem 22 álbuns gravados. “Apenas um Rapaz Latinoamericano” (1976) e “Como Nossos Pais” (1977) são algumas de suas músicas mais conhecidas. Ele morreu em 2017.
Renato Russo foi um cantor, compositor e multi-instrumentista carioca, mais conhecido por ter fundado, em 1982, a banda de rock Legião Urbana, que também contava com Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos. Antes, havia integrado a banda “Aborto Elétrico”. Legião Urbana começou a ganhar notoriedade logo após o lançamento do primeiro álbum, em 1985. Ao todo, eles lançaram oito álbuns de estúdio. “Será” (1985), “Tempo Perdido” (1986), “Faroeste Caboclo” (1987) e “Eduardo e Mônica” (1986) são algumas das canções mais conhecidas da banda. Ele também gravou três álbuns-solo. Russo morreu em 1996, com apenas 36 anos, vítima de complicações da AIDS.
Instrumentista, compositor e maestro, Pixinguinha nasceu em 1897, no Rio de Janeiro. Cresceu cercado por músicos, aprendendo a tocar vários instrumentos. Formou-se em Teoria Musical no Instituto Nacional de Música, algo incomum entre os músicos populares. Na juventude, frequentava a casa da baiana Ciata, um ponto de encontro de músicos e intelectuais do Rio. Contribuiu para que o chorinho se tornasse um estilo musical no país e inovou ao introduzir elementos africanos ao ritmo. “Carinhoso” (1918) e “Lamentos” (1928) são algumas de suas composições mais famosas. Pixinguinha morreu em 1973, vítima de um ataque cardíaco.
Famoso por ser o “Rei do Baião”, Luiz Gonzaga nasceu em 1912, no município de Exu, sertão pernambucano. Aprendeu a tocar acordeão com o pai, ainda na infância, e se apresentava em bailes. Serviu por nove anos no exército, e depois se mudou para o Rio de Janeiro, onde tocava em bares, cabarés e programas de calouros. Em 1941, na TV, foi aplaudido cantando Vira e Mexe, composição de sua autoria que lhe rendeu o primeiro contrato com uma gravadora. Assumindo a regionalidade, decidiu vestir-se como vaqueiro, traje que virou sua marca pessoal. Entre seus grandes sucessos, estão “Asa Branca” (1947) e “O Xote das Meninas” (1953). Gonzaga era pai do cantor Gonzaguinha. Morreu em 1989, vítima de uma parada cardíaca.
Mais de 100 indicações
Com mais de 30 milhões de álbuns vendidos, Rita Lee é uma das mulheres mais influentes do país, conhecida como “Rainha do Rock Brasileiro”. Mas, apesar de ter baseado sua carreira artística no rock, ela flertou com vários outros estilos, como o tropicalismo, a bossa nova e o new wave. De ascendência norte-americana e italiana, ela nasceu em 1947, em São Paulo. Iniciou sua trajetória na música em 1968, na banda Os Mutantes, da qual foi expulsa em 1972. Formou um outro grupo, o Tutti Frutti, com o qual lançou o disco “Fruto Proibido”, que lhe deu reconhecimento nacional, com os singles “Agora Só Falta Você” e “Ovelha Negra”. Rita também fez várias parcerias com o marido, Roberto de Carvalho. Em 2016, ela lançou sua autobiografia “Rita Lee: Uma Autobiografia”.
Nascida em 1946, em Santo Amaro, na Bahia, Maria Bethânia mudou-se para o Rio de Janeiro em 1965, onde iniciou sua carreira como cantora, substituindo Nara Leão no espetáculo “Opinião”. Nesse mesmo ano, foi contratada pela gravadora RCA e gravou seu primeiro álbum, “Maria Bethânia”, entrando definitivamente no rol das maiores artistas brasileiras. Em 1976, participou da banda “Doces Bárbaros”, com Caetano Veloso, Gal Costa e Gilberto Gil. “As Canções que Você Fez Pra Mim” (1993), tributo aos compositores Erasmo Carlos e Roberto Carlos, é um dos álbuns de maior sucesso de Bethânia.
Considerada pela Rolling Stone a 4ª maior cantora brasileira, Marisa Monte coleciona prêmios nacionais e internacionais, incluindo quatro Grammys Latinos. Nasceu em 1967, no Rio de Janeiro, e aprendeu a tocar piano ainda na infância. Com 19 anos, abandonou e faculdade de música e foi morar na Itália, para estudar belcanto. Na volta, começou a se apresentar em bares e boates, alcançando reconhecimento na cena musical antes mesmo de gravar o primeiro disco, “MM”, que foi lançado em 1989. “Bem que se Quis” foi o primeiro sucesso do álbum e se tornou trilha sonora de novela. “Beija Eu” (1991) e “Amor I Love You” (2000) são outras músicas conhecidas da cantora.
