terça-feira, 17 de setembro de 2024
Manowar é uma banda de heavy metal americana de Auburn, Nova York
Luke Haines – I Sometimes Dream Of Glue (2018)
A grande questão, se assim quisermos colocar as coisas, será perceber se I Sometimes Dream of Glue deve ser entendido como mais um disco do ex-líder dos The Auteurs, ou se deveremos olhar para esta obra como um pequeno livro de contos. Parece estranha a dúvida? Não, nada disso. Quando se trata de Luke Haines, nada nos deve espantar.
De facto, Luke Haines é um dos mais improváveis tesouros das terras de Sua Majestade. Musical, como sempre soubemos, mas também literário, uma vez que Luke Haines foi escrevendo, ao longo dos tempos, vários livros de bom valor. No entanto, o seu mais recente trabalho faz por combinar ambas as coisas. Música e história (no sentido ficcional do termo e de forte pendor narrativo) cruzam-se em I Sometimes Dream of Glue. Não é a primeira vez que tal coisa acontece, e estamos em crer que não será a última. Os enredos, tanto os anteriores como este mais recente, são sempre inusitados, peculiares, tirados de uma cabeça em constante sobressalto criativo. É bom estarmos preparados para quando um novo trabalho de Luke Haines nos surge. Por muita imaginação que tenhamos, ficamos sempre muito aquém da realidade proposta. É a lei de Haines a mostrar uma vez mais as suas idiossincrasias.
Num disco muito acessível, talvez mesmo o mais acessível dos últimos anos, a mente criadora por detrás dos The Auteurs imaginou uma narrativa complexa e divertida ao mesmo tempo. Por volta de 1940, um conjunto de camiões dos Serviços Especiais Britânicos transportava um líquido peganhento e mortal que tinha como destino a Alemanha. Deveria ser derramado por via aérea no país de Hitler, mas tal nunca veio a suceder, muito provavelmente por questões de sabotagem da delicada operação. O que aconteceu, isso sim, poderá ainda hoje estar visível aos olhares menos míopes. Nos arredores de Londres, há uma minúscula cidade chamada Glue Town com cerca de 500 habitantes, cada qual com cerca de 63,5 milímetros de altura que resultou do derramamento do fatal líquido atrás mencionado em local não desejado. Ao que parece, esses habitantes encolheram devido a esse cruel produto, vivendo da dieta desse estranho produto solvente e ainda da prática frenética de sexo. Não lhe contamos o resto da história porque isso fará parte do divertimento que sentirá ao ouvir I Sometimes Dream of Glue que nós, naturalmente não queremos estragar. Vale a pena.
Do ponto de vista musical, o mais recente longa duração de Luke Haines parece ter sido feito um sem grandes pretensões. Não aspira a hits nem a tops, seguramente. Os 14 temas que o preenchem são de uma simplicidade absoluta. Melodias simples, ritmos quase apáticos, embora rico em elementos “pastorais” (flautas em abundância em alguns temas do álbum dão esse tom à generalidade do disco). Na verdade, I Sometimes Dream of Glue é uma disco narrativo e pouco mais do que isso. A voz mais falada do que cantada (embora tal coisa apenas se verifique em algumas canções) de Luke Haines encarrega-se de narrar os vários acontecimentos ficcionais que consubstanciam o disco em questão. Não há temas que se destaquem, uma vez que parece clara a ideia de que o todo terá de prevalecer sobre a soma das partes.
I Sometimes Dream of Glue poderia ser a banda sonora de um pequeno filme / doumentário de animação, por exemplo. O imaginário cinematográfico do trabalho leva-nos a “assistir” a um incomum enredo na nossa cabeça enquanto ouvimos o que Luke Haines inventou desta vez. No entanto, o disco está uns pequenos furos abaixo dos recentes e vigorosos Smash The System (2016) ou de New York in The ’70s (2014), mas ouve-se com agrado, sobretudo se se insistir em repetidas audições.
