segunda-feira, 3 de julho de 2023

Resenha Call Of The North Álbum de Frozen Crown 2023

 

Resenha

Call Of The North

Álbum de Frozen Crown

2023

CD/LP

A verdade é que ninguém aguenta bandas megalomaníacas de power metal sinfônico ou seja lá o que for, eu chamo a maioria de power bosta metal.

O truque nem é mais truque, todos conhecem o dramalhão inconsistente em captar trechos de música clássica, escolher uma garota bonita cantando no modo operístico, um tecladista sádico, um ou dois marmanjos acelerando a tempestade em acordes, e ... a cereja do bolo pilado : um baterista retardado incapaz de tocar com freios, escravizando o instrumento em rumo deveras irritante.
Por aqui, mais uma das milhares de bandas genéricas espalhadas no mundo, essa é da Itália.
A praga espalhou como sarna e agora todo mundo coça de raiva.

Frozen Crown apresenta ganchos tão decorados quanto a tabuada do nove. É sempre a novela que não sai do primeiro capitulo e tem um fim com os integrantes em fogueira rodeada por bruxas que não sabem fazer um arroz.
Mesmo com interlúdios e espaço para tirar a água do pendrive (ir ao banheiro), o processo é o mesmo. Progressões são bem elaboradas no meio da lambança (caso de Black Heart), todavia, perdidas na lamúria de cantoria lírica. Por bem cairia como chuva abençoada um instrumental dedilhado para apaziguar os nervos, calma garotos e garotas, tentem fazer sem pressa e represar o loudness war. Peguem a moda, é direito seus, e usem ao menos um diferencial para não transformarem-se em números, finquem identidade ao som.
Winterbane - o álbum anterior, é recheado de exagero, porém, menos desesperante e com guitarras cavalgadas, houve retrocesso nesse sentido.

Estou quase na metade da escavação e só encontro pedras e lama.
O baterista possuído esbraveja técnicas jogadas na lata do lixo, se tocar bateria é isso, que substituam o instrumento por arranjadores modernos ou qualquer programa meia boca.
Sem chances, não existem disparidade, pecam jogando tijolos na construção do templo dos homólogos, sim, essa é a palavra !
Quando a mulher abre a boca o inferno recomeça e o fogo queima as orelhas pela voz mais sofrida que joelho de freira em semana santa.
Pode ser bem feito, ter produção correta e o que imaginar, só não tem alma.


Resenha American Dream Álbum de Crosby, Stills, Nash & Young 1988

 

Resenha

American Dream

Álbum de Crosby, Stills, Nash & Young

1988

CD/LP

Idas e vindas fazem parte da história do trio Crosby, Stills & Nash, sendo que o relacionamento entre eles sempre foi o problema principal. Com Neil Young então a coisa ainda era mais complicada, já que o músico canadense é conhecido pelas mudanças repentinas de opinião e tomadas de decisões de última hora. Quase vinte anos se passaram até que o trio pudesse ser novamente um quarteto e registrar em estúdio a sequência do clássico "Déjà Vu".

Estamos nos aproximando do final da década de oitenta. A carreira de Neil Young já não desfrutava do melhor momento em termos comerciais, David Crosby tinha passado um tempo preso por porte de drogas, e Stills e Nash caminhavam em paralelo com suas carreiras de maneira mais discreta. Quando as estrelas se alinharam, Young impôs a condição de que Crosby deveria estar limpo e livre dos vícios para que enfim colocasse a vida nos eixos e pudesse se comprometer devidamente. Com tudo certo e orquestrado, o quarteto partiu para o rancho de Young em Woodside, California, para registrar "American Dream".

O maior pecado de "American Dream" é ser visto como a continuação de "Déjà Vu", um dos maiores discos da história da música. Aqui o folk e a pegada mais blues rock ficaram para trás, dando lugar a um trabalho feito por senhores mais maduros, tranquilos e, por consequência, menos ousados. O disco traz uma abordagem bem soft rock, com um pouco de AOR bem característico dos anos 80. Fato é que, além dos detalhes já mencionados e como o próprio David Crosby veio a dizer anos depois, "American Dream" tem faixas demais e não conta com um bom pacote de canções. Tenho que concordar, embora esteja muito longe de ser desconsiderado por completo.

