Neste segundo lançamento de NEMRUD, percebe-se um avanço em relação ao seu álbum de estréia chamado "Journey of The Shaman". A estréia foi de excelente qualidade, pois a banda parecia ter um estilo semelhante ao ELOY. A música psicodélica tem tudo a ver com criar um clima e ser inovador. Os vocais são realmente secundários e embora a música possa não ser complexa, ela realmente pode levar para outro lugar em sua mente. Então temos quatro faixas longas e elas duram menos de 40 minutos no total. A história é sobre um homem esquizoide que tenta enfrentar a si mesmo em seus sonhos para sua própria iluminação. Este álbum é mais sombrio e melancólico que o de estréia.
A faixa de abertura é "In My Mind" e abre de maneira experimental antes que a guitarra melódica entre junto com a bateria. Ela recomeça depois de 1 minuto e meio, então os vocais se juntam. "A escuridão cresce em minha mente... O medo apaga as memórias... O passado se foi, em minha mente... A coragem libera contos desconhecidos. Sonhos aparecem em minha mente... A sombra cobre a realidade". O órgão entra flutuando enquanto os vocais continuam. Ótimo som aos 6 minutos, edificante, enquanto o canto: "Bem-vinda escuridão, minha amiga inquieta... Vou voar mais uma vez... Na minha mente só há dor... Todas as memórias foram drenadas. Abri meus olhos mas não consigo ver...O que está sendo feito comigo?!?" A música fica pesada em 8 minutos e meio quando os vocais param. Realmente uma ótima faixa. "Sorrow By Oneself" abre de uma forma muito melancólica, sugerindo um cruzamento entre PINK FLOYD e PORCUPINE TREE. Os vocais chegam enquanto ela continua neste estilo descontraído e lento. Uma mudança de 3 minutos e meio quando os vocais param enquanto obtemos alguns sons de sintetizador interessantes e muito mais. A guitarra vem à tona e entra em ação antes de 5 minutos, mas se acalma rapidamente, embora o andamento continue a mudar. Excelente! "Light" é de longe a faixa mais curta, com pouco mais de 2 minutos, com um órgão espaçoso, bela guitarra e uma batida relaxada enquanto os vocais se juntam. “Ritual” é a faixa final e o épico com quase 18 minutos e meio. Algumas paisagens sonoras misteriosas aqui no início, e quando os vocais aparecem, as letras combinam com aquele clima enquanto ele lamenta estar sozinho no escuro. O som aumenta e parece se tornar mais edificante à medida que toca. Uma mudança de 5 minutos quando os vocais param e a música fica mais relaxante. Os vocais estão de volta com ótimos solos de guitarra. Ela muda e aumenta aos 7 minutos. Temos um pouco de luz aqui enquanto ele canta sobre seu medo desaparecendo e a música é mais animada. Um solo de órgão de 9 minutos e meio quando os vocais param. O clima e as letras continuam positivos. Tudo para aos 14 minutos e depois entra em ação com bastante força. Termina de forma experimental, muito parecida com a forma como o álbum começou.
O vocalista Mert tem uma voz muito boa com um leve sotaque. Ele realmente eleva a música com seu tom agradável e forte, como pode ser visto na curta faixa "Light". Ele torna esta faixa algo especial com sua entrega suave e melodias vocais maravilhosas. No entanto, o álbum é muito sombrio, pois segue um xamã através da depressão, tristeza, perda, etc. Então, os vocais são muitas vezes muito emotivos.
Com tudo isso dito, porém, este álbum não é para Metalheads, certamente. Se você gosta de um lindo Rock Progressivo que apresenta melodia e estrutura, momentos climáticos impressionantes e ideias sombrias e profundas; então este álbum pode agradar você. Confira!
Tracks:
1. In My Mind (10:20)
2. Sorrow by Oneself (7:45)
3. Light (2:16)
4. Ritual (18:25)
Time: 38:46
Musicians:
- Mert Göçay / guitars, vocals
- Mert Topel / synthesizers (Yamaha SK50D & CS01, Moog Little Phatty, Hartmann Neuron)
- Aycan Sari / bass
- Mert Alkaya / drums
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