Deixe-se surpreender por mais esta fatia sonora da arte de Luke Haines. Contar histórias é também uma forma digna de fazer música, por isso acho que valerá a pena arriscar. Não é necessário o uso de máscaras de oxigénio ou afins (não nos esqueçamos do assunto do disco), por isso pode avançar de forma segura neste I Sometimes Dream of Glue.
Reis da República – Fábulas (2018)
O belíssimo disco de estreia dos Reis da República é um caldeirão onde cabe pop, psicadelismo e prog, num dos melhores trabalhos que a música portuguesa nos deu este ano.
Demos de caras com os Reis da República num Baile Rock Altamont, há coisa de três anos, nos quais estes garotos nos surpreenderam e agarraram de imediato. Na altura, o que nos marcou os sentidos foram a energia, alguma ingenuidade e muita vontade de fazer música, que já era evidentíssima.
No ano da graça de 2018, chega-nos Fábulas, o primeiro álbum da banda de Lisboa, que se segue a um EP mais rockeiro, que já tem algum tempo. Neste percurso, desde o dia em que os vimos no pequeno mas carismático palco do Sabotage, no Cais do Sodré, a grande dúvida seria de caminho, ou melhor, o que o caminho faria a esta malta. Iriam polir a sua pop libertária e anárquica? Iriam fixar-se num dos pontos fortes do seu som e especializar-se nele? Iriam colocar ainda mais ingredientes no seu caldeirão de influências evidentes?
Podemos dizer, agora, que nada tínhamos a temer. Fábulas mostra-nos uma banda que, tendo como matriz a estrutura da canção pop, não se limita a fazer o óbvio. Neste cozinhado inesperado cabe muita coisa: pop, rock, psicadelismo, prog, toques pastorais, blues e outras coisas que, de tão misturadas, se tornam difíceis de identificar (o que, aliás, é desnecessário).
Não que o disco seja atafulhado. Tudo soa limpo e tudo soa fácil. Simplesmente, os Reis da República recusam-se a ficar quietos num só cantinho, e isso não facilita a tarefa infrutífera e vã de os colocar numa qualquer gaveta. Se esta indefinição é sinal, na maior parte das bandas jovens, de indecisão, em Fábulas há uma descomplicação estilística absolutamente encantadora. Sejam as flautas que surgem inesperadas mas tão refrescantes e adequadas, seja a voz naif e ao mesmo tempo segura de Madalena Tamen – confortável e sedutora nos vários registos -, seja nas teclas progressivas de José Sarmento, que dão ao som da banda boa parte do seu carácter distintivo e diferente.
Em 2015 falámos dos Reis da República como se os Arctic Monkeys, em vez de quererem ser os Strokes, quisessem ser os Pink Floyd (ou os Gentle Giant, acrescentamos agora). Não podíamos saber, então, mas estávamos bem perto da verdade.
Fábulas é um disco fresco, surpreendente, sempre interessante, de uma banda que tem ideias musicais e, milagre!, não tem medo de ir atrás delas, a ver onde a ousadia vai dar. No meio de tanta coisa boa, só temos uma queixa: queríamos mais! Dez temas em 24 minutos deixa água na boca, e que vontade sentimos de que a banda se libertasse ainda mais em deambulações cósmicas. A viagem é bem boa, mas há tanto espaço sideral para explorar…
Os Reis da República são já um dos projectos mais interessantes a surgir na música portuguesa nos últimos anos. Com Fábulas assinam um belíssimo disco de estreia e, sem qualquer sombra de dúvida, um dos trabalhos mais marcantes da produção musical nacional de 2018.
IDLES – Joy as an Act of Resistance (2018)
Em ano bastante positivo para o rock, os IDLES ajudam a puxar o barco, com um contributo visceral e intenso.
Para dar um pouco de contexto a quem está a descobrir os IDLES neste momento – são uma banda de Bristol, cidade que também já deu ao mundo os históricos Massive Attack e Portishead, mas pouco têm a ver em termos sonoros com as mesmas. O punk é a verdadeira força motriz do grupo, já roçando nas fronteiras com o pós-punk e o hardcore, dada uma complexidade bem para lá de 3 acordes e siga a banda. Lançaram em 2017 o seu álbum de estreia, Brutalism, e causaram estrondo sobretudo no underground britânico, tendo usufruído de uma excelente oportunidade de se darem a conhecer ao abrirem para o concerto dos Foo Fighters em Londres.
