segunda-feira, 6 de junho de 2022

As melhores letras da música Portuguesa Parte 17

Rui Veloso

 

Rui Veloso

Não há estrelas no céu


Não há estrelas no céu a dourar o meu caminho,
Por mais amigos que tenha sinto-me sempre sozinho.
De que vale ter a chave de casa para entrar,
Ter uma nota no bolso pr’a cigarros e bilhar?

A primavera da vida é bonita de viver,
Tão depressa o sol brilha como a seguir está a chover.
Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar,
Parece que o mundo inteiro se uniu pr’a me tramar!

Passo horas no café, sem saber para onde ir,
Tudo à volta é tão feio, só me apetece fugir.
Vejo-me à noite ao espelho, o corpo sempre a mudar,
De manhã ouço o conselho que o velho tem pr’a me dar.

A primavera da vida é bonita de viver,
Tão depressa o sol brilha como a seguir está a chover.
Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar,
Parece que o mundo inteiro se uniu pr’a me tramar
!

Hu-hu-hu-hu-hu, hu-hu-hu-hu-hu.

Vou por aí às escondidas, a espreitar às janelas,
Perdido nas avenidas e achado nas vielas.
Mãe, o meu primeiro amor foi um trapézio sem rede,
Sai da frente por favor, estou entre a espada e a parede.

Não vês como isto é duro, ser jovem não é um posto,
Ter de encarar o futuro com borbulhas no rosto.
Porque é que tudo é incerto, não pode ser sempre assim,
Se não fosse o Rock and Roll, o que seria de mim?

A primavera da vida é bonita de viver,
Tão depressa o sol brilha como a seguir está a chover.
Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar,
Parece que o mundo inteiro se uniu pr’a me tramar
!

Não há estrelas no céu…estrelas no céu…estrelas no céu…estrelas no céu…estrelas no céu…







Rui Veloso



Rui Veloso - Porto Sentido


Quem vem e atravessa o rio
Junto à serra do Pilar
Vê um velho casario
Que se estende ate ao mar

Quem te vê ao vir da ponte
És cascata, sanjoanina
Erigida sobre o monte
No meio da neblina.

Por ruelas e calçadas
Da Ribeira até à Foz
Por pedras sujas e gastas
E lampiões tristes e sós.

E esse teu ar grave e sério
Num rosto de cantaría
Que nos oculta o mistério
Dessa luz bela e sombria

Ver-te assim abandonado
Nesse timbre pardacento
Nesse teu jeito fechado
De quem mói um sentimento

E é sempre a primeira vez
Em cada regresso a casa
Rever-te nessa altivez
De milhafre ferido na asa

(instr.)

Ver-te assim abandonado
Nesse timbre pardacento
Nesse teu jeito fechado
De quem mói um sentimento

E é sempre a primeira vez
Em cada regresso a casa
Rever-te nessa altivez
De milhafre ferido na asa






Rui Veloso



Rui Veloso – Anel de rubi, Paixão

Tu eras aquela que eu mais queria
Para me dar algum conforto e companhia
Era só contigo que eu sonhava andar
Para todo o lado e até quem sabe talvez casar

Ai o que eu passei só por te amar
A saliva que eu gastei para te mudar
Mas esse teu mundo era mais forte do que eu
E nem com a força da música ele se moveu

Mesmo sabendo que não gostavas
Empenhei o meu anel de rubi
P’ra te levar ao concerto que havia no Rivoli

E era só a ti, que eu mais queria
Ao meu lado no concerto nesse dia
Juntos no escuro de mão dada a ouvir
Aquela música maluca sempre a subir
Mas tu não ficaste nem meia hora
Não fizeste um esforço p’ra gostar e foste embora

Contigo aprendi uma grande lição
Não se ama alguém que não ouve a mesma canção

Mesmo sabendo que não gostavas
Empenhei o meu anel de rubi
P’ra te levar ao concerto que havia no Rivoli

Foi nesse dia que percebi
Nada mais por nós havia a fazer
A minha paixão por ti, era um lume
Que não tinha mais lenha por onde arder

Mesmo sabendo que não gostavas
Empenhei o meu anel de rubi
P’ra te levar ao concerto que havia no Rivoli







João Pedro Pais


João Pedro Pais – Nada de Nada


Quando adormeces e fica um vazio
Quando me tocas o corpo quieto e frio
Mesmo que o sintas não dizes nada
Quando me abraças tudo estremece
Quando me beijas o escuro enlouquece
Tu não sentes nem sabes nada

Não dizes nada se não estou
Ficas calada se me vou
Tu não sabes nada de nada
Pouco te importa a quem me dou
Nunca lutaste por quem eu sou
Eu estava certo e tu errada

Quando me aqueces fico nos teus braços
Quando me esqueces eu perco os teus passos
Nem tu sentes mesmo nada
Quando o teu suspirar rompe o silencio
Quando te perdes por momentos
Tu não sabes mesmo nada, nada ….

Não dizes nada se não estou
Ficas calada se me vou
Tu não sabes nada de nada
Pouco te importa a quem me dou
Nunca lutaste por quem eu sou
Eu estava certo e tu errada

Quando te toco pela ultima vez
E o trem arranca depois das três
A hora, já estava marcada

Não dizes nada se não estou
Ficas calada se me vou
Tu não sabes nada de nada
Pouco te importa a quem me dou
Nunca lutaste por quem eu sou
Eu estava certo e tu errada

Não dizes nada ficas calada
Tu não sabes nada de nada








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