sexta-feira, 27 de maio de 2022

Biografia Arctic Monkeys


 Arctic Monkeys é uma banda britânica de rock formada em 2002 nos subúrbios da cidade de Sheffield, na Inglaterra. O grupo é formado por Alex Turner (vocal, guitarra), Matt Helders (bateria, backing vocal), Jamie Cook (guitarra) e Nick O'Malley (baixo, backing vocal).

A banda já lançou seis álbuns de estúdio: Whatever People Say I Am, That's What I'm Not (2006), Favourite Worst Nightmare (2007), Humbug (2009), Suck It and See (2011), AM (2013) e Tranquility Base Hotel & Casino (2018). Seu primeiro álbum foi o disco de estreia que vendeu mais rápido na história das paradas de sucesso britânicas e, em 2013, a revista Rolling Stone o nomeou como o 30º melhor álbum de todos os tempos.[1][2]

O grupo venceu sete prêmios Brit Awards – incluindo a categoria "Melhor Grupo Britânico" e três de "Melhor Álbum Britânico" – e foram também nomeados para três Grammy Awards.[3][4] Eles ainda venceram um Mercury Prize em 2006 com seu disco de estreia.[5] A banda já foi headliner de vários festivais pelo mundo, incluindo o de Glastonbury, em 2007 e 2013.

Arctic Monkeys foi uma das primeiras bandas a chamar a atenção pública na internet, causando um grande impacto em como os grupos musicais pelo mundo promovem seu trabalho.[6]

História

Após ganharem suas guitarras no natal de 2001, os vizinhos Alex Turner e Jamie Cook montaram uma banda com seus amigos da escola, Andy Nicholson, que tocava baixo, e Matt Helders, que se tornou o baterista.

Sob o nome "Bang Bang", eles tocavam versões cover de bandas como Led Zeppelin e cantavam com sotaque de Sheffield. Após Alex assumir o vocal e a tarefa de escrever canções (ele na verdade já tinha algumas), eles mudaram o nome da banda para "Arctic Monkeys", tirado de um grupo do qual o pai do baterista Matt Helders fez parte nos anos 70. Segundo Turner, o nome foi passado de geração em geração, como uma receita.[7]

Após alguns dos primeiros concertos, em 2003, eles começaram a gravar CD demos e distribuí-los para o público. Como a oferta era limitada, os fãs copiaram as canções e as disponibilizaram pela Internet. Até um perfil da banda no site MySpace foi criado, tudo sem que os próprios membros estivessem cientes. Graças a essa divulgação viral pela grande rede, logo não apenas os amigos, mas centenas de pessoas cantavam todas as letras nos concertos.

Em 2004, sua popularidade chamou a atenção da BBC Radio One e da imprensa britânica. Mark Bull, um fotógrafo amador local filmou uma apresentação ao vivo e fez o videoclipe para "Fake Tales Of San Francisco", lançando-o no seu site, juntamente com a coletânea Beneath The Boardwalk.

Em maio de 2005 a banda lançou seu primeiro EPFive Minutes with Arctic Monkeys, com apenas 1500 cópias em CD e 2000 em vinil de 7", mas também disponível na iTunes Music Store. Em junho assinaram contrato com a Domino Records e logo depois, tocaram no Carling Stage, palco dos festivais de Reading e Leeds reservado para bandas menos conhecidas.

Em outubro, o primeiro lançamento pela Domino, "I Bet You Look Good on the Dancefloor", foi direto para o primeiro lugar nas vendas de compacto simples do Reino Unido, com 38.962 cópias. No mesmo mês, estamparam sua primeira capa da revista New Musical Express.

O segundo compacto simples, "When The Sun Goes Down", saiu em 6 de janeiro de 2006 e vendeu 38.922 cópias, novamente alcançando o topo das vendas.

Mesmo com o vazamento na Internet e o intenso compartilhamento de arquivos, o álbum de estréia Whatever People Say I Am, That's What I'm Not, lançado em 2006, alcançou cifras recordes de venda. As 120 mil cópias no Reino Unido só no primeiro dia ultrapassavam a soma de todos os outros álbuns do "top 20" do país nessa data, e a primeira semana foi fechada como 363.735 cópias.

Sem deixar a poeira baixar, em abril de 2006 lançaram um EP com cinco faixas, Who the Fuck Are Arctic Monkeys?. Apesar das altas vendas, o linguajar sujo das canções resultou em baixas execuções no rádio, o que não incomodou a banda. Logo após o lançamento do EP, a banda apresentou um novo baixista, Nick O'Malley. Inicialmente, Nick apenas substituiria Andy na turnê pelos Estados Unidos, mas depois foi anunciado que ele tinha deixado a banda em definitivo.

A banda em concerto, 2006.

Em agosto, lançaram "Leave Before The Lights Come On", o primeiro compacto simples a não alcançar o primeiro lugar de vendas. Pouco depois, o álbum Whatever People Say I Am, That's What I'm Not ganhou o Mercury Music Prize,[8] deixando para trás álbuns como The Eraser de Thom YorkeThe Back Room dos Editors e Black Holes and Revelations dos Muse.

Em abril de 2007 lançaram o seu segundo álbum, Favourite Worst Nightmare, o qual no dia 29 do mesmo mês já apareceu na primeira posição nas paradas britânicas. Deste álbum surgiram três singles, "Brianstorm", lançado em abril, "Fluorescent Adolescent", em julho e "Teddy Picker" em dezembro, encerrando a digressão do álbum.