Ei-los então em 2018, a defender a utilização da alegria como ato de resistência, resistência a todo o status quo actual, tal como fez nos idos finais dos anos setenta o movimento punk original. Os IDLES, através das palavras do vocalista Joe Talbot, disparam em várias direções, seja o Brexit e a incoerência da sociedade britânica nessa decisão, o machismo, o racismo, a frieza nas relações vividas nos dias de hoje, o uso assolapado de tecnologia. Fazem-no de uma forma aguerrida, gritando-nos aos ouvidos, com guitarras frenéticas e sempre a abrir. Hardcore puro e duro, fazendo-nos sentir bem a energia de estarmos não em casa, não no carro, não num escritório com fones nos ouvidos, mas numa sala de concertos, com o suor de Talbot a cair-nos em cima.
“Colossus”, tema de abertura, é um ópera em dois atos, o primeiro com Talbot num confessionário (“Forgive me father, I have sinned”) a partilhar a dificuldade de ter de gerir sombra do pai; o segundo explosivo, catártico, mostrando-se a ele próprio como partes Fred Astaire, partes lutadores de wrestling ou Evel Knievel. Partimos para “Never Fight a Man with a Perm”, sempre em ritmo vertiginoso, e para o que poderia ser o “Creep” de 2018 – “I’m Scum”, aceitando que se pense isso dele, mas pouco se marimbando para a opinião dessas pessoas e para debates que proliferam na sociedade actual inócuos, sendo neste caso o exemplo escolhido poder ou não um actor negro desempenhar o papel de James Bond.
“Danny Nedelko” é a melhor forma de mostrar a incoerência de uma sociedade que tanto beneficiou de um multiculturalismo e agora parece recusar totalmente esse aspecto da sua existência. Talbot fá-lo chamando para o “palco” nomes como Freddie Mercury, Mo Farah, Malala, para além de Nedelko (seu amigo britânico de raízes ucranianas). “Love Song” ataca a pouca vontade de esforço que uma relação requer, ironizando com “Look at the card I bought / It says “I love you” e chega. “June” é a canção mais dura do álbum, trazendo à tona o momento mais dificil de Talbot – a morte no nascimento da sua filha. Talbot fá-lo de forma crua, utilizando parte de um breve conto “babies shoes, never worn”.
Mais para a frente, “Samaritans” pretende mostrar a falência do modelo de macho que existia na geração anterior a esta, enquanto que “Television” ataca um tema cada vez mais premente, a relação entre humanos e tecnologia, a dependência de um sobre o outro, que, não sendo de agora, avança a um ritmo desregrado, descontrolado. Mesmo a encerrar o álbum “Rottweiler” é uma ode de sete minutos de barulho visceral, como se de um encerramento de concerto se tratasse, onde já vale tudo, desde solos a destruição de guitarras até ficar só o pedal a debitar som. E assim ficamos também nesta crónica, com os ouvidos a zumbirem, mas com a vontade de deixa lá ouvir esta merda outra vez.
Advance Base – Animal Companionship (2018)
É criminosa a quase total ignorância que grassa em relação a Owen Ashworth e à musica que vem fazendo desde os tempos de Casiotone For The Painfully Alone. Entretanto, o californiano mudou o nome do seu projeto e é como Advance Base que se apresenta desde 2012. O seu novo disco é uma verdadeira pérola e vem repleto de histórias sobre cães, arrependimentos, mortes e outras terríveis dores humanas.
