domingo, 4 de dezembro de 2022

Resenha O Inimitável Álbum de Roberto Carlos 1968

Resenha

O Inimitável

Álbum de Roberto Carlos

1968

CD/LP

Bem, como vou começar? Esse álbum é espetacular, pra mim esse aqui e o de 1971 são os dois melhores álbuns de Roberto.
Esse disco foi o primeiro de Roberto Carlos fora da famosa Jovem Guarda, isso abriu novas possibilidades de experimentações em seus próximos discos.
Nesse disco você encontra de tudo um pouco do que Roberto fez desde o início de sua carreira e após também.
Ele tem a instrumentação "Jovem Guardista" com letras poéticas, e romantismo que se aprofundaram no álbum de 1971, você encontra um pouco da influencia Soul, e melancólica na qual Roberto se aprofundaria nós dois seguintes álbuns.
Esse álbum começa com "Eu não vou mais deixar você tão só" que é simplesmente incrível, uma letra muito bem elaborada pelo Antônio Marcos e entregada a voz de Roberto, que a esse ponto de sua carreira tinha melhorado muito sua condição vocal, é uma música serena e poética com uma pitada de desespero na frase "Ah Por isso foi que eu decidi..." É incrível uma música que toca você de uma maneira muito linda. 
A próxima é "Ninguém vai tirar você de mim" que em minha visão tem um esquema que seria bastante usado em discos a frente do Roberto, que é o início da música em tom menor, e o refrão subindo para o tom maior tornando a música extremamente bem elaborada.
"Se você pensa" parece um grito de ódio com a liberdade poética, que em minha visão já havia se distanciado muito das letra musicais da Jovem Guarda.
"É meu, é meu, é meu" acho uma recaída tola ao som da Jovem Guarda, e isso o torna a música meio besta, e meio engraçada até, mais mesmo assim ainda acho um ponto fraco no disco.
"Quase fui lhe procurar" é simples mais tem uma entrada de cordas muito rasgante e bonito, e tem uma letra bem romântica bem elaborada.
"Eu te amo, te amo te amo", para alguns pode ser considerada a música do disco, e simplesmente espetacular só ouvindo para reconhecer essa pérola. Com ritmo meio "Jovem Guarda" do álbum anterior mais com uma letra bem poética, para os padrões que Roberto estava fazendo até àquele momento. Então considero essa música uma transição do Jovem ao Velho Roberto.
"As canções que você fez pra mim", e estranha(no melhor sentido dessa frase) porque você escutando ela sem atenção pode parecer "apenas mais uma" mais se escutar bem, ela e uma música que faz você viajar e refletir profundamente ( coisa que só Roberto era capaz de fazer!).
"Nem mesmo você" é uma música muito boa, e talvez até um pouco esquecida( eu acho!) Mas essa música é muito simples com uma progressão de acordes muito boa!.
"Ciúme de você" é uma música que parece um pedido de ordem, é muito espetacular, foi uma das músicas que me fez conhecer Roberto Carlos de verdade, na qual tenho muito carinho e sempre canto nos meus shows, essa música é daquela para todos cantar juntos igual a "Eu te amo, te amo, te amo.
"Não há dinheiro que pague" é lindo, tinha esquecido da experimentação dessa música, foi escutando o álbum novamente que percebi a genialidade dessa música, os vocais femininos
no refrão são muito bons!!!
"Só levo comigo" é a simplicidade que Roberto Carlos retornaria a ter no álbum de 74! Entre a Melancolia e o romantismo e incrível.
"Madrasta" Uma música que eu sinto a mudança do Roberto Carlos em querer fazer algo diferente, mais mesmo assim ainda acho meia confusa, então peço para que escutem para tirarem a conclusão de vocês sobre esse álbum.
Esse é um disco que tem de Antônio Marcos a Renato Teixeira, de Roberto/Erasmo a Luiz Ayrão, ou seja um disco com muito compositores e com muita diversificação ainda pouco Homogênea, mais não entendo isso como ruim pela contrário torna esse álbum único em todos os sentidos.
É um disco que é diferente mais ao mesmo tempo iguais aos discos do Roberto, e isso o faz na minha opinião um dos melhores do Rei.
Acho 5 estrelas muito bem merecido a esse álbum, ele é a representação de Roberto em todas sua fases, ou seja, INCRÍVEL.

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