Reconhecido como um dos maiores ícones da música brasileira, Tim Maia foi o responsável pela introdução dos gêneros soul e funk no país. Nasceu em 1942, no Rio de Janeiro, onde também viveu durante a juventude e conheceu grandes nomes da música, como Jorge Ben Jor e Erasmo Carlos. Em 1957, integrou o grupo The Sputniks, cantando ao lado de Roberto Carlos. Anos depois, foi morar nos Estados Unidos e teve o primeiro contato com o soul, mas foi deportado do país. De volta ao Brasil, trabalhou como compositor e produtor até lançar seu primeiro álbum, “Tim Maia”, em 1970. Rapidamente, fez sucesso com as canções “Azul da Cor do Mar”, “Primavera” e “Eu Amo Você”. Gravou 30 álbuns e morreu em 1998, vítima de um edema pulmonar.
Nascido em 1941, em Bela Vista (MT), Ney Matogrosso iniciou sua carreira em 1970, como vocalista da banda Secos & Molhados. Com apresentações ousadas, figurinos extravagantes e um rock pesado inédito no Brasil, a banda alcançou notoriedade rapidamente e se tornou um fenômeno musical, mesmo em plena ditadura militar. Em 1975, saiu do grupo e decidiu seguir carreira solo. Gravou 36 álbuns até o momento, tendo destaque as músicas “Homem Com H” (1981), “Rosa de Hiroshima” (1979) e “Sangue Latino” (1977). Também gravou muitas canções de outros nomes da MPB, como Cazuza, Tim Maia e Milton Nascimento.
Conhecido pelas harmonias sofisticadas e pela voz sutil, Paulinho da Viola é um multi-instrumentista e sambista. Nasceu no Rio de Janeiro, em 1942, e teve a oportunidade de conviver com vários cantores de choro, como Pixinguinha e Dilermando Reis. Membro da escola Portela, participou de grupos de samba e gravou LPs com artistas parceiros, até lançar seu primeiro álbum solo, “Paulinho da Viola”, em 1968. Com mais de 20 álbuns, seu trabalho representa um elo entre várias tradições populares, como o samba, o carnaval, o choro e peças de vanguarda. “Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida” (1970) e “Dança da Solidão” (1972) são algumas de suas canções mais famosas.
O violonista Baden Powell recebeu esse nome em homenagem ao general britânico criador do escotismo, de quem seu pai era fã. Nascido em 1937, em Varre-Sai, interior do Rio de Janeiro, cresceu na capital e aprendeu a tocar violão ainda na infância. Na juventude, começou a tocar em bares e programas de rádio, tornando-se rapidamente um dos músicos mais requisitados nas rodas de samba. Seu maior parceiro de carreira foi Vinicius de Moraes, com quem compôs dezenas de músicas, incluindo aclamados afro-sambas. “Canto de Ossanha” e “Canto de Xangô” (1966) são algumas de suas canções mais conhecidas. Powell morreu em 2000.
Lobão, nascido em 1957, no Rio de Janeiro, iniciou sua carreira nos anos 1970, como baterista da banda Vimana, que também tinha Lulu Santos e Ritchie como integrantes. Anos depois, uniu-se a Evandro Mesquita e Fernanda Abreu para criar o grupo Blitz. Seu primeiro disco solo, “Cena de Cinema”, foi lançado em 1982. Compôs grandes sucessos, como “Me Chama” (1985), “Vida Bandida” (1987) e “Vida Louca Vida” (1987). Em 1999, gravou o álbum independente “A Vida é Doce”, que mesmo sendo comercializado em bancas de jornal foi o segundo mais vendido de sua carreira. Até o momento, Lobão gravou 17 álbuns.
Arnaldo Baptista iniciou sua carreira musical na banda Os Mutantes, ao lado de seu irmão, Sérgio Dias, e de Rita Lee. No grupo, que era considerado o maior expoente do rock brasileiro, desenvolveu seus talentos como compositor e arranjador. Em 1973, devido a brigas internas, deixou a banda. O primeiro disco solo, “Lóki?” foi lançado no ano seguinte, ainda considerado seu melhor trabalho. Após um breve retorno com Os Mutantes, em 2006, continuou seus projetos pessoais, dedicando-se, também, às artes plásticas. “Ando Meio Desligado” (1970) e “Cê Tá Pensando que Eu Sou Loki?” (1974) são algumas de suas canções mais conhecidas.
