terça-feira, 2 de julho de 2024

The Beatles “Love Me Do” (1962)

 Passam amanhã 60 anos sobre o momento em que chegou às lojas “Love Me Do”, o single que inaugurou a discografia dos Beatles, episódio maior num ano que começara bem mal para a banda nascida em Liverpool. 

Quem diria que 1962, o ano que acolheu a estreia em disco dos Beatles, tinha começado da pior maneira possível para o grupo? Pois uns dez meses antes de “Love Me Do” ter chegado às lojas de discos, os quatro elementos do grupo e o seu manager, Brian Epstein, entravam num estúdio londrino para uma sessão que lhes poderia valer o tão desejado acordo com uma editora. E não era uma qualquer editora. Era a Decca… Foi logo a 1 de janeiro, isto numa altura em que o primeiro disco do ano não era feriado. Tal como conta o biógrafo Hunter Davies, a marcação da sessão era fruto de um tipo de “pressão” que Epstein podia fazer sobre editoras, já que era dono de uma importante loja de discos em Liverpool.

Os quatro músicos tinham viajado até Londres numa carrinha maior especialmente alugada para a ocasião. Eram, então, John Lennon, George Harrison, Paul McCartney e, ainda por aqueles dias, o baterista Pete Best. Ao volante ia Neil Aspinall. Perderam-se pelo caminho, mas chegaram a Londres ainda antes das 12 badaladas. Ficaram num hotel na zona de Russell Square e contam-se histórias de terem tentado comer uma sopa ali perto, em Charing Cross Rd, e de terem protestado pelo preço… 

Na manhã seguinte Brian Epstein, que tinha viajado de comboio, foi o primeiro a chegar ao estúdio. Depois chegaram os músicos, que ligaram eles mesmos os seus amplificadores e começaram a tocar. Hunter Davies conta  no seu livro memórias desse episódio: “Brian aconselhou-os a tocar apenas standards, pelo que não apresentaram canções suas. (…) Estavam assustados. O Paul não conseguiu cantar uma das canções. Estava muito nervoso e a sua voz não aguentou. Estavam meio assustados com a luz vermelha”. Na biografia oral “Anthology” George Harrsison recorda que por aqueles dias “muitas das canções de rock’n’roll eram temas antigos dos anos 40 e 50, ou lá o que fosse, que tinham sido arrocalhados. Era o que se fazia se não se tinha temas próprios: arrocalhar um tema antigo. Joe Brown tinha gravado uma versão rock’n’roll de The Sheik Of Araby”. George cantou Sheik Of Araby. Paul cantou September in The Rain… Ao todo a sessão durou cerca de duas horas e, depois, fez-se silêncio… 

Passou algum tempo até que finalmente chegasse uma resposta da Decca. Um “não” que na verdade não esperavam, como de resto se pode deduzir a partir das memórias que Lennon e McCartney partilham em “Antology”. McCartney explica ali que consegue compreender porque fracassaram nessa ocasião e acrescenta até que, naqueles dias, os Beatles não eram então “assim tão bons, apesar de haver ali algumas coisas interessantes e originais”. John Lennon, por seu lado, afirma ali que não teria respondido aos  Beatles com um “não” com base naquela sessão: “Soava bem. Especialmente a segunda metade (…) Não havia muita gente a tocar música daquela maneira, então. Acho que a Decca esperava que fossemos mais polidos, mas estávamos apenas a gravar uma maquete! Deviam ter visto o nosso potencial”.

Matinham-se assim sem editora, mas gozavam d um estatuto em franca afirmação (sobretudo em casa, ou seja, em Liverpool), pelo que logo regressaram aos palcos, tendo surgido então por várias ocasiões no cartaz do Cavern logo nas primeiras semanas do ano. E logo em janeiro desse ano surgem em disco como banda de acompanhamento de Tony Sheridan (apesar de indicados na capa do disco como The Beat Brothers).

