Review: The Night Flight Orchestra – Aeromantic (2020)

O The Night Flight Orchestra surgiu em 2007 como um projeto paralelo reunindo músicos de bandas suecas de death metal melódico, porém aqui fazendo um som que não tinha nada a ver com o metal. Centrada no vocalista Björn Strid (Soilwork) e no baixista Sharlee D´Angelo (Arch Enemy), o grupo acabou alcançando reconhecimento quase imediato com o seu ótimo disco de estreia, Internal Affairs (2012), e desde então desenvolveu uma carreira produtiva.

Aeromantic é o quinto álbum do The Night Flight Orchestra e foi lançado no Brasil pela Shinigami Records. São doze músicas em pouco menos de uma hora, onde a banda segue a sua exploração por sonoridades setentistas e oitentistas incorporando outros elementos em seu universo além dos já habituais ingredientes de pop, AOR e rock. Percebe-se no novo álbum uma presença muito bem-vinda e ainda maior de características de funk, disco music e estilos mais dançantes, intensificando o clima “good vibes” que permeia a música do The Night Flight Orchestra. Isso se traduz em momentos extremamente chicletes como as grudentas como “Divinyls” e “Transmissions”, por exemplo.

 

É nítida a vontade de explorar os mais diversos caminhos, como demonstram “If Tonight is Our Only Chance” (bem pop anos 1980), “This Boy’s Last Summer” (que poderia estar na trilha sonora de qualquer filme de Eddie Murphy da década de oitenta), o extremo bom gosto da pop “Curves” e o clima discoteca contagiante da já mencionada “Transmissions” (dá até para imaginar os globos de luzes sem muito esforço).

 

A presença sempre constante dos teclados, além de reforçar o aspecto retrô, dá também um ar meio espacial para a música do The Night Flight Orchestra. Os andamentos são sempre muito bem agradáveis, e Bjorn segue como um dos grandes destaques, cantando de forma totalmente diferente do que faz no Soilwork.

 

Excelente álbum, mais uma vez.