LARKIN POE
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Novo trabalho das lindas, e talentosas , irmãs Lovell, Rebecca e Megan. E, uma vez mais, não decepcionam. Muito ao contrário! Apesar da investida em um álbum mais raiz, quase um retorno à sua fase country/folk/americana turbinada com boas doses de blues. É um trabalho de apreciação um tanto mais difícil para um público leigo, mas isto só escancara a disposição da dupla em não fazer concessões, tomando para si as rédeas da produção de todas as faixas. Um belo e maduro trabalho de transição.
Aproveitando a oportunidade desta postagem para incluir os já lendários trabalhos da fase country/folk/americana, responsáveis por apresentá-las ao planeta em 2011. Reunidos em um box set, 'Band For All Seasons' reúne os 4 CDs -'Spring', 'Summer', 'Fall' e 'Winter'- lançados naquele período.
E, como cereja do bolo, disponibilizei também os álbuns colaborativos da banda com Blair Dunlop, 'Killing Time', e Thom Hell, 'The Sound Of The Ocean Sound'.
E, como cereja do bolo, disponibilizei também os álbuns colaborativos da banda com Blair Dunlop, 'Killing Time', e Thom Hell, 'The Sound Of The Ocean Sound'.
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De família musical, Rebecca (vocais/guitarras/violões/mandolin/banjo/piano) e Megan Lovell (lapsteel/dobro/vocais) dificilmente fariam escolha diferente no momento de decidir-se que carreira seguir. Afinal, desde a mais tenra idade, os palcos e estúdios fazem parte da rotina desta talentosa dupla, além do, atualmente, mais poderoso canal de divulgação: a internet!
Inicialmente, um trio -Lovell Sisters, com sua irmã mais velha, Jessica- sediado em Atlanta, berço do southern rock, e dedicado ao folk/bluegrass/americana, as ainda adolescentes e talentosas meninas da família Lovell, chegaram a lançar 2 álbuns e apresentar-se em palcos alternativos de alguns festivais, como o prestigioso Bonnaroo. Após 4 anos, Jessica resolve dedicar-se a outros interesses. Não demorou muito para que as 2 caçulas demonstrassem determinação suficiente em seguir em frente e, apenas poucos meses depois, apropriando-se do nome de seu tataravô, oficial da guerra civil norte-americana, dessem partida em uma sequência de EPs dedicados às estações do ano, e posteriormente lançado em um box set apropriadamente denominado 'A Band For All Seasons'. Lançados todos em 2011, tornaram-se um must digital com seu folk fofinho, sempre puxados pela voz marcante da carismática Rebecca, o impecavelmente executado lapsteel de Megan, a incrível capacidade autoral e a singular química entre ambas.
Mas as meninas estavam crescendo rápido, muito graças à estrada, e o blues passou a fazer parte do cotidiano das irmãs Lovell. Apaixonaram-se pelos grandes mestres do gênero, notadamente Son House, e logo mostraram-se inclinadas a uma guinada em direção à eletrificação e timbragens mais pesadas, com a dedicação mais evidente de Rebecca à guitarra. E 'Thick As Thieves', já no ano seguinte, insinuava esta direção.
Mas as mudanças tornariam-se mais evidentes na estrada. Foi quando começaram a chamar a atenção de uma galera mais cascuda. E foi ninguém menos que T-Bone Burnett que, em fase de produção de um tributo a Bob Dylan -'The New Basement Tapes'-, percebeu o enorme potencial das lindas e talentosas irmãs e as contratou para participar de todo o projeto, ao lado de nomes do porte de Elvis Costello, com quem ainda sairiam em turnê posteriormente, Marcus Munford e Jim James. O prestígio que acabaram por angariar, as levou a assinar com um selo independente e, assim, nascia 'Skin' -agora com a efetivação de Kelly McCarty no baixo e Kevin McGowan na bateria- um enorme avanço na sonoridade da banda mas ainda um tanto ta-ti-bi-ta-ti. E a faixa de trabalho, o contagiante power pop 'Don't', não faz jus à qualidade do conteúdo do restante do álbum, com petardos como 'Jailbreak', 'Dandelion' e 'Sugar High' e a delicadeza exuberante de 'Overachiever', em uma impactante interpretação de Rebecca.
Não plenamente satisfeitas com o resultado de 'Skin', trabalham incessantemente em sua repaginação e, em 2016, lançam 'Reskinned'. E valeu muito a pena... O flagrante amadurecimento trouxe a personalidade blues rock, há tanto tempo buscada, para a banda...seco, na lata, com menos excessos de produção. E, de quebra, confirmando que Rebecca Lovell, muito em breve, será reconhecida como uma das grandes vozes de sua geração. As inéditas 'Trouble In Mind', 'Sucker Puncher' e 'When God Closes A Door', são testemunhos disso.
E a sequência de apresentações com a nata do country/blues/folk/americana segue seu curso...de Don Henley a Steven Tyler, todos querem um pouquinho do frescor e competência da Larkin Poe.
Mas elas precisavam de mais, muito mais...o blues, antes uma sombra mas já timidamente incorporado, agora dominava o espectro musical das 2 forças criativas da banda. Tornou-se uma obsessão. E deste forte laço surgiu a necessidade de uma imersão profunda no gênero e, assim, 'Peach', recheado de releituras cheias de personalidade, ainda que respeitosas, de clássicos do blues, é idealizado e lançado em finais de 2017, agora com Tarka Layman no baixo. E que bela surpresa estas meninas nos trouxeram! De 'Come On In My Kitchen' a 'Tom Devil', atropelando pelo caminho joias como 'Black Betty', 'Preachin' Blues' e 'John The Revelator', e autorais de alto calibre, 'Peach' é a-b-s-o-l-u-t-a-m-e-n-t-e perfeito!!!
Tenho certeza que vocês também cairão de 4 pelos talentos destas belas irmãs...
Não plenamente satisfeitas com o resultado de 'Skin', trabalham incessantemente em sua repaginação e, em 2016, lançam 'Reskinned'. E valeu muito a pena... O flagrante amadurecimento trouxe a personalidade blues rock, há tanto tempo buscada, para a banda...seco, na lata, com menos excessos de produção. E, de quebra, confirmando que Rebecca Lovell, muito em breve, será reconhecida como uma das grandes vozes de sua geração. As inéditas 'Trouble In Mind', 'Sucker Puncher' e 'When God Closes A Door', são testemunhos disso.
E a sequência de apresentações com a nata do country/blues/folk/americana segue seu curso...de Don Henley a Steven Tyler, todos querem um pouquinho do frescor e competência da Larkin Poe.
Mas elas precisavam de mais, muito mais...o blues, antes uma sombra mas já timidamente incorporado, agora dominava o espectro musical das 2 forças criativas da banda. Tornou-se uma obsessão. E deste forte laço surgiu a necessidade de uma imersão profunda no gênero e, assim, 'Peach', recheado de releituras cheias de personalidade, ainda que respeitosas, de clássicos do blues, é idealizado e lançado em finais de 2017, agora com Tarka Layman no baixo. E que bela surpresa estas meninas nos trouxeram! De 'Come On In My Kitchen' a 'Tom Devil', atropelando pelo caminho joias como 'Black Betty', 'Preachin' Blues' e 'John The Revelator', e autorais de alto calibre, 'Peach' é a-b-s-o-l-u-t-a-m-e-n-t-e perfeito!!!
Tenho certeza que vocês também cairão de 4 pelos talentos destas belas irmãs...
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