sábado, 8 de julho de 2023

Coisa de Nego - 1981 - Raimundo Sodré

 

1 - Coisa de Nego
Jorge Portugal - Raimundo Sodré - Roberto Mendes
2 - Não deixe de sorrir
Jorge Portugal - Raimundo Sodré - Roberto Mendes
(Mus. Inc. ``Let It Be`` - John Lennon - Paul McCartney)
3 - Canto da vorta seca
Raimundo Sodré - Roberto Mendes - Arthur Dantas
4 - Povo à vista
Jorge Portugal - Raimundo Sodré - Roberto Mendes
5 - Canto de aprendiz
Jorge Portugal - Raimundo Sodré - Roberto Mendes
6 - Temperamento latino
Jorge Portugal - Raimundo Sodré - Roberto Mendes
7 - Realismo Fantástico
Jorge Portugal - Raimundo Sodré - Roberto Mendes
8 - Regaça a Manga
Jorge Portugal - Raimundo Sodré - Roberto Mendes
9 - Desaforo Desafio
Jorge Portugal - Raimundo Sodré - Roberto Mendes
10 - Beberando
Jorge Portugal - Raimundo Sodré - Roberto Mendes
11 - Odara, Odesce 
Raimundo Sodré - Jorge Portugal

Músicos
Raimundo Sodré - Roberto Mendes - Jorge Amorim - Asaac Reis - Chiquinho do Acordeon - Jorge Degas - Elena Rodrigues - Béuza - Armando Pittigliani - Afonso Correa - Meirelles - Elza - Jussara - Regina - Robson - Léo - Waldir - Luiz Robero - Márcio Lott -

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Raimundo Sodré é baiano, nascido em 1947, fez seus estudos médio no Colégio Central da Bahia, centro intelectual da estudantada nos anos 1960. Ingressou no curso de medicina, mas não seguiu por falta de recursos. Foi para São Paulo em 1972, depois de testes e projetos que não resultaram, retornou para Santo Amaro da Purificação, em 1974. Lá conheceu Roberto Mendes e Jorge Portugal e integrou o "Sangue e Raça", um grupo que misturava música e teatro. Trabalhou em diversas ocasiões com Djalma Corrêa, com destaque para o grupo Baiafro. Gravou o seu primeiro LP em 1980, cujo tema, A Massa, fez parte do Festival MPB 80. Viveu na França entre 1994 e 2000, quando retornou ao Brasil.

Esse é o segundo LP de Raimundo Sodré, contém elementos rítmicos e melódicos do recôncavo baiano e do sertão nordestino como a chula, emboladas, baiões, frevo e xotes. É daqueles que a audição é de prazer e encanto de cabo a rabo. As letras críticas e, até certo ponto, satíricas, desnudam das mazelas enfrentadas pelo povo trabalhador brasileiro, sobretudo pela população negra e os povos originárias de nossa nação semi colonial. Como sinaliza a canção "Realismo Fantástico", por aqui, de fato, há muito "o dia a dia é de luto e luta".




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