Ao “não” da Decca juntaram-se depois outras respostas semelhantes em várias editoras. Fizeram mesmo uma coleção de “nãos”… Mas Brian Epstein não desistia. E continuava à procura de alguém que se interessasse pelos Beatles. E para facilitar o trabalho pegou nas fitas das sessões de 1 de janeiro e levou-as à loja da HMV em Oxford Street (em Londres), com o intuito de as registar em disco. E foi aí que a sorte começou a mudar. O técnico que o recebeu escutou a gravação, gostou do que ouviu, chamou a atenção de um Publisher que trabalhava no andar de cima, acrescentando que ia falar a um amigo seu sobre o que ali estava a ouvir. O amigo não era mais do que George Martin, com quem Brian Epstein acabou então por falar, enviando logo depois aos Beatles (entretanto a passar nova temporada de trabalho em Hamburgo) um telegrama onde os avisava que a EMI lhes pedia uma sessão, pelo que era preciso ensaiar novas canções.

E é por esses dias que os Beatles tinham começado a integrar canções de sua autoria no alinhamento dos seus concertos. E entre essas primeiras canções estava Love Me Do, que na verdade tinha já uma história antiga, lembrando Lennon, em “Anthology”, que Paul a tocava desde os 15 anos. A sessão para a EMI (via Parlophone, etiqueta à qual George Martin estava ligado) teve lugar a 6 de junho de 1962. Brian Epstein tinha já informado o produtor sobre a lista de canções que poderiam tocar, entre as quais estavam Love Me Do, PS I Love You, Ask Me Why e Hello Little Girl. Todavia, como explica Hunter Davis na sua biografia dos Beatles, as “sugestões principais” eram ainda versões de standards como, por exemplo, Besame Mucho”. A sessão, pelos vistos, correu bem e foi um momento bem humorado que selou desde logo um bom relacionamento futuro com o produtor. Mesmo assim a resposta não foi imediata, tendo chegado apenas semanas mais tarde, já em julho. É aí que o produtor fala do interesse da Parlophone em assinar um contrato com os Beates. O momento de felicidade foi total mas, como descreve Hunter Davis, “não disseram nada a Pete Best”… Paul McCartney descreveria mais tarde que George Martin os chamou para vincar que estava insatisfeito com o baterista, perguntando se admitiam a hipótese de o trocar. Podemos ler em “Anthology” observações de Lennon e McCartney sobre o baterista, usando expressões como “inofensivo” ou “limitado” ou uma observação que nota que “não era rápido”, notando-se, como contraponto, que a chegada de Ringo Starr lhes trouxe “outro impulso”, alguns “breaks mais imaginativos”, uma “batida sólida”, além de observações sobre uma “inteligência lacónica” e até o “charme à Buster Keaton”.

Já com Ringo a bordo, os Beatles tinham finalmente pela frente a sessão oficial para a gravação de um primeiro single. E para a ocasião foi escolhido Love Me Do, uma canção que, segundo George Martin (como descreve Hunter Davies) tinha a sua alma na harmónica tocada por John Lennon. A sessão teve lugar a 4 de Setembro de 1962. Os músicos (incluindo Pete Best) chegaram a estúdio às dez em ponto e montaram o seu equipamento, estando prontos, meia hora depois, para começar a gravar as quatro canções que tinham ensaiado, entre as quais estava também Please Please Me. Pararam para almoçar no Alma Club, mesmo na esquina das traseiras de St John’s Wood. E voltaram a gravar durante a tardem, até às 17.30. Uma semana depois, a 11 de setembro, quando regressam para completar as sessões, encontram um outro baterista à espera dos Beatles… Era Andy White, um músico habituado a tocar em sessões de estúdio que George Martin tinha chamado para, a seu ver, garantir que tudo corresse bem… O produtor, como recorda Ringo em “Anthology” usou o “profissional”. Ringo acrescenta que White estava já de sobreaviso “por causa do Pete Best”, pelo que o produtor “não queria correr riscos”. Mas, nas suas palavras, Ringo ficou “ali apanhado no meio” e acabou “devastado” pelo facto de George Martin ter duvidas sobre as suas capacidades. Não faltaram depois, nos anos seguintes, muitas ocasiões em que George Martin pediu desculpa a Ringo pelo que ali aconteceu na segunda sessão de gravação. E essa troca é a razão pela qual, no single, não escutamos Ringo em Love Me Do, facto que seria depois corrigido na versão usada depois no álbum Please Please Me, lançado no início de 1963.