Cazuza nasceu em 1958, no Rio de Janeiro. Foi vocalista e principal compositor da banda Barão Vermelho, fundada em 1981. Compôs várias canções com Roberto Frejat, formando uma das duplas mais celebradas da música brasileira. Seu primeiro álbum solo, “Exagerado”, foi lançado em 1985. “O Tempo Não Para” (1988), “Faz Parte do Meu Show” (1988) e “Codinome Beija-Flor” (1985) são algumas de suas composições mais conhecidas e aclamadas. Em fevereiro de 1989, declarou publicamente que era portador do vírus da aids, ajudando na conscientização sobre a doença no Brasil. Morreu naquele mesmo ano, em outubro.
Zé Ramalho nasceu em 1949, na cidade de Brejo da Cruz, no sertão paraibano. Começou a escrever versos de cordel e fez seu primeiro trabalho musical em 1974, ao tocar na trilha sonora de um filme. Morando no Rio de Janeiro, lançou o álbum solo, “Zé Ramalho”, em 1977. Com as canções “Avohai”, “Chão de Giz” e “Bicho de Sete Cabeças”, conquistou a crítica e o público, tornando-se nacionalmente famoso. Após um período de ostracismo, nos anos 1980, reconquistou a popularidade quando “Admirável Gado Novo” se tornou trilha sonora da novela “O Rei do Gado”, da TV Globo. Com 39 álbuns lançados, continua fazendo shows em todo o país.
Cantora, compositora e multi-instrumentista, Gal Costa nasceu em 1945, em Salvador, na Bahia. Estreou nos palcos aos 19 anos, no espetáculo “Nós, por exemplo…”, ao lado de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Seguindo os passos de Maria Bethânia, mudou-se para o Rio de Janeiro. O primeiro LP foi lançado em 1967, “Domingo”, uma parceria com Caetano Veloso. O solo “Gal Costa”, de 1969, mostrou sua fase tropicalista, com influências do psicodelismo. Em 2001, foi incluída no Hall da Fama do Carnegie Hall, sendo a única cantora brasileira a conseguir este feito. Gravou, até o momento, 38 álbuns. “Baby” (1969), “Chuva de Prata” (1984) e “Um Dia de Domingo” (1985) são algumas de suas canções mais famosas.
Filho de imigrantes italianos, Adoniran Barbosa nasceu em 1910, em Valinhos, São Paulo. Para ajudar a família numerosa, começou a trabalhar cedo, abandonando os estudos. Mas, queria ser artista, e tentou primeiro, sem sucesso, a carreira de ator. Com o surgimento do rádio, passou a frequentar programas de calouro, compondo e cantando músicas carnavalescas. Também atuou como comediante, sendo eleito o melhor intérprete cômico do rádio paulista em 1950. “Saudosa Maloca” (1955), “Trem das Onze” (1964) e “Bom Dia Tristeza” (1958) são exemplos de suas composições mais conhecidas. Barbosa morreu em 1972, vítima de um enfisema pulmonar.
Nascido em Ubá, Minas Gerais, em 1903, Ary Barroso estudou teoria musical e piano na infância e, aos 12 anos, já trabalhava como pianista auxiliar no cinema de sua cidade. Mudou-se para o Rio de Janeiro, para estudar Direito, onde também iniciou sua carreira como compositor. Nos anos 1930, escreveu suas primeiras músicas para outros artistas. “Aquarela do Brasil”, gravada inicialmente por Aracy Cortes, é a mais conhecida de todas. “No Tabuleiro da Baiana” (1936) e “Na Baixa do Sapateiro” (1938) também são de sua autoria. Foi o artista mais gravado por Carmem Miranda, com 30 músicas, e também teve uma carreira de destaque como locutor de rádio. Ary Barroso morreu em 1964, de cirrose hepática.
O alagoano Hermeto Pascoal nasceu em 1936, em Lagoa da Canoa. Compositor, arranjador e multi-instrumentista, começou a tocar acordeão quando pequeno, apresentando-se em bailes e festas de casamento com o irmão mais velho, José Neto. Nos anos 1950, morou em diferentes cidades do Brasil, tocando em rádios, orquestras e conjuntos. Em 1969, viajou para os Estados Unidos, época em que conheceu Miles Davis e gravou com ele duas músicas: “Nem Um Talvez” e “Igrejinha”. Com 34 álbuns lançados, em 2019 ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa.
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