The Weeknd é um das figuras mais interessantes que surgiu no mundo da música há alguns anos. Fazendo uma espécie de R&B futurista, com muitas influências do Pop oitentista de lendas como Michael Jackson (aliás, é impressionante como a voz dele se parece com a de MJ) e Prince, em 2020, ele retorna com um novo álbum, o quarto de sua carreira, batizado de “After Hours”.
O disco mantém a sonoridade não tão distante dos trabalhos anteriores, com uma mistura moderna de R&B e Trap, mas desta vez, The Weeknd parece ter inserido ainda mais sua paixão pelos anos 80, preenchendo as batidas das músicas com teclados e sintetizadores com timbres muito bem sacados e característicos da época.
O disco inicia de forma mais dark, num R&B leve, exemplificado com ótimas faixas como “Too Late”, “Hardest To Love” e “Scared To Live”. Um pouco mais da metade, o álbum direciona pra uma pegada 80s capaz de agradar a qualquer fã da sonoridade típica do Synthpop daqueles tempos. O principal single “Blinding Lights”, juntamente com outras ótimas canções mais dançantes como “In Your Eyes” e “Save Your Tears”, exalam o que há de melhor do Pop oitentista, com batidas perfeitas e contagiantes para pista de dança, como se o Daft Punk se unisse ao A-ha dos anos 80.
The Weeknd produziu um ótimo álbum, capaz de agradar a gregos e troianos se deixarem o preconceito com o Pop mainstream atual de lado. Canaliza muito bem todas as suas influências e entrega o disco mais consistente de sua trajetória, que a partir de agora, promete ainda mais futuramente.
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