Gostaria de começar com as canções que são - infelizmente - descartáveis. "Shadowland" é um equívoco enorme de Graham Nash e é a pior faixa do disco, um pop da época bem esquisito. "Nightime for the Generals" e "Compass" de David Crosby também são bem abaixo da média, sendo que a segunda ainda ganha pontos pela sua excelente performance acústica e vocal, além de ser um testemunho dos seus anos perdidos com os famosos excessos da vida de artista. "Drivin' Thunder", de Stills, é recheada de boas intenções por ser mais rocker, mas também deixa a desejar.

Quem não falha por aqui é Neil Young. Autor das três melhores faixas do disco, a sátira de abertura "American Dream", bem soft rock, a pegajosa "Got It Made", composta com Stills, e a lindíssima e intimista balada "This Old House". "Name of Love" e "Feel Your Love" também se destacam positivamente. Nash acerta com suas melodias mais densas em "Don't Say Goodbye" e "Soldiers Of Piece", a primeira uma bela balada e a segunda com sonoridade mais épica. "Clear Blue Skies" também de sua autoria, também é bem bonitinha, com melodia singela e ótimas harmonias. Por fim, Stills acerta quase 100% em "Night Song", que não brilha tanto quando seus grandes hits, mas funciona bem em um movimento também mais rocker.

Apesar de diversificado entre as faixas, "American Dream" frustrou um pouco os saudosistas, já que a apresentação de CSN&Y como um quarteto sempre foi um evento grandioso. Mesmo assim, ouvir esses caras cantando juntos é sempre gratificante e agradável aos ouvidos. Pode não ser o melhor momento do grupo, mas ainda sim é um disco que tem seu valor.

Tracklist:

American Dream	3:15
Got It Made	4:36
Name Of Love	4:28
Don't Say Goodbye	4:23
This Old House	4:44
Nighttime For The Generals	4:20
Shadowland	4:33
Drivin' Thunder	3:12
Clear Blue Skies	3:05
That Girl	3:27
Compass	5:19
Soldiers Of Peace	3:43
Feel Your Love	4:09
Night Song	4:17


Resenha Mirror To The Sky Álbum de Yes 2023

 

Resenha

Mirror To The Sky

Álbum de Yes

2023

CD/LP

Não posso negar, Mirror to the Sky supera alguns discos pavorosos concebidos pela banda, a produção é equilibrada, o som do contrabaixo faz jus a história de Chris Squire e conseguimos aguentar um vocalista que não deveria estar ali, esforçado, porém, nada desafiador.
Então o fluxo segue em canções que logo são esquecidas e outras realmente saborosas, essas, de maior cota.

All Connected tem baixo estonteante e bons momentos, infelizmente determinados insights são diluídos com Jon Davison.

Living Out Their Dream guarda a genialidade solista de Steve Howe e resume a trajetória subsequente.
Muito além do fraco Open Your Eyes, do confuso The Ladder ou do capenga Heaven & Earth, também com vantagem sobre o penúltimo, o novo ato tem tudo para agradar quem não vive sob a sombra de Close to the Edge.

Percebam que a faixa homônima resgata parcelas de Drama (1980), é a melhor peça, muito por conta do final grandioso.

Descalibrando a balança, Circles of Time é um pé no saco adocicado em questões folk.
Toda grandeza de Howe e a cozinha extremamente competente, ainda não bastam para a unicidade completa. De toda forma e desconsiderando letras inócuas, obtemos o melhor instrumental desde Magnification.
Não esqueçam de ouvir a levada agradável de Magic Potion, ideal para o fechamento.

Revelo que a primeira vista gostaria de malhar o álbum, mas ... não posso lutar contra o que ouço. Essa raiva explica-se na falta da voz intacta e virtuosa de Jon Anderson, reflete o Yes que aprendi a amar.
Do mais, um lançamento interessante a ser aspirado atentamente para não cairmos na armadilha do julgamento precoce.


Resenha Tem Pra Todo Mundo Álbum de Viper 1996

 

Resenha

Tem Pra Todo Mundo

Álbum de Viper

1996

CD/LP

Infelizmente não consegui ouvir nada que prestasse em leques de lançamentos. Pensei em fazer com o Foo Fighters, mas a banda é igual caminhão de melancia, tanto faz se é tudo igual. Então peguei essa obra maravilhosamente ridícula, arrastei para Cristo mesmo, e vou chicotear sem dó, até porque o Viper está longe de ser filho de Deus e merece cada bordoada no lombo.
A real é que eles começaram bem e "terminaram" de forma patética com Tem Para todo Mundo, sequencia primordial do fim que poderia ter ocorrido no horroroso Coma Rage. Alias, vou além, acabou com a saída de André Matos, pois Evolution não é nada extraordinário.