Entre aquelas sessões, em setembro de 1962, gravaram ao todo 17 takes de Love Me Do. No lado B do single surgia P.S. I Love You, tema que chegou a ser ponderado para o lado A, perdendo a escolha em favor de Love Me Do. Na verdade George Martin chegou a ponderar ainda editar no lado A uma versão de um tema de Mitch Murray, acabando por optar por um original dos Beatles. 

A 5 de outubro chegava às lojas um sete polegadas com capa genérica mostrando as cores então usadas em lançamentos da Parlophone a 45 rotações (as capas ilustradas correspondem a reedições posteriores). Ainda longe dos êxitos maiores que chegariam em 1963, o single de estreia dos Beatles alcançou o número 17 no Reino Unido. Hoje podemos escutar as versões gravadas com os três bateristas (surgindo a de Pete Best, registada na sessão de audição para a EMI, na compilação Anthology 1). 


Madonna “Everybody” (1982)

 Editado a 6 de outubro de 1982, “Everybody” foi o single de estreia de Madonna. A canção surgiria, no ano seguinte, no alinhamento do seu álbum de estreia. Uma nova edição limitada, com capa diferente, vai assinar brevemente este momento. Texto: 

Foi a 6 de outubro, faz hoje 40 anos, que Madonna editou o seu primeiro disco. Era um single, apresentando a canção “Everybody”, da autoria da própria Madonna. E tinha como produtor o DJ Mike Kammins, o mesmo a quem, algumas semanas antes, ela mesma havia dado uma maquete desta canção, pedindo-lhe então para que a passasse na Danceteria, a discoteca de Nova Iorque, onde ele trabalhava.

Kammins, pelos vistos, gostou da canção. Toucou-a na discoteca e a pista de dança reagiu tão bem que, imediatamente levou Madonna a uma editora, a Sire Records, com quem um primeiro contrato foi logo assinado…

A história da canção traduz a própria narrativa pessoal de Madonna nos seus tempos de chegada a Nova Iorque, em finais dos anos 70, mas refletindo já os ambientes pelos quais circulava nos dias em que, depois de ter passado por vários projetos coletivos (entre os quais os Breakfast Club), começou a pensar na eventualidade de uma carreira como artista a solo.

Estávamos então em 1981 e entre as primeiras canções que Madonna então escreve e que grava em maquetes estão Burning Up, Ain’t No Big Deal e este Everybody. A versão quer escutamos em disco foi gravada já em 1982, refletindo uma forte presença de electrónicas então muito em voga na cena noturna nova iorquina.

Everybody surgiu em diversos mercados, uns optando pela edição em 12 polegadas, outros pelo sete polegadas, em alguns casos tendo havido países que lançaram ambos. O single, de sete polegadas, apresenta a versão ‘edit’ da canção, juntando na face B uma leitura instrumental. Já o máxi-single mostra no lado A uma versão mais longa da canção, apostando numa abordagem ‘dub’ no lado B. Na esmagadora maioria dos mercados a capa apresentada era que mostrava a colagem que sugeria claramente uma geografia cultural nova-iorquina.




Mler Ife Dada “L’Amour Va Bien Merci” (1986)

 Editado em 1986 o single com o tema “L’Amour Va Bien Merci” no lado A foi o primeiro disco do grupo com Anabela Duarte como vocalista. 

Há uma etapa da história da música portuguesa que deve muito a uma casa lisboeta: o Rock Rendez Voz (RRV). Ficava na rua da Beneficência ao Rego, onde antes morava o antigo cinema Universal, espaço que, nos oitentas, dava lugar a um palco então inédito entre nós, muito entusiasmo e uma programação regular que depressa criou o seu público fiel. A criação de uma competição anual – o mítico Concurso de Música Moderna – fez com que o RRV se tornasse não apenas um distribuidor de jogo mas um catalisador de ideias, muitas sendo as bandas que se juntaram para concorrer ou que ali tiveram a sua primeira grande janela de comunicação. E logo em 1984, ano da primeira edição do concurso, os vencedores foram os Mler Ife Dada.