Chama-se Animal Companionship o mais recente disco do muito talentoso Owen Ashworth. Para os que não o conhecem, e serão muitos, demasiados até, seria interessante que passassem a conhecê-lo recuando aos tempos dos maravilhosos discos Answering Machine Music (2001), Pocket Symphonies for Lonesome Subway Cars (2001), Twinkle Echo (2003), Etiquette (2006) ou Vs. Children (2009), quando se apresentava através da fantástica designação de Casiotone For The Painfully Alone. No entanto, é como Advance Base que vem trilhando novos caminhos, embora a sua marca sonora identitária se mantenha basicamente a mesma. Ainda bem. É desse som sujo, gasto, que parece vir sem pressas do fundo de um escuro corredor, que tanto gostamos. Já não tínhamos notícias frescas de Owen Ashworth desde Nephew in the Wild (2015), isto se não tivermos em conta In Bloomington, registo ao vivo gravado em dezembro desse mesmo ano.
O som claustrofóbico que lhe é tão particular mantém-se igual. As melodias que parecem sonhos ou pesadelos (há que entender o que Ashworth canta para que percebamos em que categoria onírica as poderemos arrumar) permanecem lindas, tocantes, magistrais. A nostalgia e a melancolia a que nos foi habituando segue triunfante neste Animal Companionship, disco de pouco mais de meia hora de duração, composto por dez deliciosos momentos sonoros. “True Love Death Dream”, o tema que inicia do álbum, é o que poderemos chamar de um instant classic à maneira de Owen Ashworth. Está lá tudo o que gostamos nele, mas sobretudo a trágica beleza do que nos conta, o embalo que arrepia, o som dos anjos ligeiramente desalinhados, de cabeleira longa e desfraldadas roupas escuras. É melhor explicarmos: depois de um trágico acidente de viação, desfez-se o sonho da vida futura de um casal. O sobrevivente, algum tempo depois, usou o nome do amado morto para o dar a um cão que passou a ter. A história é simples, mas a canção é portentosa, sofrida e bela ao mesmo tempo. Dá o mote a todo o disco, e todo o disco é assim: uma esteira de perfeição sonora ao alcance de poucos.
Com Owen Ashworth, less is more. Utilizando os aparelhos eletrónicos de sempre, Ashworth elaborou mais um compêndio de amor, de perda e dor. Fê-lo em vários temas, como se fossem capítulos de uma história repleta de momentos de beleza arrepiante, coisa que, vindo de quem vem, não é de estranhar. Ouça-se “Dolores & Kimberly” e um pequeno sol nostálgico parece fazer nascer o dia dentro de nós. Pode vir a estar nebuloso, mas isso pouco importa. Haverá sempre beleza na cinza dos dias. O mesmo acontece com “Your Dog” e restantes canções de Animal Companionship. Basta este ou qualquer outro disco seu para que se perceba estarmos na presença de um génio que sabe perfeitamente que faz a música que quer para si e para poucos. É, portanto, um disco de culto de um artista de culto que parece não se preocupar muito com qualquer outra coisa para além da sua música feita através de sintetizadores e outras pequenas e semelhantes máquinas de som. No entanto, desses recursos minimalistas nasce sempre uma obra digna dos maiores elogios. Nós já nos escusamos a usá-los. De pouco ou nada servem. Nunca se ouvirá Advance Base nas rádios portuguesas, nunca se promoverá concertos de Owen Ashworth em Portugal, embora quiséssemos muito estar enganados.
Ouçam Animal Companionship e fechem os olhos. Que se abram apenas à pacificadora beleza dos seus sons, das suas histórias, das suas canções. Elas serão sempre o que não esperava ouvir. Elas serão sempre o que passará a querer ouvir.
Oh Sees – Smote Reverser (2018)
Os Oh Sees continuam a sua evolução e transformam-se numa autêntica banda de rock progressivo moderno. Smote Reverser é a conclusão lógica de 20 anos de carreira.
A progressão dos Thee Oh Sees é interessante mesmo quando vista à distância: Quando John Dwyer, estreou o projeto a solo este consistia apenas do próprio e uma guitarra acústica, como é documentado no primeiro disco 1 de 2003. Depois de 4 discos de folk mutante chegou a hora de tornar o projeto numa banda a sério e as primeiras sementes dos Oh Sees que conhecemos hoje foram plantadas em 2006 com The Cool Death of the Island Raiders. O garage rock começou a influenciar o grupo e The Master’s Bedroom Is Worth Spending a Night In, de 2008, viu-os abandonar as suas tendências folk finalmente.