Cantado em português, esse arremesso de merda a distância conseguiu achar dezenas de defensores, é, nem o fumante John Constantine explica ou exorciza.
Uns lembram a época da MTV, outros deslumbram letras idiotas e o restante engole qualquer nota.
A bestialidade desse novo Viper fez o favor de afasta-los por um longo tempo, afinal, o Viper é que nem parente chato, quando sai da sala o coração volta a bater feliz.

Todas as faixas estão repletas de rebeldia vendidas em sacos plásticos, alguns riffs passáveis e uma gravação de bateria que deveria ser melhor.
Gosto de canções falando do cotidiano, no entanto, não podem estar perdidas entre brincar de hard e virar rascunho semi punk para alunos de quinta série.
Ao contrário do que dizem, o Viper não se vendeu, afinal quem iria comprá-lo? A banda simplesmente deixou a dignidade de lado em Coma Rage e aprofundou-se para acabar com esse disquinho de capa amarela com um cifrão no centro, poderia ser emoji de fezes, tanto faz.

Os caras foram tão sem noção que fizeram agradecimentos especiais no próprio disco, poderiam tentar no encarte, mas, tiveram a brilhante e não engraçada ideia de preenche-lo com um monte de gente falando junto, falando asneiras.

Obrigado por sumir Viper (mesmo por um tempo), quem agradece é o mundo, é o pessoal da produção, do açougue, da cantina e da festa junina.
Ainda dizem que são referencia do heavy a nível mundial. Quem disse, favor usar duas camisas de força, caso escape da primeira.


BIOGRAFIA DE Morcheeba

Morcheeba

Morcheeba é uma banda eletrônica britânica conhecida pela sua mistura de trip-hop, rock, folk-rock, R&B, pop e downtempo em seus trabalhos, com a vocalista Skye Edwards e os irmãos Paul e Ross Godfrey. Ao todo nove álbuns de estúdio foram lançados desde 1995, dois deles alcançando o top 10 britânico[1]. O último trabalho em estúdio da banda, “Blaze Away”, foi lançado em junho de 2018. Em 2014 Paul Godfrey deixou a banda, encerrando as atividades do Morcheeba. Skye Edwards e Ross Godfrey mais tarde formaram o projeto Skye|Ross e lançaram um álbum homônimo em setembro de 2016[2].

História

Em meados de 1990, os irmãos Godfrey (o DJ Paul Godfrey e o multi-instrumentista Ross Godfrey) conheceram Skye Edwards em uma festa de música house. Eles a chamaram para ser a vocalista da banda, e isso levou à formação do Morcheeba.

O álbum de estréia da banda, Who Can You Trust?, foi lançado pela China Records em abril de 1996 e encaixou-se dentro da tendência trip-hop que predominava a época, com os instrumentais baseados predominantemente por guitarras, piano Rhodes e scratching, tendo as canções conduzidas pelos vocais soul e relaxados de Edwards.

O trabalho seguinte, Big Calm, de 1998, investe no dub, no soul, no hip hop e no psicodélico, enquanto seu predecessor era mais eletrônico. A banda regravou “Moog Island” (faixa do álbum anterior), apresentando um estilo mais upbeat. A faixa foi relançada com o título de “The Music That We Hear”.

Um dos singles do segundo álbum, The Sea, tornou-se um hit entre as rádios. O álbum mostrou ter um grande potencial de vendas e assegurou o sucesso e reconhecimento do Morcheeba. Em 1998, a banda colaborou com Hubert Laws na gravação da coletânea "Red Hot + Rhaspodsy", um tributo a George Gershwin, que havia arrecadado fundos para várias instituições de caridade dedicadas a ajudar a combater a AIDS e aumentar a conscientização das pessoas em relação à doença.

Em 2000, Morcheeba lançou seu terceiro álbum, Fragments Of Freedom. O álbum repetiu o sucesso de vendas de Big Calm, mas recebeu menos críticas positivas. O quarto álbum da banda, Charango, foi lançado em 2002 e gerou diversos singles, incluindo "Otherwise", "Way Beyond" e "Undress Me Now" (este single foi cancelado, apesar de um vídeo clipe balinês-erótico de alto custo ter sido produzido). Indicando os futuros rumos da banda, diversas faixas do álbum não contam com o vocal de Edwards, sendo escritas e cantadas por Kurt WagnerPace Won e Slick Rick.