Depois de um primeiro máxi-single, Zimpó (1985), fruto direto da vitória no concurso, uma nova formação dos Mler Ife Dada (já com Anabela Duarte como vocalista, no lugar antes ocupado por Pedro D’Orey) estreava-se em disco num single editado em 1986 pela independente Ama Romanta. O disco, produzido por Nuno Rebelo, foi gravado nos míticos estúdios Musicorde em Campo de Ourique, um espaço que assistiu a muitos episódios marcantes naquele tempo em que Lisboa viu nascer uma cultura juvenil com expressão bem vincada na música que então emergia em vários pontos da cidade.

No lado A surgia o original L’Amour va Bien Merci, uma das mais notáveis das composições pop portuguesas dos oitentas, peça central na afirmação de uma identidade “alternativa” que então começava a ganhar forma na música que se fazia por estas bandas. No lado B, como cereja sobre o bolo, uma versão de Ele e Ela, o histórico tema levado à Eurovisão em 1966 por Madalena Iglésias. Esta versão nunca teve edição digital nem mesmo em suporte de CD.




Jona Lewie “Stop The Cavalry” (1980)

 Editado em finais de novembro de 1980, o single “Stop The Cavalry” deu a Jona Lewie o seu maior sucesso. A canção, apesar de falar de tempos de guerra, acabou por se transformar num clássico de Natal. 

Em plena quadra festiva recuamos hoje a 1980 e a uma canção que, sem ser pensada como tema de Natal, é desde então recordada como um dos raros clássicos natalícios do seu tempo e surge inclusivamente em diversas compilações de canções natalícias.

Tem por título Stop The Cavalry e revela um cenário em tempo de guerra, embora sem necessariamente apontar um tempo e um lugar. Na origem havia uma ideia de criar uma situação na guerra da Crimeia (no século XIX), evocando um soldado que escrevia à sua amada (desejando estar em casa pelo Natal). As referências a Churchill (que combateu na O Guerra Mundial) e as imagens do teledisco, que mostram trincheiras, pode sugerir um cenário temporal concreto. Mas há na letra outras referências que transportam a ideia de guerra para outros tempos, incluindo o então muito presente clima de temor nuclear. O uso de metais e sininhos, assim como o verso “wish I was at home for Christmas” acabou contudo por fazer da cação um não projectado sucesso natalício em finais de 1980.

Quem a canta é Jona Lewie (n. 1947), um inglês com carreira esquecida entre bandas quase anónimas nos anos 60 que, em 1977, se viu integrado no catálogo da Stiff Records, uma das mais agitadas e produtivas “casas” da new wave britânica. Obteve primeiro (e quase inesperado) êxito com You’ll Always Find Me In The Kitchen At Parties, com tempero electrónico, em inícios de 1980.

Meses depois Stop The Calavry acabaria por gerar o seu maior êxito de sempre, projectando ainda atenções sobre Louise, já em 1981… Aos poucos Jona Lewie foi desaparecendo de cena, o seu último álbum é Optimistic e data de 1993. Desde 2004 fala num novo disco, mas na verdade de novo apenas surgiram reedições destes seus velhos êxitos de há quatro décadas.



Classificando os 20 melhores álbuns de estúdio de Kenny Rogers

 Kenny Rogers

Kenny Rogers começou sua carreira de gravação na década de 1950 com os Scholars. Depois disso, ele se apresentou com várias outras bandas antes de finalmente saborear o sucesso com The Final Edition. Quando a banda se separou em 1975, Rogers deu seus primeiros passos em direção ao sucesso solo com seu álbum solo de estreia, Love Lifted Me. Seu segundo álbum, Kenny Rogers , o impulsionou para os holofotes, sinalizando o início de uma das carreiras mais bem-sucedidas e prolíficas da história da música country. Quando ele faleceu em 2020, Rogers havia ganhado inúmeros prêmios (incluindo vários Grammys) e vendido mais de 100 milhões de discos em todo o mundo. Aqui, damos uma olhada na carreira de uma das maiores estrelas da música country com nossa escolha dos 20 melhores álbuns de Kenny Rogers.