Em 2008, Alex Turner, o compositor e também vocalista da banda teve seu "caderninho" de músicas roubado, o que atrasou o inicio das gravações do terceiro álbum da banda. O vocalista conta que ao tentar lembrar das letras das músicas roubadas, ele acabava criando composições completamente novas, o que segundo o próprio, resultou em um trabalho único. No final do ano de 2008, já com alguns riffs de guitarra e as canções prontas, o grupo iniciou as gravações do terceiro álbum. Contando com a produção de James Ford, que já havia trabalhado com Alex em The Age of the Understatement do The Last Shadow Puppets e de Josh Homme, muito procurado para produzir trabalhos de diversas bandas e também vocalista do Queens of The Stone Age, a banda gravou Humbug que foi lançado em 19 de agosto de 2009 no Japão, 21 de agosto no Brasil, Irlanda, Australia e Alemanha, dia 24 no Reino Unido e dia 25 nos Estados Unidos. Em 6 de junho de 2011 a banda lançou seu quarto álbum de estúdio intitulado Suck It and See, que vendeu mais de 100 mil cópias no Reino Unido.

Em 26 de fevereiro de 2012, em meio a rumores da gravação de um novo álbum, a banda lançou uma nova canção intitulada "R U Mine?" e em 18 de abril lançaram seu b-side, "Electricity".

Ainda em 2012, a banda foi convidada pelo duo americano The Black Keys para abrir os shows da turnê do álbum El Camino nos Estados Unidos.[9]

Em 28 de julho, o Arctic Monkeys tocou na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres de 2012,[10] e desde então seu cover da música "Come Together", dos Beatles, disparou nas paradas britânicas, bem como seu álbum de estréia, Whatever People Say I Am, That's What I'm Not, atingindo o topo de vendas seis anos após seu lançamento.[11][12]

Em 9 de setembro de 2013, o álbum intitulado AM foi lançado. O primeiro single deste disco foi a canção "Do I Wanna Know?", lançada em 18 de junho do mesmo ano.[13]

Em 19 de Fevereiro de 2014, o Arctic Monkeys ficou com os prêmios de melhor grupo e melhor disco do ano, com o AM, no Brit Awards.[14] Em 26 de dezembro de 2016, a banda anunciou um novo álbum.[15]

Em abril de 2018, a banda anunciou o lançamento do seu sexto álbum de estúdio, intitulado Tranquility Base Hotel & Casino, lançado em 11 de maio daquele ano. O disco foi bem recebido pela crítica.[16]

Influências

A banda cita como influência grupos como OasisThe Strokes e Queens of the Stone Age. Em entrevista para a Pitchfork, Alex Turner diz ter impersonado o Oasis em apresentações na escola, juntamente com Matt Helders. "Matt e alguns amigos colocaram (What's the Story) Morning Glory? e nós 'tocamos' com raquetes de tênis, fingindo ser o Oasis." Ainda sobre o Oasis, Turner diz que "com eles, é a atitude, como se resistissem contra todas as outras coisas que acontecem no mundo da música. Não sei se dá pra entender isso completamente... é como um impulso, certo? Principalmente quando se é tão jovem, você não raciocina, apenas pensa "isso é demais".[17]

Sobre os Strokes, Turner afirma que a banda o fez mudar completamente sua perspectiva das coisas, e foi responsável por introduzi-los a vários outros artistas.[18] O Arctic Monkeys também fazia muitos covers dos Strokes durante o início de sua carreira.

Helders aponta o Queens of the Stone Age como a maior influência no seu desenvolvimento como baterista, dizendo: "A coisa que mais me marcou foi assistir ao Queens of the Stone Age em um festival... assim que eles saíram do palco, pensei: 'preciso começar a tocar mais pesado'."[19]

Além dessas bandas, o Arctic Monkeys também cita como forte influência o rap e o hip hop. "Ganhei minha guitarra quando tinha 15 anos, mas eu não escutava muito rock na época. Tenho certeza que havia ótimas bandas, mas elas não chegavam até o nosso pequeno bairro a 20 minutos do centro de Sheffield. Nós gostávamos muito de ouvir Hip Hop", diz Turner.[17] Matt Helders afirmou que o rap ainda o influencia na bateria,[20] e também inspirou bastante Alex Turner liricamente em suas composições.

Outra grande influência que Turner cita para as letras da banda é o poeta inglês John Cooper Clarke, que o inspirou a compor sobre situações de seu cotidiano através de descrições detalhadas, algo muito presente nas letras do Arctic Monkeys.[7] O poema de Clarke "Out of Control Fairground" foi impresso dentro do single Fluorescent Adolescent do Arctic Monkeys, lançado em 9 de julho de 2007, e foi escrito especialmente para o lançamento, tendo como inspiração a personagem da música. O clipe do single, que retrata uma briga entre palhaços, foi baseado no poema.[21][22][23] Em 2013, o Arctic Monkeys incluiu em seu álbum AM o poema “I Wanna Be Yours” de Clarke, faixa que encerra seu quinto álbum de estúdio.[24]

Membros

Formação atual
Alex Turner se apresentando no Rio de Janeiro, Brasil, em 15 de novembro de 2014.
Antigos membros
  • Andy Nicholson – baixo (2002–2006)
  • Glyn Jones – vocal, guitarra rítmica (2002)
Membros de turnê
  • John Ashton – teclados, guitarra, vocal de apoio (2009–2011)
  • Ben "Goldfingers" Parsons – teclados (2011–presente)

Discografia


Álbuns de estúdio


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