Em 2003, os irmãos Godfrey demitiram Edwards da banda, citando diferenças musicais e pessoais. Uma coletânea com os maiores hits, Parts Of The Process, ajudou a banda a manter-se em evidência e apresentava duas novas faixas – “What’s Your Name” (com a participação de Big Daddy Kane) e “I Can’t Stand It”. Na mesma época, Morcheeba lançou o DVD ao vivo "Morcheeba: From Brixtom to Beijing".

Em 2005 Morcheeba lançou seu quinto álbum de estúdio (o primeiro pós-Skye Edwards), The AntidoteDaisy Martney (ex-vocalista da banda Noonday Underground) foi chamada para substituir Edwards como a vocalista do álbum. Entretanto, o período de Martney na Banda foi breve e ela foi despedida no meio da tour promocional do álbum, sendo substituída por Jody Sternberg. A permanência de Sternberg na banda foi igualmente breve, já que ela havia sido contratada apenas para ajudar com a divulgação na banda na tour.

Depois de alguns anos sem nenhum material inédito, Morcheeba lançou seu sexto álbum, Dive Deep, em fevereiro de 2008. Neste álbum, os irmãos Godfrey deram ênfase aos seus papéis como produtores, criando um set de faixas instrumentais inteiramente cantadas por uma lista de músicos convidados – a cultuada cantora folk-rock Judie Tzuke, o cantor e compositor norueguês Thomas Dybdahl, o cantor de blues de guitarrista Bradley Burguess, o rapper Cool Calm Pete, e a cantora francesa Manda Zamolo. Manda e Burguess embarcaram com o Morcheeba como vocalistas principais na turnê de 2008.

Em fevereiro de 2010, NME revelou que Edwards estava novamente trabalhando com a banda. Edwards estava com seu retorno aos palcos com o Morcheeba marcado no Caprices Festival, na Suíça em abril de 2010. Paul Godfrey confirmou o retorno de Edwards na banda através do MySpace em 13 de fevereiro de 2010.

Através da gravadora atual gravadora, PIAS, já lançaram dois álbuns: "Blood Like Lemonade", em 2010, e o oitavo e mais recente trabalho, "Head Up High", em 2012.


Integrantes

Formação atual

Ex-integrantes


Discografia

YearAlbumUKUS
Billboard
200
US
Dance
Record LabelCertification
1996Who Can You Trust?57--Indochina/Discovery RecordsUK: Silver
1998Big Calm18--Sire/WEA RecordsUK: Platinum
2000Fragments of Freedom6113-Sire/WEA RecordsUK: Gold
2002Charango7--Sire/WEA RecordsUK: Gold
2003Parts of the Process (The Very Best of Morcheeba)6--Sire/WEA RecordsUK: Gold
2005The Antidote17--Echo Records-
2008Dive Deep59-15Echo Records/Ultra-
2010Blood Like Lemonade111-10PIAS-
2013Head Up High99--PIAS-
2018Blaze Away---Fly Agaric-
2021Blackest Blue----

Singles

YearSongUK
IRE
NLDNZRUSSWIUS Dance
Album
1996"Trigger Hippie"40Who Can You Trust?
"Never an Easy Way"
"Tape Loop"42
1997"The Music That We Hear (Moog Island)"47
"Shoulder Holster"53Big Calm
1998"The Sea"
"Blindfold"56
"Let Me See"4646
"Part of the Process"38
"Summertime"Red Hot + Rhapsody: The Gershwin Groove
2000"Rome Wasn't Built in a Day"344882233Fragments of Freedom
"Be Yourself"10841
2001"World Looking In"4836
2002"Otherwise"64725Charango
"Way Beyond"147
"Undress Me Now"
2003"What's Your Name" (feat. Big Daddy Kane)Parts of the Process
2005"Wonders Never Cease"8686114The Antidote
"Lighten Up"240
"Everybody Loves a Loser"
2008"Enjoy the Ride"182163Dive Deep
"Gained the World"180
2010"Even Though"251Blood Like Lemonade
"Blood Like Lemonade"
2003"Gimme Your Love"Head Up High
2018"Never Undo"Blaze Away
"Blaze Away"
"It's Summertime"

Trilhas sonoras

  • 2011 - Body Of Proof: "Get Along"
  • 2010 - True Blood: "Blood Like Lemonade"

  • 2009 - Hung: "Everybody Loves a Loser"

  • 2009 - Confissões de uma Garota de Programa: "Who Can You Trust?"