20. Gideon

 

Em 1980, Rogers obteve um grande sucesso crossover com seu nono álbum de estúdio, Gideon. Um álbum conceitual que relembra a vida de um cowboy, o álbum atingiu um acorde tanto com o público country quanto com o pop, alcançando a posição 12 na Billboard 200 e a posição 1 nas paradas country . Desde então, foi certificado como platina nos EUA e dupla platina no Canadá. Os principais destaques incluem o sucesso global Don't Fall in Love with a Dreamer e a balada terna Saying Goodbye.

19. Love Will Turn You Around

 

Em 1982, Rogers marcou um hit crossover com seu décimo terceiro álbum de estúdio, Love Will Turn You Around, que alcançou a posição 34 na Billboard 200 e desde então recebeu disco de platina nos EUA e Canadá. As principais faixas para revisitar incluem a faixa-título, que rendeu a Rogers um hit número um em seu lançamento como single, e a igualmente adorável A Love Song.

18. I Prefer the Moonlight


I Prefer the Moonlight, o vigésimo álbum de estúdio de Rogers, pode ter alcançado apenas a posição 163 na Billboard 200, mas seu material está tão forte quanto sempre, particularmente nos singles The Factory e I Prefer the Moonlight. A atração principal é Make No Mistake, She's Mine, um dueto premiado com o Grammy com Ronnie Milsap que alcançou a terceira posição nas paradas.

17. Once Again It’s Christmas


Rogers lançou vários álbuns de Natal ao longo de sua carreira e, em 2015, ele tirou outro sucesso da sacola com Once Again It's Christmas. Os vocais quentes de Rogers adicionam um brilho extra a padrões festivos como Little Drummer Boy e Winter Wonderland, enquanto os duetos com Jennifer Nettles do Sugarland e a sempre excelente Alison Krauss injetam ainda mais alegria nos procedimentos.

16. She Rides Wild Horses


Em 1999, os dias de Rogers como um garantido líder das paradas já tinham ficado para trás, mas ele ainda era capaz de entregar os produtos como sempre. Seu vigésimo terceiro álbum de estúdio, She Rides Wild Horses, é um caso adorável, com um setlist forte e uma performance vocal maravilhosa de Rogers. O álbum se tornou seu primeiro sucesso nas paradas em oito anos, chegando ao número 26 na parada Hot Country Singles & Tracks. O single, Buy Me a Rose, atingiu o número um, tornando Rogers (que tinha 61 anos na época) o artista country mais velho da história a liderar as paradas.

15. Something Inside So Strong


Para seu vigésimo primeiro álbum de estúdio, Rogers chamou alguns velhos amigos, resultando em alguns duetos adoráveis ​​com Gladys Knight , Anne Murray, Holly Dunn e Ronald Isley. A contribuição de Isley em Love the Way You Do é particularmente esplêndida. Lançado em 1989, o álbum foi para o número 10 na parada country e número 141 na Billboard 200.

14. They Don’t Make Them Like They Used To

 

They Don't Make Them Like They Used To, o décimo nono álbum de estúdio de Rogers, foi lançado em outubro de 1986 com uma recepção calorosa dos fãs. O álbum atingiu o pico no top 20 nas paradas country e também se tornou um hit crossover menor, alcançando o número 137 na Billboard 200. Seu single, Twenty Years Ago, também foi um sucesso, subindo para o número 2 na parada country. Ouça You're My Love – pode ser creditado a “Joey Coco”, mas o homem por trás dessa doce melodia não é outro senão Prince.

13. Daytime Friends

 

Em 1977, Rogers consolidou o sucesso de seu segundo álbum homônimo com Daytime Friends. Tornou-se um grande sucesso crossover, alcançando o número 2 nas paradas country e o número 39 na Billboard 200. Seus singles – Daytime Friends e Sweet Music Man – foram igualmente bem-sucedidos, chegando ao número um e número nove, respectivamente.

12. Christmas

 

Christmas, o décimo segundo álbum de estúdio de Rogers e o primeiro álbum de Natal, é uma compilação divertida e festiva de padrões natalinos como White Christmas, O Holy Night e When a Child Is Born. Os vocais ricos de Rogers são perfeitamente adequados ao material, resultando em um álbum cheio de calor e alegria. Lançado em 1981, atingiu a 10ª posição nas paradas country e a 27ª posição na Billboard Top Holiday Albums.

