Entre quem coleciona, pesquisa e se interessa pelo hard rock produzido durante a década de 1970, o Bang possui o carinhoso apelido de “o Black Sabbath norte-americano”. Essa alcunha surgiu devido à semelhança evidente entre a auto intitulada estréia dos ianques, que saiu em 1971, e o que o Black Sabbath fazia naquela época. Ou seja: um som pesado, carregado de riffs e com uma energia onipresente.
No entanto, a carreira do Bang não foi tão exitosa quando a do Sabbath. Enquanto os ingleses se transformaram em uma das maiores e mais influentes bandas de todos os tempos, seu “clone” norte-americano explorou outros caminhos e acabou não chegando a lugar nenhum. A banda acabou em meados dos anos 1970 e retornou no final da década de 1990 com esse Return to Zero, seu quarto álbum. E o som, infelizmente, não tem nada a ver com o mitológico primeiro registro.
O que se ouve nas quinze faixas de Return to Zero é um pop rock adocicado e que parece ter sido gravado por outros músicos. Pequenos lampejos da inspiração de outrora surgem em momentos esparsos como “Middle of the Night” e “Lil Joe”, porém nada que impressione. De modo geral trata-se de um trabalho sem energia e que entrega uma audição bastante cansativa e, sendo ainda mais sincero, totalmente insossa.
Return to Zero acaba ser lançado pela primeira vez no Brasil pelas mãos da Hellion Records. Se você coleciona hard setentista é uma boa dica para deixar o seu acervo mais completo, porque dificilmente o disco ganhará uma versão nacional novamente. E caso você não conheça a banda, fica valendo a dica de sempre: vá atrás do primeiro disco, que esse sim vale a audição.
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