  • 2008 - Entourage: "Wonders Never Cease"

  • 2008 - Diário Proibido: "Blue Chair"

  • 2008 - Eli Stone: ""Enjoy the Ride"

  • 2004 - Knots: ""Friction"

  • 2004 - Quero Ficar com Polly: "Shallow End"

  • 2003 - Mambo Italiano: "Fear and Love"

  • 2003 - Fastlane: "Slow Down"

  • 2002 - Smallville: "Otherwise"

  • 2002 - I'm With Lucy: "The Sea"

  • 2001 - Bodywork: "Over and Over"

  • 2001 - Dr. Dolittle 2: "World Looking In"

  • 2001 - Que Mulher É Essa?: "Love Is Rare"

  • 2001 - Roswell: "Be Yourself"

  • 2000 - Traffic: "On The Rhodes Again" 2000 - Um Homem de Família: "World Looking In"

  • 2000 - Born Romantic: "Fear & Love"

  • 2000 - Daria "Trigger Hippie", "Let Me See", "Part of the Process"

  • 2000 - Sorted: "Blindfold"

  • 2000 - Laços de Família: "Rome Wasn"t Built In A Day"

  • 2000 - IIntrigas: "Tape Loop"

  • 2000 - Samotári: "Over And Over"

  • 1999 - Paixões Ardentes: "Big Calm"

  • 1999 - De Cabeça Para Baixo: "The Sea"

  • 1999 - Ed TV: "Let Me See"

  • 1999 - This Year's Love: "Tape Loop"

  • 1999 - A Walk on the Moon: "Crystal Blue Persuasion"

  • 1999 - Família Soprano: "Who Can You Trust?"

  • 1998 - Corações Apaixonados: "Friction"

  • 1998 - Inimigo do Estado: "Trigger Hippie"

  • 1998 - Permanent Midnight: "Tape Loop"

  • 1998 - Uma Loucura de Casamento: "Never an Easy Way"

  • 1998 - Mero Acaso: "Tape Loop"

  • 1998 - Buffy - A Caça-Vampiros: "Never An Easy Way"

  • 1997 - Brincando com a Morte: "Trigger Hippie"

  • 1997 - Suicide Kings: "Tape Loop"


 



Review: Joe Bonamassa – Royal Tea (2020)

 


Não é exagero apontar Joe Bonamassa como o principal nome do blues neste século. O vocalista e guitarrista norte-americano nasceu em New Hartford, no estado de Nova York, em 1977, e desde cedo foi um prodígio, abrindo mais de vinte shows de B.B. King quando tinha apenas 12 anos.

Tanto pela qualidade quanto pela produtividade, a obra de Bonamassa é impressionante. Sua discografia conta com 14 discos de estúdio e 17 álbuns ao vivo, isso sem contar participações em bandas como o Black Country Communion e outros projetos, como a excelente parceria com a cantora Beth Hart. O cara é uma máquina criativa do mais elevado nível musical.

Royal Tea, seu mais novo disco, acaba de ser lançado e traz uma mudança na abordagem de Joe, que decidiu compor um álbum explorando a sonoridade e as particularidades do blues inglês. Obviamente, ele alcançou seu objetivo de maneira belíssima. Gravado no lendário estúdio Abbey Road e com participações de músicos britânicos como Bernie Marsden (ex-Whitesnake), Pete Brown (letrista do lendário supergrupo Cream) e Jools Holland (pianista e apresentador), o disco traz Bonamassa ao lado de uma banda formada por Reese Wynans (teclado), Michael Rhodes (baixo) e Anton Fig (bateria).

O álbum já abre de maneira espetacular com “When One Door Opens”, que possui uma passagem central que me remeteu à clássica “Child in Time”, do Deep Purple. A música título é de uma beleza e um groove contagiantes, enquanto “Why Does It Take So Long to Say Goodbye” aposta na sutileza como fio condutor. Em termos de estilo a maioria das faixas se aproxima bastante do rock, característica essa evidenciado pelo peso dos instrumentos e pela intensidade da performance. “Lookout Man!” é um exemplo perfeito disso, enquanto “I Didn’t Think She Would Do It” soa como uma road song feita sob medida pra pegar a estrada. No outro lado da moeda, “Lonely Boy” se inspira nas big bands da década de 1920 e é uma das melhores do trabalho.