11. Once Upon a Christmas


Se você precisa de um pouco de alegria festiva nesta temporada de férias, dê uma volta em Once Upon a Christmas. O segundo álbum de Natal de Roger pode não ser inovador, mas está abarrotado de espírito festivo o suficiente para que isso não importe. Ele também tem Dolly Parton a bordo, o que nunca é uma coisa ruim. O álbum foi um sucesso, ganhando o prêmio Canadian Country Music Association de Álbum Mais Vendido em 1985 e certificando dupla platina.

10. Share Your Love


O décimo primeiro álbum de estúdio de Rogers, Share Your Love, foi lançado em 1981 com uma recepção estrondosa. Além de liderar as paradas country dos EUA e Canadá, também alcançou o topo da parada Adult Contemporary dos EUA e o número 3 na Hot 100. Posteriormente, foi certificado como platina nos EUA e dupla platina no Canadá. Internacionalmente, vendeu mais de nove milhões de cópias, tornando-se um dos álbuns mais vendidos de Rogers de todos os tempos.

9. Water and Bridges


Em 2006, Rogers ganhou um sucesso no final da carreira com seu vigésimo sexto álbum de estúdio, Water and Bridges, que alcançou o número 5 nas paradas country dos EUA e o número 14 na Billboard 200. Descrito pelo countrystandardtime.com como um "álbum gracioso que certamente agradará tanto os muitos fãs de longa data de Rogers quanto os ouvintes country contemporâneos", o álbum encontra Rogers aderindo à sua marca usual de música country suave e suave. Dado o quão bem ele faz isso, ninguém vai reclamar da falta de experimentação. As faixas de destaque incluem a contemplativa faixa-título, a comovente canção pop I Can Feel You Drifting e a maravilhosa Someone Somewhere Tonight.

8. We’ve Got Tonight


O 14º álbum de estúdio de Rogers (e seu último com a Liberty Records antes de mudar para a RCA Records) é We've Got Tonight. Lançado em 1983, tornou-se um sucesso internacional, alcançando o 3º lugar na parada country dos EUA, o 18º lugar na Billboard 200 e o 19º lugar no Canadá. Posteriormente, foi certificado como platina nos EUA e Canadá. O material é consistentemente forte, com o corte titular (que foi executado como um dueto com Sheena Easton ) se tornando um sucesso número um. Desde então, foi nomeada como uma das melhores músicas de Rogers pelo LA Times e várias outras publicações. Os outros singles (All My Life e Scarlet Fever) alcançaram o top 5 na parada country. O verdadeiro showstopper, no entanto, é You Are So Beautiful: apesar de nunca ter sido lançada como single, tornou-se uma das músicas mais populares de Rogers.

7. You Can’t Make Old Friends


O vigésimo sétimo e último álbum de estúdio de Rogers com material original foi lançado em outubro de 2013. Há o suficiente aqui para manter os fãs tanto do seu lado country quanto do lado pop igualmente felizes. Os destaques incluem o dueto de Dolly Parton, You Can't Make Old Friends (que pode não ser tão bom quanto o dueto anterior, Island of the Stream, mas é docemente melodioso demais para que isso importe), e o maravilhosamente emotivo, You Had to Be There.

6. Love Lifted Me

 

Após o fim do The First Edition, Rogers deu os primeiros passos em seu caminho para se tornar um megastar com seu álbum solo de estreia, Love Lifted Me. Ele superou as expectativas consideravelmente, alcançando a posição 28 nas paradas country e marcando um hit crossover com a faixa titular infligida ao gospel, que alcançou a posição 19 nas paradas country e a posição 97 na Billboard Hot 100.