Ao longo dos anos, a banda foi absorvendo influências do rock psicadélico, do punk e do krautrock e o seu som foi ficando cada vez mais pesado, como é documentado em discos mais recentes como Mutilator Defeated at Last e A Weird Exits, de 2015 e 2016 respetivamente. No ano passado, Orc mostrou ao mundo que John Dwyer e companhia tinham saído definitivamente do casulo e, com a abreviação do nome para apenas Oh Sees, começava então uma nova fase da banda, mais influenciada pelo krautrock, rock progressivo e até pelo metal. E assim chegamos a Smote Reverser que, apesar de poder ser perfeitamente apreciado sem o contexto dado acima, ganha com ele uma nova camada de significado.
A transformação sente-se imediatamente em “Sentient Oona”: sem a pirotecnia do costume, ouvimos uma guitarra subtil, jazzística até, a colorir o silêncio sobreposta pela voz sussurrada de Dwyer e os coros de Brigid Dawson. Mesmo nas partes mais pesadas da canção percebemos que o ênfase não está na agressão mas na atmosfera. A brincalhona “C” continua esta tendência com um riff orelhudo baseado numa única nota de teclado repetida ao longo da música. É de notar que os sintetizadores, que têm andado a ganhar uma importância crescente no som da banda, são muito mais indispensáveis neste álbum do que nos trabalhos anteriores do grupo.
E, de repente, a casa vai abaixo. A fúria de “Overthrown”, provavelmente a canção mais pesada em todo o extenso repertório da banda, é um buraco negro de distorção. É como se toda a contenção demonstrada nas músicas anteriores servisse apenas de pretexto para que os músicos pudessem soltar-se completamente nesta canção. Depois de um solo fraturado, a poeira assenta e sentimos a sinergia de uma banda que está claramente a viver os seus anos dourados. Mais tarde, “Abysmal Urn”, no geral mais contida que “Overthrown” tem, nos seus momentos mais frenéticos uma intensidade equiparável cuja diferença mais marcante seja talvez o seu solo mais “quadrado”.
Os últimos anos têm visto o grupo a aventurar-se e a acrescentar alguma experimentação ao seu som. O espírito de bandas como os Yes ou os Rush está bem vivo em “Last Peace” que contém um sample de violino nos seus versos, o seu drone insistente dando alguma coerência a uma música que viaja um pouco por todos os lados em solos e secções (aparentemente) improvisadas. Todas estas influências são corroboradas por “Anthemic Aggressor”. Ao longo dos anos fomos vendo o grupo a esticar as suas canções: a faixa-título de Warm Slime de 2010 é uma canção relativamente normal com particularidade de durar treze minutos, “Keys to the Castle”, do álbum Orc, contém apenas uma secção final que abusa da paciência do ouvinte com a sua incessante repetição.“Anthemic Aggressor”, não sendo a primeira música dos Oh Sees a passar dos dez minutos é a primeira que o justifica por inteiro.
Acabamos a viagem da forma mais apropriada. Os Oh Sees sempre tiveram jeito para fazer canções que começam de forma subtil crescendo em intensidade e acabando por explodir deixando o ouvinte transformado e exausto. “Beat Quest” não é diferente: os seus sintetizadores viscosos e a sua guitarra maníaca serpenteiam e transportam-nos do pântano para uma estranha pista de dança povoada por druidas, monstros grotescos e, lá no fundo sentado a um canto, John Dwyer a segurar um copo de vinho barato.
Destaque
Methexis: Suiciety 2015
Fundado em Atenas, Grécia em 2011. O projeto grego METHEXIS (ΜΕΘΕΞΙΣ em grego) é o veículo criativo de Nikitas Kissonas (ex-VERBAL DELIRI...
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