Tocando com a classe, a técnica e a inspiração de sempre, Bonamassa entrega riffs e solos sensacionais, não economizando momentos que conquistam o ouvinte. Outro ponto alto, como sempre, é a sua voz, com um timbre pra lá de agradável e interpretações sanguíneas.

Se por algum acaso do destino você ainda não acompanha a carreira de Joe Bonamassa, aproveite mais um disco sensacional e conheça um dos maiores músicos desta geração.



Review: Slipknot – Iowa (2001)

 


Como toda banda gigantesca, o Slipknot possui uma base de fãs fanática e que pode ser bastante irritante em certos momentos. Nada muito diferente dos fiéis do Iron Maiden, Dream Theater e outros grupos, convenhamos. A banda formada em Des Moines, no estado de Iowa, é um raro fenômeno geracional, aquele tipo de artista que surgiu na hora certa e com o tipo de som ideal para toda uma geração de fãs. Essa identificação profunda transformou o Slipknot em um fenômeno de popularidade, mesmo com o grupo norte-americano produzindo um tipo de música que passa longe de ser amigável ou acessível.

O ápice dessa agressividade está em Iowa, segundo álbum do octeto mascarado, lançado no final de agosto de 2001. O disco é um dos acessos de raiva mais intensos já registrados por uma banda e, ainda que apresente uma excelente produção, apela diretamente para os instintos mais básicos e primitivos tanto de quem criou as suas quatorze músicas quanto de quem ouve o que foi gravado.

Em Iowa o Slipknot cauteriza a sua identidade sonora, apresentando um jeito todo único de fazer heavy metal. A receita da banda traz elementos de metal extremo com características de death e black, vocais guturais e que algumas vezes se aproximam das bandas de screamo, variações que levam o som a transitar entre momentos de peso intenso e passagens caóticas, a marcante intensidade percussiva que sempre destacou a banda com a união da bateria fenomenal de Joey Jordison com a percussão de Shawn Crahan e Chris Fehn, e tudo isso amparado por uma parede de guitarras super densa e que ganha o reforço dos samplers de Sid Wilson.

Corey Taylor foi, desde o início, uma das figuras centrais do Slipknot, e em Iowa isso já fica claro pela força de seus vocais e pelas variações que ele consegue inserir nas faixas, seja cantando de forma mais agressiva ou tirando um pouco o pé em momentos mais melódicos. Jordison é de um vigor e de uma criatividade que impressionam, com levadas e andamentos absolutamente hipnóticos.

A associação da banda com a cena nu metal, musicalmente, nunca fez sentido, e isso fica claro já em Iowa. Basta ouvir o que o KoRn (a principal referência e melhor banda do estilo) fazia na época, ou até mesmo comparar com o que nomes bem menos inovadores como Limp Bizkit produziram. O que o Slipknot faz é beber na escola do Sepultura fase Chaos A.D. e Roots, nos ensinamentos do Pantera e nas suas próprias influências de metal extremo para entregar uma música única e sem igual, como que atualizando e evoluindo o lado mais agressivo do metal para a década de 2000.

Entre as faixas temos os destaques óbvios das já clássicas “People = Shit”, “Disasterpiece”, “My Plague” e “The Heretic Anthem”, além de ótimos momentos em “Left Behind”, “Skin Ticket”, “New Abortion” e “Metabolic”. Porém, uma das composições mais perturbadoras de Iowa é justamente a música que dá nome ao disco e que, durante seus mais de quinze minutos, traz a banda conduzindo uma jornada atmosférica e hipnótica que leva ao fechamento do trabalho.

Iowa chegará aos vinte anos de vida em 2021. Seu impacto não apenas na carreira do Slipknot mas no próprio metal como gênero musical foi gigantesco e inegável, o que coloca o disco entre os principais álbuns do estilo lançado no século XXI. E esse é um fato que vai muito além do fanatismo dos maggots (como os fãs do grupo se chamam) ou da antipatia dos haters.



Destaque

Artur Garcia – Grande Prémio da Canção Portuguesa (LP 1973)

MUSICA&SOM Artur Garcia – Grande Prémio da Canção Portuguesa  (LP Musidisc – 30 CV 1283, Series: Collection Variété, 1973). Género:  Mús...