5. Kenny

 

Rogers encerrou a década de 1970 em alta com seu oitavo álbum de estúdio, Kenny. Como diz a All Music , se algum álbum ajudou Rogers a se libertar do escaninho de ser um cantor country e se tornar o astro pop mediano que ele sempre foi destinado a ser, foi este. Lançado em setembro de 1979, ele liderou as paradas country no Canadá e nos EUA e alcançou a posição número 5 na Billboard 200. Ele também se saiu bem internacionalmente, alcançando o top 10 no Reino Unido e o top 20 na Austrália. Os destaques incluem o adorável single de sucesso, You Decorated My Life, e o Gambler-esque, Coward of the Country

4. Kenny Rogers

 

Após alcançar um pequeno sucesso com seu álbum solo de estreia, Love Lifted Me Up, a carreira de Rogers foi estratosférica com o lançamento de seu segundo álbum homônimo. Lançado em janeiro de 1977, ele subiu ao topo das paradas country, tornando-se o primeiro de 12 hits número um para o cantor. Também foi um grande sucesso do outro lado do oceano, alcançando o número um na parada de álbuns do Reino Unido. Seus singles foram igualmente bem-sucedidos - o primeiro, Laura (What He's Got That I Ain't Got?), atingiu o pico no número 19 nas paradas country, enquanto o segundo, Lucille, subiu ao topo das paradas country nos EUA e Canadá, ao mesmo tempo em que rendeu a Rogers seu primeiro hit número cinco na Billboard Hot 100.

3. Love Or Something Like It

 

O quinto álbum de estúdio de Rogers foi um grande sucesso, liderando as paradas country para se tornar seu quarto álbum número um. Apenas um single foi lançado – a faixa titular que está no topo das paradas – mas considerando a força do material, ele poderia ter feito sucesso com quase qualquer música da lista de faixas. As músicas podem ser mais pop do que os lançamentos anteriores de Rogers, mas ainda há melodias country tradicionais o suficiente para manter os puristas felizes.

2. Eyes That See in the Dark


Em 1983, Rogers convocou Barry Gibb, dos Bee Gees, para produzir seu 15º álbum de estúdio, Eyes That See in the Dark. Gibb também escreveu a maior parte do material, incluindo o dueto de sucesso com Dolly Parton, Islands in the Stream, que atingiu o número 1 nas paradas pop, country e adult contemporary da Billboard e terminou 1983 como a música country número um do ano. A música foi posteriormente certificada como platina nos EUA após vender mais de 2 milhões de cópias. Outros destaques incluem o hit número 3, Buried Treasure, e a faixa-título, que passou seis semanas na UK Singles Chart.

1. The Gambler


Se algum álbum estabeleceu Rogers como um dos artistas country mais populares e bem-sucedidos das décadas de 1970 e 1980, foi The Gambler. Lançado como seu sexto álbum de estúdio em novembro de 1978, o álbum liderou as paradas country no Canadá e nos EUA e atingiu a posição 12 na Billboard 200 – uma de suas maiores entradas na parada. Tanto a faixa-título quanto She Believes in Me se tornaram grandes sucessos de crossover, ajudando Rogers a alcançar tanto uma posição com o público pop quanto com o country. Seu apelo se estendeu além da música, com Rogers mais tarde estrelando uma série de filmes feitos para a TV baseados no personagem central da faixa-título.


Cassiano – Apresentamos Nosso Cassiano – 1973


Faixas:
01. O Vale
02. Slogan
03. A Casa de Pedra
04. Chuva de Cristal
05. Melissa
06. Castiçal
07. Me Chame Atenção
08. Calçada
09. Cinzas
10. Cedo ou Tarde

