quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Review: Vandenberg’s Moonkings - MK II (2017)

 


O guitarrista sueco Adrian Vandenberg tocou no Whitesnake entre 1985 e 1997, período no qual participou dos discos Whitesnake (1987), Slip of the Tongue (1989) e Restless Heart (1997), além do ao vivo Live at Donington 1990 (2011) e do acústico Starkers in Tokyo (1998). Ou seja, Vandenberg esteve na época de maior sucesso da banda de David Coverdale, quando o Whitesnake emplacou sucessos planetários como “Is This Love”, “Still on the Night” e “Give Me All Your Love”.

A parceria com Coverdale foi o ponto mais alto da carreira de Adrian, e o próprio músico ratifica isso com o seu novo projeto, o Vandenberg’s Moonking. A banda foi criada em 2013 e lançou dois álbuns - a estreia auto-intitulada (2014) e MK II (2017), além do acústico Rugged and Unplugged (2018). MK II está saindo agora no Brasil pela Hellion Records.

Quando eu digo que o próprio Adrian Vandenberg sabe que o ápice de sua trajetória foi ao lado de David Coverdale me refiro, não necessariamente de uma maneira elogiosa, ao que ele está fazendo no Vandenberg’s Moonkings. O grupo é praticamente uma banda cover do Whitesnake, porém com canções originais que replicam os elementos da sonoridade que levou a Cobra Branca ao estrelato mundial. O vocalista Jan Hoving possui um timbre muito semelhante ao de Coverdale, intensificando ainda mais essa sensação. 

O problema é que Vandenberg nunca foi um Mick Moody, um Bernie Marsden, um John Sykes, e isso acaba sendo um fator determinante, pois apesar de não negar a influência (ou melhor dizendo, a sombra) do Whitesnake, o Vandenberg’s Moonkings não consegue chegar ao nível da banda de ex-vocalista do Deep Purple. As doze faixas de MK II apresentam sempre elementos que remetem à sonoridade clássica de Slide It In (1984) e Whitesnake (1987), mas o trabalho de composição é bastante inferior, resultando em um disco que acaba tendo força para agradar apenas os fãs mais fanáticos e os colecionadores mais completistas, que querem possuir tudo que possui associação com o Whitesnake.

Isoladamente, as canções de MK II até funcionam. Se você ouvi-las no meio de uma playlist ou encaixadas em um bloco de uma rádio, elas passam sem problemas. Porém, o conjunto completo soa cansativo. Também não curti muito a produção, que me pareceu carecer de espectros mais graves e que preencheriam melhor as músicas. 

Entre as faixas, destaque para “Tightrope”, “All or Nothing” e “Hard Way”.




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