“Lançado depois do fracasso inicial de Imagem e Som e após um período em que o autor de “Primavera” estava sumido da mídia, Apresentamos…é o álbum mais ousado do cantor – mas era o pior disco que Cassiano poderia lançar para tentar chegar ao estrelato. O que era deliciosamente soul-pop no primeiro disco, com quedas para o rock e para o hippismo, tinha se tornado um soul psicodélico, experimental, com viradas bruscas na harmonia, orquestrações quase cinematográficas e letras de escrita automática. Vem daí a fama de “difícil” de Cassiano, que provavelmente deve ter descido o remo nos músicos que o acompanhavam para que mantivessem o ritmo e a melodia em músicas totalmente doidas, como o funk “Me chame atenção” e as progressivas “A casa de pedra” (com falsetes e vibratos que até assustam quem só conhece o Cassiano de “A lua e eu”) e “Castiçal”, cheias de partezinhas e de harmonias que poderiam estar num disco do Yes. As letras são um caso à parte: completamente surreais e experimentais, inserem viagens lisérgicas até mesmo em canções românticas, como na contemplativa balada “O vale” e no soul “Slogan” – isso sem falar na doideira da soul-country “Cinzas”, a canção mais inventiva do disco, quase lembrando um Syd Barrett negão e convertido ao funk. Já “Melissa”, canção que Cassiano havia feito para a filha recém-nascida, insere viradas na melodia em cortes bruscos. E na bela “Cedo ou tarde”, as variações harmônicas e rítmicas são tantas que Cassiano tem até dificuldades de entrar no tom certo. Dá até para começar a entender aquelas histórias que dizem por aí de que Tim Maia e Cassiano nunca conseguiram fazer um disco em parceria porque o Tim morria de vergonha de cantar na frente dele. ”

“Além de inovar em composição e arranjo, Apresentamos… vale por uma aula de gravação-mixagem, especialmente em faixas como “Calçada”, rock´n roll conduzido por piano Fender Rhodes e cheio de efeitos de eco, psicodelia pura. O disco soa como herança direta do lado mais experimental do soul, feito por artistas como Isaac Hayes e George Clinton, e como uma perversão lisérgica de todo o cenário soul-funk, ousando como poucos já haviam feito no Brasil em matéria de música. Acabou resultando em mais alguns anos na geladeira para o cantor, que só voltaria a gravar em 1976, com os singles “A lua e eu” e “Coleção” (em parceria com Paulo Zdanowski, músico de São Gonçalo – hoje médico – que já colaborava com Cassiano na época de Apresentamos…). Lançado nessa época, o LP Cuban Soul vinha com uma proposta mais pop, mas não deixava de mesclar vários ritmos latinos ao funk, soul e ao rock, revelando vários hits e se tornando o álbum mais popular do soulman. ”

“Nos últimos tempos, pouco se ouviu falar de Cassiano. Em 1991 a Sony Music foi pioneira ao fazer um tributo ao cantor (Cedo ou Tarde, com Marisa Monte, Ed Motta, Luiz Melodia, Cláudio Zoli, etc) e Cassiano, sumido até então, seguiria dando esporádicos shows. Em 1999, pouco antes do lançamento da coletânea Coleção, chegou a ser alardeado que Cassiano iria trabalhar com Guto Goffi, baterista do Barão Vermelho, e que tinha canções novas esperando para serem gravadas (algumas delas compostas nos anos 70, em parceria com Paulo Zdanowski) mas tudo ficou só no quase. Dono de um estilo e de um ritmo de trabalho próprios, Cassiano sofre até hoje com dificuldades de inserção no mercado – o resultado é que o Brasil, um país acostumado a estilos e ritmos de trabalho padronizados, quase não conhece a genial arte de Cassiano, um cantor-compositor fenomenal que chegou ao século XXI tendo que ser permanentemente “redescoberto”. Uma merda. ”

MUSICA&SOM

Considerações pessoais:

Ouvi esse disco a menos de uma semana e já viciei.

Já gostava do primeiro disco dele (Imagem e Som de 1971), mas é bem mais “certinho” e comum que esse, um ótimo disco de soul mas mais do mesmo (mesmo sendo um dos primeiros do estilo no Brasil).

Agora esse LP é uma coisa que fica até difícil de descrever, harmonias complexas, surpreendentes e incrivelmente belas, clima psicodélico com uma excelente produção pra época, orquestração muito doida e criativa, fiquei de boca aberta mesmo quando ouvi, fora as letras que são todas pra cima, otimistas e poéticas, falando de família, natureza, enfim, coisas boas da vida

Resumindo: Um dos melhores discos que eu já ouvi na vida, e não foram poucos discos que eu ouvi, que me conhece sabe.

Slogan:

Destaque

Em 23/12/1957: The Champs grava a canção "Tequila".

Em 23/12/1957: The Champs grava a canção "Tequila". Tequila é um rock instrumental mexicano de 1958, foi escrito por Chuck Rio e g...